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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

VIRTUDES - POR UMA ESCOLHA

VIRTUDES


Por uma escolha


Todos os dias vejo que há duas opções: amar ou desamar. Gritar ou silenciar. Perdoar ou ir à desforra. Construir ou destruir. Acolher ou maltratar. Abraçar ou apunhalar. Culpar ou desculpar.
Por que há tanto desamor no mundo? Por que é tão difícil as pessoas saírem de seus casulos, de seus confortos e construir alguma coisa que preste, além de inimizades, desgotos, rancores, angústias?
A resposta é: não temos sido e nem tido amor. Temos perdido o foco de nossa existência na terra. Confundimos a vida com uma guerrilha, onde só nos satisfaz o sentido de vitória. Matamos tudo. Matamos até a saudade, o tempo. E não vivemos!
Por que não viver o amor? Não viver a saudade? Não viver o tempo? Matamos o tempo todo, ou seja, não aproveitamos... Porque muitas vezes, um encontro que poderia ser para viver a saudade vira o contrário: as pessoas discutem, brigam, culpabilizam uma a outra. Não desfrutam do momento. Matam, literalmente, o tempo, com crueldade dos piores psicopatas, justamente, porque nem têm noção do que fizeram. Não têm remorso. Já é uma rotina. Acabar com tudo.
Mas, vem o vazio... E ele aniquila. Constrói uma culpa homérica, até que tudo recomeça. E a gente não percebe que havia uma oportunidade de ser diferente.
Onde foi parar a ternura, daquele abraço gostoso? Do olhar de admiração? Da mão estendida para acolher e doar? Onde está o conforto de estar dentro de si e sentir que aquele lugar é único. Porque somos seres de luz. Mas, tanta gente tem se apagado em um blecaute contínuo, de toda uma vida. E isto é justiça divina? Não, é uma injustiça consigo mesmo. Porque há sempre duas opções. E a gente, muitas vezes, escolhe a mesma por tanto tempo que não sabe mais que existe a outra. E ela está ali, diante dos olhos. Mas, é preciso tomar consciência e preencher-se dela, ao invés de esvaziar-se para tudo de bom que a vida nos oferta. De graça. Em graças. 

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