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domingo, 25 de agosto de 2013

VIRTUDES - Névoa da madrugada

VIRTUDES


Névoa da madrugada


Os olhos trazem consigo a amargura cotidiana de um aprisionamento intenso. Não chora, não ama, só reclama.
A amabilidade vai minguando enquanto as mesmas frases chegam com a conhecida e inegável raiva do mundo.
Tem gente que já não é mais o que era. Tem gente que mora num mundo próprio. Que não tem rosa, nem pequeno príncipe. E nem princípios. Só indícios. Do fim.
Chego à janela e enxergo que a vista é nublada. Uma névoa recobre a mente. De quem não sente, nada mais do que aquilo que não é para se sentir.
Falta-me paciência. Eu peço. Mas, nem sempre o universo é tão generoso.
Sufoca-me a avalanche das mesmas indisposições relatadas. O que temos diante de nós?
O que se faz para se perder, já que não se encontra nada?
O dia segue como noite nas mentes doentes, carecidas da esperança esquecida. Retorcida no meio de tantas angústias.
Infundadas.
À tona, meus mais nobres sentimentos. Aprofundando a superfície rasa.
Quero minha casa!
Penso na borboleta juvenil a desbravar recônditos, voando desmedidamente sem ter um pouso obrigatório.
Aventuras, por favor.
Novidades.
Voos altos.
Sobre a névoa.
Da madrugada.
Insone..

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