Saúde
Diabetes: salsalato melhora glicemia em
diabéticos tipo 2 e diminui circulação de mediadores inflamatórios, publicado
pelo Annals of Internal Medicine
Estudos de curta duração já mostraram que o salsalato melhora a glicemia e o controle glicêmico no diabetes
mellitus tipo 2
(DM2). O objetivo do presente estudo, publicado pelo Annals of
Internal Medicine, foi avaliar a eficácia e a segurança do salsalato em
pacientes com DM2 durante cerca de um ano e fornece evidências adicionais de
que salsalato pode ser um medicamento eficaz para o tratamento desta patologia.
O coordenador do estudo é Allison B. Goldfine, MD, chefe da
Seção de Resultados de Pesquisa Comportamental e Clínica do Joslin Diabetes Center e professor associado de medicina na Harvard
Medical School. A pesquisa atual tem como base o TINSAL-T2D
(Targeting Inflammation Using Salsalate in Type 2 Diabetes) Study
Team.
O estudo placebo,
controlado e randomizado foi realizado com dados de pacientes
de três consultórios particulares e dezoito centros acadêmicos nos Estados
Unidos. Os participantes eram pessoas com idade entre 18 e 75 anos, com glicemia de jejum de 12,5 mmol/L ou menos (≤ 225 mg/dL) e níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) variando de 7,0% a
9,5%, que estavam em tratamento para diabetes
mellitus tipo 2.
Os 286 participantes foram distribuídos aleatoriamente (entre
janeiro de 2009 e julho de 2011) para o uso de placebo (n=140) ou de salsalato, 3,5 g/d
(n=146), além de suas terapias atuais para a patologia,
durante 48 semanas. Destes, 283 participantes foram analisados (placebo,
n=137; salsalato, n=146).
O resultado primário foi a mudança no nível de hemoglobina A1c e medidas de segurança e eficácia da
medicação.
Os resultados mostraram que o nível médio de HbA1c ao longo de 48 semanas foi 0,37% mais
baixo no grupo salsalato do que no grupo placebo (95% CI, -0,53% e -0,21%, P<0 a="" class="apple-converted-space" span=""> 0>glicemia melhorou, com mais reduções nos
medicamentos concomitantemente usados para o diabetes no grupo que recebeu salsalato do que
no que recebeu placebo.
A diminuição da circulação de leucócitos,
neutrófilos e linfócitos no sangue mostrou
os efeitos anti-inflamatórios do salsalato. Os níveis de hematócrito e de a diponectina aumentaram e os
níveis de glicemia de jejum,
ácido úrico e triglicérides diminuíram com o uso de salsalato, mas
o peso corporal e os níveis de LDL colesterol também aumentaram. Os níveis de albumina urinária aumentaram, mas reverteram
com a descontinuação do tratamento; as taxas de filtração glomerular
permaneceram inalteradas.
As limitações do estudo incluem a duração da pesquisa e o número
de pacientes estudados. Eles são insuficientes para determinar o
risco-benefício do salsalato no DM2 em longo prazo.
Concluiu-se que o salsalato melhora a glicemia em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e diminui a circulação de mediadores inflamatórios. É
necessária a avaliação contínua dos efeitos cardíacos e renais da medicação.
NEWS.MED.BR, 2013. Diabetes:
salsalato melhora glicemia em diabéticos tipo 2 e diminui circulação de
mediadores inflamatórios, publicado pelo Annals of Internal Medicine. Disponível em: .
Acesso em: 21 ago. 2013.
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