VIRTUDES
NA BIBLIOTECA
A porta estava encostada e se abriu.
Era um som ruidoso. Muita coisa fazendo barulho.
Queriam falar todas juntas.
Eram novidades constituídas pela fechadura.
Rangiam como a madeira envelhecida.
Mas, tinham muito a dizer.
A luz transpassava a estante diante de um livro.
Justo aquele!
Era o da vida – esquecida de viver.
As folhas de ouro brilhavam ainda mais. Seria dia de
festa?
Talvez a roupagem de gala, exalando o cheiro do que
ficou guardado.
Mas, nunca esquecido.
Agora se transformou no perfume renovado.
Das folhas que reluziam.
A vida do livro.
Do livro da vida.
Da vida.
Pura e tão somente.
Mônica Kikuti
Nenhum comentário:
Postar um comentário