VIRTUDES
Saber cativar é
saber ganhar
Muita gente, ao expressar conhecimento, expressa também
uma arrogância incontida, um ar de superioridade desmerecido. E a arrogância
destrói a admiração e tantas coisas boas que poderiam ser vivenciadas numa
conversa entre duas ou mais pessoas.
Ser arrogante é, ao mesmo tempo, ser chato. E ninguém quer gente chata por perto, por mais inteligente que seja.
Lembrei-me do dono de um bar da Lapa, jovem e bonito. Nunca tinha estado naquele lugar e, portanto, tudo era novidade. Ele dirigiu-se à minha mesa, onde estava com minha amiga. Achei-o até então simpático e prestativo. Trouxe-nos o cardápio e se apresentava bem solícito. Havia petiscos muito interessantes e no cardápio alguns recadinhos engraçados justificavam o preço de alguns comes e bebes. “Bolinho de bacalhau R$ 8 – tá achando caro? Ele não é feito de Sazon e massa”, dizia.
Escolhemos o que queríamos comer e, sem ao menos sinalizar que já tínhamos o pedido, o jovem dono se antecipou, prestativo, para nos atender. Falamos os comes. E quando minha amiga decidiu pedir uma cerveja nacional – diante de uma variedade de versões importadas que aquele lugar dispunha – o bonito moço começou a se transformar num Dick Vigarista ou mesmo naquele príncipe intragável do filme do Shrek. Usou da arrogância para tentar demover-nos da escolha. “Ah, mas você já viu a pesquisa da faculdade [blablablá] que saiu no jornal [blablablá] sobre esta cerveja? Isto aqui só tem milho!”, ruminava o moçoilo.
Contivemos, de fato, nossos impulsos de “fazer guerra” por pouco. A forma como aquele jovem se posicionou foi, além de arrogante, inconveniente, ainda mais para um comerciante que precisa saber cativar clientes. Ele, assim como tantos de nós, usa a arrogância para tentar mudar o outro, com aquela justificativa de que “eu sei do que estou falando”. Mas este saber é mesmo o saber que faz a diferença? É preciso saber usar o conhecimento para o bem.
Precisamos aprender a cativar. Precisamos aprender a falar de uma forma que não seja ofensiva, mas seja apaziguadora. Há muitas situações em que preferimos lançar mão da altivez ao invés da sabedoria, deixando um ego inflar-se, pondo a perder tantas coisas boas, tantos aprendizados.
Subjugar não é ser superior. Subjugar é desperdiçar oportunidades. Como diz o Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Portanto, que possamos cativar mais. E cativar fazendo menos conflitos e mais (boas) descobertas. Trocas. Ganhos. Porque quem cativa sempre ganha. E ganha o melhor que temos diante e dentro de nós.
Ser arrogante é, ao mesmo tempo, ser chato. E ninguém quer gente chata por perto, por mais inteligente que seja.
Lembrei-me do dono de um bar da Lapa, jovem e bonito. Nunca tinha estado naquele lugar e, portanto, tudo era novidade. Ele dirigiu-se à minha mesa, onde estava com minha amiga. Achei-o até então simpático e prestativo. Trouxe-nos o cardápio e se apresentava bem solícito. Havia petiscos muito interessantes e no cardápio alguns recadinhos engraçados justificavam o preço de alguns comes e bebes. “Bolinho de bacalhau R$ 8 – tá achando caro? Ele não é feito de Sazon e massa”, dizia.
Escolhemos o que queríamos comer e, sem ao menos sinalizar que já tínhamos o pedido, o jovem dono se antecipou, prestativo, para nos atender. Falamos os comes. E quando minha amiga decidiu pedir uma cerveja nacional – diante de uma variedade de versões importadas que aquele lugar dispunha – o bonito moço começou a se transformar num Dick Vigarista ou mesmo naquele príncipe intragável do filme do Shrek. Usou da arrogância para tentar demover-nos da escolha. “Ah, mas você já viu a pesquisa da faculdade [blablablá] que saiu no jornal [blablablá] sobre esta cerveja? Isto aqui só tem milho!”, ruminava o moçoilo.
Contivemos, de fato, nossos impulsos de “fazer guerra” por pouco. A forma como aquele jovem se posicionou foi, além de arrogante, inconveniente, ainda mais para um comerciante que precisa saber cativar clientes. Ele, assim como tantos de nós, usa a arrogância para tentar mudar o outro, com aquela justificativa de que “eu sei do que estou falando”. Mas este saber é mesmo o saber que faz a diferença? É preciso saber usar o conhecimento para o bem.
Precisamos aprender a cativar. Precisamos aprender a falar de uma forma que não seja ofensiva, mas seja apaziguadora. Há muitas situações em que preferimos lançar mão da altivez ao invés da sabedoria, deixando um ego inflar-se, pondo a perder tantas coisas boas, tantos aprendizados.
Subjugar não é ser superior. Subjugar é desperdiçar oportunidades. Como diz o Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Portanto, que possamos cativar mais. E cativar fazendo menos conflitos e mais (boas) descobertas. Trocas. Ganhos. Porque quem cativa sempre ganha. E ganha o melhor que temos diante e dentro de nós.
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