Saúde
Infarto do Miocárdio (2)
O que
fazer quando estou sentindo os sintomas que podem ser de um infarto do miocárdio?
Diante de uma dor
suspeita, devemos nos dirigir o mais rápido possível a um pronto-atendimento -
de preferência em um pronto-socorro equipado com uma unidade coronariana - para
confirmar ou excluir odiagnóstico. Caso seja confirmado o infarto, quanto mais rápido
o tratamento, melhor será a recuperação do seu coração.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado na tríade: quadro clínico,
alterações no ECG (eletrocardiograma) e na dosagem de
enzimas cardíacas que se alteram no infarto do
miocárdio.
Escolha sempre um
médico da sua confiança para tratar os seus sintomas e para lhe auxiliar na prevenção dedoenças
cardiovasculares.
Quais as opções de tratamento disponíveis?
Qualquer que seja o
tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente
infartado, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início
da dor. Quanto mais precoce, maior é a chance de ser restabelecido o fluxo
sangüíneo e de oxigênio nas artérias
coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco.
Pontos importantes
do tratamento são: alívio da dor, repouso para reduzir o trabalho cardíaco e
administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sangüíneo.
A administração de
oxigênio em fluxo contínuo nas primeiras seis horas, reduz a dor associada à
baixa concentração de oxigênio circulante. O uso de drogas que reduzem o uso de
oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra
menos isquemia (ausência de sangue).
A permanência na
Unidade Coronariana deve se restringir ao período crítico, no mínimo 72 horas,
pois aincidência de complicações neste período
justifica a monitorização contínua.
Superada esta fase,
o paciente é encaminhado a um quarto privativo, restringindo-se o número de
visitas. Progressivamente, ele pode sentar-se durante breves períodos, começa a deambular por volta do quarto ou quinto dia.
Esta mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Mas o paciente deve
ser acompanhado de perto para detectar possíveis alterações conseqüentes a esta
atividade física.
A dieta será
liberada à medida que as condições clínicas permitirem, devendo ser hipocalórica e hipossódica (com pouco sal).
As evacuações não devem
significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.
Os tranqüilizantes
podem ser utilizados para amenizar a angústia de alguns pacientes, mas com
muito critério, já que esses medicamentos podem aumentar a freqüência cardíaca
e a pressão sistólica.
Quais são as complicações da doença?
As principais complicações
do infarto são: arritmia cardíaca, choque cardiogênico, insuficiência
respiratória,insuficiência renal ou parada cardiorespiratória.
As
complicações mais letais são as arritmias, que podem ocorrer, mais comumente,
nas primeiras 24 horas após o infarto. Por isso, é importante que, idealmente por pelo menos 72 horas, os
pacientes fiquem sob cuidados médicos em unidades de tratamento intensivo
coronariano, lá eles recebem todos os cuidados necessários para detectar
precocemente e tratar essas arritmias, através de uma monitorização contínua
das complicações do infarto.
Quais as opções para prevenir esta doença?
Um estilo de vida saudável ajuda a diminuir a mortalidade nos casos de infarto.
Alguns pontos importantes na prevenção:
- Ter uma dieta equilibrada, reduzindo a ingestão de gorduras saturadas e aumentando as fibras, frutas, vegetais e cereais.
- Prática regular de atividades físicas.
- Manter o peso ideal, com índice de massa corporal abaixo
de 25 kg/m², evitando a obesidade e seus danos à saúde.
- Dosar os níveis de colesterol e triglicérides pelo menos a cada 5 anos a partir dos 35 anos.
- Acompanhar a glicemia nas pessoas com mais de 45 anos, para detecção precoce de diabetes mellitus.
- Medir a pressão
arterial a cada 2 anos ou em todas as consultas médicas
para evitar os danos causados pela hipertensão arterial não controlada.
- Abandonar o cigarro para prevenir o infarto do miocárdio e outras doenças como o câncer de pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crônica.
- Procurar reduzir o estresse com massagens, ioga, exercícios físicos
em geral e meditação.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
- Qual o risco que eu tenho de sofrer um infarto? Isto pode ser calculado?
- Minha família tem história de doenças do coração. Como isto influencia minha saúde?
- O que mais eu posso fazer para reduzir meu risco de sofrer um ataque cardíaco?
- Quando devo fazer exames de prevenção para evitar as doenças do coração?
- Se eu parar de fumar, quanto tempo demora para reduzir meu risco cardiovascular?
- Depois de ter tido um infarto, qual o tipo de dieta que devo seguir?
- Minha família tem história de doenças do coração. Como isto influencia minha saúde?
- O que mais eu posso fazer para reduzir meu risco de sofrer um ataque cardíaco?
- Quando devo fazer exames de prevenção para evitar as doenças do coração?
- Se eu parar de fumar, quanto tempo demora para reduzir meu risco cardiovascular?
- Depois de ter tido um infarto, qual o tipo de dieta que devo seguir?
Fontes:
III Diretriz sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio
Universal Definition of Myocardial Infarction - ESC/ACCF/AHA/WHF Expert Consensus Document
Heart Information Series – British Heart Foundation
American Heart Association
III Diretriz sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio
Universal Definition of Myocardial Infarction - ESC/ACCF/AHA/WHF Expert Consensus Document
Heart Information Series – British Heart Foundation
American Heart Association
ABC.MED.BR, 2008. Infarto do Miocárdio. Disponível em:
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