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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

SAÚDE - Infarto do Miocárdio (2)

Saúde
Infarto do Miocárdio (2)
O que fazer quando estou sentindo os sintomas que podem ser de um infarto do miocárdio?
Diante de uma dor suspeita, devemos nos dirigir o mais rápido possível a um pronto-atendimento - de preferência em um pronto-socorro equipado com uma unidade coronariana - para confirmar ou excluir odiagnóstico. Caso seja confirmado o infarto, quanto mais rápido o tratamento, melhor será a recuperação do seu coração.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado na tríade: quadro clínico, alterações no ECG (eletrocardiograma) e na dosagem de enzimas cardíacas que se alteram no infarto do miocárdio.
Escolha sempre um médico da sua confiança para tratar os seus sintomas e para lhe auxiliar na prevenção dedoenças cardiovasculares.

Quais as opções de tratamento disponíveis?
Qualquer que seja o tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente infartado, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início da dor. Quanto mais precoce, maior é a chance de ser restabelecido o fluxo sangüíneo e de oxigênio nas artérias coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco.
Pontos importantes do tratamento são: alívio da dor, repouso para reduzir o trabalho cardíaco e administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sangüíneo.
A administração de oxigênio em fluxo contínuo nas primeiras seis horas, reduz a dor associada à baixa concentração de oxigênio circulante. O uso de drogas que reduzem o uso de oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquemia (ausência de sangue).
A permanência na Unidade Coronariana deve se restringir ao período crítico, no mínimo 72 horas, pois aincidência de complicações neste período justifica a monitorização contínua.
Superada esta fase, o paciente é encaminhado a um quarto privativo, restringindo-se o número de visitas. Progressivamente, ele pode sentar-se durante breves períodos, começa a deambular por volta do quarto ou quinto dia. Esta mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Mas o paciente deve ser acompanhado de perto para detectar possíveis alterações conseqüentes a esta atividade física.
A dieta será liberada à medida que as condições clínicas permitirem, devendo ser hipocalórica e hipossódica (com pouco sal).
As evacuações não devem significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.
Os tranqüilizantes podem ser utilizados para amenizar a angústia de alguns pacientes, mas com muito critério, já que esses medicamentos podem aumentar a freqüência cardíaca e a pressão sistólica.

Quais são as complicações da doença?
As principais complicações  do infarto  são:  arritmia  cardíaca,  choque  cardiogênico,  insuficiência  respiratória,insuficiência renal ou parada cardiorespiratória.
As complicações mais letais são as arritmias, que podem ocorrer, mais comumente, nas primeiras 24 horas após o infarto. Por isso, é importante que, idealmente por pelo menos 72 horas, os pacientes fiquem sob cuidados médicos em unidades de tratamento intensivo coronariano, lá eles recebem todos os cuidados necessários para detectar precocemente e tratar essas arritmias, através de uma monitorização contínua das complicações do infarto.

Quais as opções para prevenir esta doença?

Um estilo de vida saudável ajuda a diminuir a mortalidade nos casos de infarto.
Alguns pontos importantes na prevenção:
  • Ter uma dieta equilibrada, reduzindo a ingestão de gorduras saturadas e aumentando as fibras, frutas, vegetais e cereais.
  • Prática regular de atividades físicas.
  • Manter o peso ideal, com índice de massa corporal abaixo de 25 kg/m², evitando a obesidade e seus danos à saúde.
  • Dosar os níveis de colesterol e triglicérides pelo menos a cada 5 anos a partir dos 35 anos.
  • Acompanhar a glicemia nas pessoas com mais de 45 anos, para detecção precoce de diabetes mellitus.
  • Medir a pressão arterial a cada 2 anos ou em todas as consultas médicas para evitar os danos causados pela hipertensão arterial não controlada.
  • Abandonar o cigarro para prevenir o infarto do miocárdio e outras doenças como o câncer de pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crônica.
  • Procurar reduzir o estresse com massagens, ioga, exercícios físicos em geral e meditação.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
- Qual o risco que eu tenho de sofrer um infarto? Isto pode ser calculado?
- Minha família tem história de doenças do
 coração. Como isto influencia minha saúde?
- O que mais eu posso fazer para reduzir meu risco de sofrer um ataque cardíaco?
- Quando devo fazer exames de prevenção para evitar as doenças do
 coração?
- Se eu parar de fumar, quanto tempo demora para reduzir meu risco cardiovascular?
- Depois de ter tido um
 infarto, qual o tipo de dieta que devo seguir?
Fontes:
III Diretriz sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio
Universal Definition of Myocardial Infarction - ESC/ACCF/AHA/WHF Expert Consensus Document
Heart Information Series – British Heart Foundation
American Heart Association
ABC.MED.BR, 2008. Infarto do Miocárdio. Disponível em: 


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