Saúde
Gengibre: raiz anti-inflamatória
Alimento
termogênico, vegetal favorece o sistema digestivo, respiratório e circulatório
Por que o
gengibre ajuda a emagrecer
Todas as atividades realizadas pelo corpo consomem
energia. Isso inclui o processo digestivo, que pode ser usado a seu favor para
emagrecer quando o que está em questão são os alimentos termogênicos, como o gengibre. Esses alimentos
são capazes de aumentar o gasto calórico do organismo durante a digestão e o
processo metabólico.
Quanto mais difícil for a digestão do alimento, maior será
o seu poder termogênico. As substâncias termogênicas contidas no gengibre têm a
capacidade de aumentar a temperatura corporal, acelerando o metabolismo e
aumentando a queima de gordura. A termogênese é um processo regulado pelo
sistema nervoso e interferências neste sistema podem favorecer o emagrecimento.
O gengibre pode aumentar o gasto calórico em mais de 10%.
No entanto, sabe-se que não existem milagres quando o assunto é perder peso.
Para que o consumo de gengibre com este objetivo mostre resultado, é necessário
aliá-lo à dieta regrada e exercícios físicos.
Onde encontrar o gengibre
O gengibre pode ser encontrado em
supermercados e lojas de produtos naturais.
·
Chás: a infusão de pedaços
frescos de gengibre é utilizada no tratamento de gripes, tosses e resfriados.
Além de ser um relaxante eficaz, hidrata o corpo e ajuda a eliminar as toxinas,
ajudando também no emagrecimento, devido à sua ação termogênica. O preparo
consiste em deixar raízes, cascas ou talos de molho por cerca de 30 minutos e,
após esse período, acrescentar água e levar o gengibre ao fogo por mais de 30
minutos
·
Na panela: o gengibre pode ser
utilizado no preparo de pratos doces e salgados da culinária. Pode ser
encontrado desidratado, fresco, em conserva ou cristalizado. Cuide para não
substituir uma forma pela outra nas receitas, pois seus sabores são distintos
·
Sucos: tem ação
anti-inflamatória, favorecendo a eliminação de toxinas do organismo. O suco
gera mais disposição para o corpo, melhora a aparência da pele e o
funcionamento do intestino. Para ficar mais saboroso, bata no liquidificador
com abacaxi, hortelã ou raspas da casca do limão.
·
Pedaços: mastigar as lascas de
gengibre, assim como chupar a bala, ajuda a aliviar a rouquidão e irritações na
garganta, mas é preciso atenção, pois, elas somente mascaram a dor. O gengibre
irá aliviar os sintomas até que o corpo se encarregue de curar a doença.
Contraindicações para o consumo de gengibre
A princípio, o consumo do gengibre é seguro para a maioria
das pessoas. A ingestão da raiz por gestantes é controversa. Alguns
especialistas defendem que o gengibre pode afetar os hormônios sexuais do feto
e até favorecer um aborto. Estudos sugerem, entretanto, que o risco de
malformação em recém-nascidos de mulheres que faziam uso de gengibre não se
mostrou mais elevado do que o normal.
A raiz também não tem relação com malformações ou partos
prematuros. Mesmo assim, recomenda-se que o alimento seja evitado especialmente
perto da data do parto, pois ele pode aumentar o risco de hemorragia. Não se
sabe muito a respeito da segurança do consumo de gengibre no período de
amamentação e, por isso, o ideal é que ele seja evitado.
O consumo de alimentos termogênicos, como o gengibre, não
é recomendado para quem tem hipertireoidismo,
visto que o metabolismo já está muito elevado, o que aumenta o risco de perda
de massa muscular. Além disso, crianças e gestantes, pessoas com cardiopatias,
enxaqueca, úlcera e alergias não devem abusar dos alimentos termogênicos, pois
eles podem levar a aumento da pressão arterial, hipoglicemia, insônia,
nervosismo e taquicardia.
Riscos do consumo de gengibre
O gengibre pode favorecer hemorragias e, por isso, deve
ser evitado por pacientes com distúrbios hemorrágicos. Além disso, a raiz
mostrou piora em quadros de doenças
cardíacas, devendo ser banidas da dieta, neste caso. O vegetal ainda
diminui os níveis de glicose no sangue, podendo ser necessário o reajuste das
doses de insulina por pessoas que sofram de diabetes.
Efeitos colaterais do consumo de gengibre
Há relatos de azia, diarreia e desconforto estomacal após
o consumo de gengibre. Neste caso, ele deve ser excluído da dieta.
Interações com o
gengibre
O gengibre retarda a coagulação sanguínea, sendo
contraindicado para pacientes que já fazem usos de medicamentos anticoagulantes
por aumentar o risco de hematomas e sangramentos. A raiz ainda diminui os
níveis de glicose no sangue, podendo ser perigosa para quem toma medicamentos
para controle do diabetes. Como eles já tem a função de reduzir o açúcar no
sangue, o consumo do vegetal pode reduzir ainda mais a glicemia, oferecendo
perigo de hipoglicemia ao
paciente.
Também devem se precaver indivíduos que fazem uso de
medicamentos para diminuição da hipertensão. A raiz age de forma a
diminuir a pressão arterial, que pode ficar muito baixa com o uso concomitante
do remédio, oferecendo riscos cardíacos ao paciente.
Quantidades recomendadas de gengibre
Embora não exista uma quantidade adequada de ingestão
estabelecida, estudos sugerem que benefícios podem ser alcançados com o consumo
de 2 a 4 g de gengibre por dia.
Para obter os benefícios termogênicos do gengibre, o ideal
é o consumo diário, mas dentro de um limite estabelecido para que o aumento do
metabolismo não se torne prejudicial. No caso do gengibre, é recomendada uma
fatia média ou uma colher de café da forma em pó.
Fontes consultadas:
U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. 2001.
USDA Nutrient Database for Standard Reference, Release 14.
Nutricionista Daniela Jobst, da clínica NutriJobst, em São Paulo
Nutricionista Thatyana Freitas, da clínica Stesis, em São Paulo
Nutricionista Daniela Jobst, da clínica NutriJobst, em São Paulo
Nutricionista Thatyana Freitas, da clínica Stesis, em São Paulo
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