VIRTUDES
Atrás das nuvens
Um
dia destes, no início da tarde, vi o céu limpo. Não havia nuvens. Apenas um
azul sem fim... Que era tão bonito, embora eu quisesse ver uma nuvem que fosse,
só para brincar com minha imaginação. O azul crescia, enquanto eu queria mesmo
procurá-lo atrás das nuvens. Só porque aquele encontro parecia-me mais
surpreendente, embora fosse tão peculiar.
O azul estava ali. Intocável. Resplandescente. E eu só queria
uma nuvem flutuando como um algodão na imensidão azul, trazendo uma magia
emblemática, igual à das estrelas numa noite que não tem fim.
As nuvens, talvez, estivessem sobre a minha cabeça. Queria
depositar cada uma, de cores diferentes, no azul do céu. Colorir tudo.
Assoprá-las para um lugar desconhecido, onde pudéssemos nos encontrar algum
dia. E eu saberia que aquela era mesmo a minha nuvem.
Porque sempre atrás de uma nuvem tem uma descoberta especial.
Tem um azul. Um sol brilhando intensamente. Um infinito. Uma coisa bonita. Que
estava escondida, mas apareceu como um espetáculo que não tem dia para acabar.
Não tem que pagar ingresso. Não tem sessão. É só seu.
E atrás das nuvens estão tantas coisas... tantos sonhos... que
sonhamos e esquecemos. Mas, uma hora eles voltam conosco. Ao fechar os olhos.
Ou abrí-los diante do céu. Azul infinito. Cheio de nuvens para colorir. Colorir
os sentidos. Colorir os sorrisos. E colorir as palavras escritas no vento que
as leva ao céu.
http://cabecaliberta.wordpress.com/2013/07/05/atras-das-nuvens/
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