VIRTUDES
Leitura
PELO IMPROVÁVEL
Tenho ficado satisfeita com o comportamento
das pessoas nos lugares mais improváveis. Não deveria me sentir satisfeita com
o óbvio assim, mas num mundo em que cada vez mais as pessoas são grosseiras,
interesseiras e, extremamente individualistas, ainda há muita gentileza para ser
lembrada e – claro – reverenciada. E é isto que me motiva a ser também: por
mais que existam os trogloditas vão existir as pessoas gentis e que vão nos
fazer sorrir com uma gentileza genuína, sem interesse algum. Só por ser.
Algumas coisas até me deixaram atônita. Coisas que já não se espera mais ou são, no mínimo, incríveis. Em uma ocasião, no supermercado, na hora de colocar as compras no carro, um senhor estacionou na vaga da frente. Até então eu poderia ter saído da vaga sem fazer nenhuma manobra. Aí ele saiu do automóvel e disse:“Você quer que eu tire o carro para você não precisar dar ré?”. Eu não tinha acreditado naquilo... Será que eu tinha cara de tão navalha assim, prá não conseguir dar ré?. Mas, era só uma gentileza, quase extravagante. Agradeci e ele me respondeu com um largo sorriso. Aliás, meu Deus, como sorrisos fazem diferença diante de tanta gente carrancuda e mal humorada!!
E aí eu me lembrei do sorriso de uma enfermeira. Ela, talvez, tenha sido a personificação de um dos anjos que já vi na vida. Eu tinha um exame meio delicado para fazer, há uns dez anos. Estava nervosa, meio fragilizada, com aquele medo nefasto de “posso estar doente”. Antes do procedimento, ela segurou na minha mão, sorriu e disse: “Vai ficar tudo bem.” E eu me lembro disto até hoje, porque foi algo impactante e naturalmente genuíno. Era tudo o que eu precisava naquele momento e tudo, exatamente tudo, deu certo! Aquilo foi a fé compartilhada, foi o que a gente espera de seres humanos, quando a gente não sabe o que fazer, o que pensar, como agir. Foi a mão de Deus ali, no instante precioso da vida que a gente não quer experimentar – e também não quer estar – sozinho.
Podemos estender a mão ou recolhê-la. Podemos compartilhar ou guardar só para nós. Podemos fazer tantas coisas visando o bem próprio, quando a grandeza da natureza humana nos diz o contrário. E é nestes momentos que algo dentro de nós soa mais forte. Bate como um sinal de atenção, como um clamor da nossa essência, que não quer se perder no meio de desalentos.
É preciso partilhar mais. Partilhar o que temos, no sentido grandioso da existência. É preciso, talvez, ser improvável em atitudes genuínas. Que seja provável o sabor da partilha bem feita e que nos parta (em emoções incontáveis) e se reparta, o bem que não pode deixar de existir!
Algumas coisas até me deixaram atônita. Coisas que já não se espera mais ou são, no mínimo, incríveis. Em uma ocasião, no supermercado, na hora de colocar as compras no carro, um senhor estacionou na vaga da frente. Até então eu poderia ter saído da vaga sem fazer nenhuma manobra. Aí ele saiu do automóvel e disse:“Você quer que eu tire o carro para você não precisar dar ré?”. Eu não tinha acreditado naquilo... Será que eu tinha cara de tão navalha assim, prá não conseguir dar ré?. Mas, era só uma gentileza, quase extravagante. Agradeci e ele me respondeu com um largo sorriso. Aliás, meu Deus, como sorrisos fazem diferença diante de tanta gente carrancuda e mal humorada!!
E aí eu me lembrei do sorriso de uma enfermeira. Ela, talvez, tenha sido a personificação de um dos anjos que já vi na vida. Eu tinha um exame meio delicado para fazer, há uns dez anos. Estava nervosa, meio fragilizada, com aquele medo nefasto de “posso estar doente”. Antes do procedimento, ela segurou na minha mão, sorriu e disse: “Vai ficar tudo bem.” E eu me lembro disto até hoje, porque foi algo impactante e naturalmente genuíno. Era tudo o que eu precisava naquele momento e tudo, exatamente tudo, deu certo! Aquilo foi a fé compartilhada, foi o que a gente espera de seres humanos, quando a gente não sabe o que fazer, o que pensar, como agir. Foi a mão de Deus ali, no instante precioso da vida que a gente não quer experimentar – e também não quer estar – sozinho.
Podemos estender a mão ou recolhê-la. Podemos compartilhar ou guardar só para nós. Podemos fazer tantas coisas visando o bem próprio, quando a grandeza da natureza humana nos diz o contrário. E é nestes momentos que algo dentro de nós soa mais forte. Bate como um sinal de atenção, como um clamor da nossa essência, que não quer se perder no meio de desalentos.
É preciso partilhar mais. Partilhar o que temos, no sentido grandioso da existência. É preciso, talvez, ser improvável em atitudes genuínas. Que seja provável o sabor da partilha bem feita e que nos parta (em emoções incontáveis) e se reparta, o bem que não pode deixar de existir!
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