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sexta-feira, 29 de maio de 2015

VIRTUDES - UM CERTO "ALGUENSÃO"

VIRTUDES
Leitura
Um certo “alguenzão”
Usamos superlativos, aumentativos e diminutivos para fazermos descrições de nossas vivências e qualificar pessoas. Nas experiências pessoais vale a intensidade e nosso modo de enxergar as coisas: um beijaço no rolezinho, por exemplo. (Ooops! Melhor não dar ideia, Kikuti!!!).
Relacionamentos, aliás, são ingredientes para conversas nas quais fazemos uso dos “recursos gramaticais” destacando ou desqualificando tanta coisa. Em uma destas bem recentes, ouvi de uma interlocutora, já reconstruída inúmeras vezes com o vai e vem de amores, que está doida para ter alguém em sua vida, “assim, um alguenzão”.
Lógico, um alguenzão não é qualquer alguém, um alguém “facinho”, disponível como pasta de dente no supermercado. Um alguenzão é diferente de um alguenzinho ou de um outro qualquer... Afinal este “ão” faz uma baita diferença na coisa.
Um alguenzão vai chegar para fazer companhia e não para controlar seus passos. Vai te chamar de sua(seu) sem achar que é seu dono(a). Vai dar ombro amigo, braço e abraços. Vai sorrir mais com o que você diz do que te criticar pelo que não foi dito. Vai falar o que precisa, sem acabar com seu dia. Vai te valorizar pelo que você é não ficar de “mimimi” pelo que gostaria que você fosse. Vai lavar a louça na pia, quando for preciso. Vai ter menos ciúme e DRs idiotas para ter mais momentos de um desfrute mútuo. Vai respeitar você e sua família, incluindo seus gatos. Vai te levar para passear nas experiências mais interessantes que a vida pode ter a dois. Vai agigantar a paixão para o cotidiano com notícias frescas, sem ficar fazendo frescura. Vai fazer bolo de chocolate, cantar (mesmo que seja em falsete), estender a mão quando você cair e talvez cair junto com você. Mas nunca te derrubar.
Um alguenzão é assim, digamos, um alguém todo especial, cheio de firulas. E, por mais que se fale que o alguenzão é lenda das nossas expectativas, pode estar por aí, ao alcance dos olhos, embora há quem prefira continuar teclando freneticamente no celular a conversar com alguém diferente – que pode ser mesmo o alguenzão ou alguém em vias de virar “ão”.
Esperar pelo alguenzão também leva tempo e cada um tem o seu, embora a gente sempre queira que a “hora certa” seja hoje, agora. E, convenhamos, espera é sempre espera. Mas até verso de música diz “quem acredita, sempre alcança”.
Portanto, acredite. Lance para o universo. E no meio de tantos anjos espalhados pelo mundo, um deles pode ser este alguenzão, que quiçá pode aparecer para mostrar que o amor não é só aquela historinha batida de romantismo, mas uma admiração indecifrável que não  termina do nada e que sempre acena para um retorno do melhor de dentro de nós.
Mônica Kikuti                          

                                         

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