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quinta-feira, 7 de maio de 2015

LEITURA - O LIMITE DA PACIÊNCIA DE DEUS

TEOLOGIA
LEITURA

O LIMITE DA PACIÊNCIA DE DEUS


Acontecimentos recentes testemunham grandes mudanças no cenário mundial, em todos os setores da atividade humana. A recente crise econômica que abalou sistemas financeiros em todo o mundo ameaça a estabilidade mundial. As ditaduras islâmicas do norte da África e do Oriente Médio, principalmente, vacilam sob intensas manifestações populares, até recentemente impensáveis. Nações governadas por extremistas desequilibrados e que dominam ou dominarão em breve tecnologias nucleares. A crescente religiosidade egoísta que enriquece seus líderes na pregação de uma mensagem que não contempla a transformação do caráter. Enfim, condições que permitem prever horizontes sombrios para nossa espécie e mesmo para nosso planeta.
O alarmante aumento e escalada da violência em todo o mundo, o crescimento desenfreado da corrupção humana em todos os sentidos e o desamor explícito que toma conta de todas as camadas da sociedade descambam, inevitavelmente a uma constatação que não se pode refutar: A Bíblia tem razão! Sim, as Sagradas Escrituras estão certas, pois foram enviadas pelo próprio Criador para sinalizar os tempos para os Seus filhos, especialmente os tempos derradeiros da história da humanidade que se traduzem como: AGORA.
Em pouco mais de meio século o mundo tem testemunhado um recrudescimento espantoso de fatos horrendos que, dia após dia, têm-se se tornado normais na mente e na vida das pessoas, banalizados por sua repetição e popularizados pela televisão, cinema, teatro, revistas e jornais, principalmente.
A inconcebível matança de mais de seis milhões de judeus no chamado holocausto nazista, os incontáveis milhões de vidas ceifadas por uma guerra de alcance planetário, a exacerbação do uso de drogas que transformou cartéis em verdadeiros estados paralelos, são alguns dos fatos que não se podem esconder como sinais inequívocos de que a Bíblia tinha e tem razão.
O terrorismo que mata indiscriminadamente em nome de Deus e da religião, ceifando milhares de vidas inocentes, não poupando em sua voracidade insana nem crianças, nem mulheres e nem idosos, é o lado mais visível da loucura coletiva que tomou conta de considerável parte do planeta.
Crimes os mais abomináveis cometidos a cada dia e que imediatamente caem no esquecimento por serem suplantados por outros mais hediondos, mostram onde tem chegado a capacidade humana de desafiar o limite da paciência e longanimidade de Deus. Crimes cometidos no âmbito da própria família, inconcebíveis, inacreditáveis. Filhos assassinando pais e vice-versa por motivos os mais banais; pai estuprando filha sob o olhar condescendente e aprovador da própria mãe; filhos assando a mãe para receber seguro de vida; grupos de extermínio formados por pessoas encarregadas de promover o bem e a segurança das pessoas; enfim, a maldade crescente e envolvente que por fim alcançará todos os recantos da terra.
Várias vezes o mundo testemunhou situações semelhantes, idênticas ou quase. Em todas elas houve uma resposta direta, firme e fulminante do Juiz de Toda a Terra, que não pode suportar o pecado e cuja habitação é na luz imarcescível. Jeová é o Seu nome, o Senhor, Deus dos Exércitos. Assim, vêm à mente algumas perguntas:
Pode Deus, o supremo Criador de todas as coisas, cansar-Se, arrepender-Se ou esquecer-Se de alguma coisa? O grande EU SOU, infinito em poder e sabedoria, cuja justiça e misericórdia são sem medida, usar de parcialidade com indivíduos ou nações?
Alguns textos nas Sagradas Escrituras podem causar estranheza e mesmo perplexidade a um leitor menos avisado que não consegue apreender o propósito para o qual a expressão foi manifesta. Ao analisar-se o contexto, porém, chegamos à conclusão de que o Ser Supremo utilizou expressões semelhantes num sentido didático, para ser entendido na linguagem humana por suas criaturas, em lições a elas destinadas.
Ao criar a vida na terra e o ambiente para acolhê-la o Deus Eterno deixou expresso em Sua Palavra: “Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. Havendo Deus acabado no sétimo dia a obra que fizera, DESCANSOU nesse dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou, porque nele DESCANSOU de toda a obra de criação que fizera” (Gênesis 2:1-3).
Cerca de dois milênios após a Sua obra de criação “viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. Então ARREPENDEU-SE o Senhor de haver feito o homem sobre a terra”(Gênesis 6:5 e 6).
Após destruir toda a vida existente sobre a terra, com exceção das pessoas e animais preservados em uma arca, tendo feito chover torrencialmente meses a fio, a ponto de todo o planeta ser totalmente encoberto pelas águas “LEMBROU-SE Deus de Noé, e de todos os animais selvagens e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca” (Gênesis 8:1).
A extrema corrupção do gênero humano foi a causa de sua destruição pelas águas do dilúvio. Semelhantemente, muitos séculos depois, a mesma devassidão tomou conta de algumas cidades que ultrapassaram os limites da tolerância divina. Sodoma e Gomorra foram fulminadas quando o “Senhor fez chover enxofre e fogo” (Gênesis 19:24) sobre as ímpias cidades, destruindo-as completamente.
Jesus, referindo-se aos dias que antecederiam a Sua volta à terra mencionou essas duas ocasiões, como referência à extrema corrupção que estaria imperando na época mencionada:“Quando, porém, vier o Filho do homem, achará fé na terra?” (Lucas 18:8). “Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 24:37). “A mesma coisa aconteceu nos dias de Ló. Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se manifestar”. (Lucas 17:28-30).
A pergunta que teima e queima nos lábios é sobre a comparação entre os dias atuais e os dias de Ló e Noé. A maldade do homem pode ainda atingir patamares mais elevados do que os que hoje se manifestam? A barbárie que assola o planeta e faz os homens temerem e tremerem pode ainda ser maior? Chamemos o testemunho daquele que, honrado sobremaneira pelo Céu, foi cognominado de “O Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso.
Eis como ele anteviu a impiedade dos últimos tempos e a situação dos homens nos últimos dias da nossa história humana: “Nos últimos dias sobrevirão dias difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder”. ( II Timóteo 3:1-5).
Não é esse um diagnóstico fiel dos nossos dias? Como podem as pessoas se despirem do mais forte, sublime e enobrecedor dos sentimentos, que é o amor que liga pais a filhos e filhos a pais? Pois esse sentimento manifesta a mais autêntica marca de Seu Criador: a capacidade de renúncia incondicional e o doar-se em benefício de sua felicidade, uns para com outros. Este sentimento está se embotando, definhando, em extinção.
O que leva as pessoas a cometer atos de desatino como os que se noticiam diariamente e que já não escandalizam por sua banalização e frequência é a ausência de Deus no coração. As pessoas são comparadas a águas nas profecias bíblicas. João, o apóstolo revelador e que recebeu as verdades incontestáveis em símbolos no livro do Apocalipse escreveu: “As águas que viste... são povos, multidões, nações e línguas”. (Apocalipse 17:15). Então, mares podem muito bem significar as grandes cidades, as megalópoles da terra, assim como rios e riachos serem as cidades menores e vilas.
O apóstolo antes citado descreve dentre as sete últimas pragas que sobrevirão ao mundo antes do fim, a seguinte: “O segundo anjo saiu e derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto...O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue”. (Apocalipse 16:3 e 4). À medida em que o tempo passa e vemos o recrudescimento da violência na terra fica cada dia mais evidente que é chegado o tempo do cumprimento dessa profecia.
Primeiramente as grandes cidades têm-se tornado lugar quase impossível de se viver. Assaltos, balas-perdidas, estupros, latrocínios e homicídios sem fim prenunciam o princípio das dores. Nas pequenas cidades aonde a vida pacata era um convite à paz e harmonia entre as pessoas a violência chegou prá ficar e já não se dormem, como antigamente, de janelas abertas. Tudo são sinais dos tempos.
A paciência de Deus, título do presente comentário, tem, sim, um limite. Sua palavra afirma de maneira direta, clara e indiscutível que Ele não muda e nem Se arrepende: “Eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3:6). “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17). As afirmações antes mencionadas são retóricas, para o entendimento daqueles a quem se destinam.
Deus não pode esquecer-Se de coisa alguma, a não ser do pecado confessado e arrependido do pecador contrito. Assim, ele muda o juízo impendente sobre o pecador e Se arrepende, ou seja, deixa de imputar o castigo, consequência do pecado. É o caso da ímpia cidade de Nínive, Capital dos Assírios, no passado remoto. Diferentemente de Sodoma e Gomorra, aquela impenitente cidade recebeu as advertências enviadas por Deus, convertendo-se dos seus maus caminhos e de sua maldade proverbial, sendo preservada da subversão a que estava destinada.
Os acontecimentos presentes dão claro testemunho de que chegou a hora do juízo deste mundo. A idolatria moderna chegou a um ponto em que a paciência do Infinito não pode mais suportar. O amor às riquezas materiais, a ambição irrazoável, a busca incansável pela satisfação dos prazeres sensuais, a condescendência dom o próprio eu são formas atuais de idolatria, que é a substituição de Deus no altar da vida por estas formas de adoração.
A adoração dos ídolos populares, atores, atrizes, atletas, cantores, pessoas falíveis e mortais que se destacam e são colocadas no panteão e nos altares da adoração mundana, tudo clama aos céus. É certo que Deus visitará a terra com juízos e castigos irrevogáveis, como está advertido o mundo em incontáveis mensagens dos profetas. O limite da paciência divina está chegando ao fim.
A apologia às drogas, à homossexualidade e sensualismo, a indiferença para com os princípios morais, a Lei eterna pisada, escarnecida e transgredida e o Evangelho Eterno mudado e a serviço de interesses inconfessáveis são um claro indicativo de que está próximo o dia da visitação sobre a impiedade.
Deus não se cansa de convidar a mim e a você ao arrependimento, ao perdão. Ele Se esquece dos nossos pecados confessados, arrependidos e renunciados. Ele Se lembra sempre de nós. Ele se arrepende dos juízos impendentes e torna atrás no cumprimento da execução da sentença que revoga, pelo arrependimento do pecado.
É tempo de todos nos unirmos num único propósito: buscar ao Senhor de todo o nosso coração e de toda a nossa alma. Transformados em embaixadores do Seu reino eterno devemos anunciá-lo a esta geração perversa e impenitente. O fim virá, é fora de dúvida. Para muitos, o fim definitivo, a morte eterna, da qual não haverá ressurreição. Para outros, o fim dos sofrimentos, das lágrimas, o recebimento de uma herança eterna, num mundo novo em que habita a justiça. Uma nova terra, onde o princípio original de Deus ao criar o homem será restabelecido. O começo da eternidade, com a bendita volta de Jesus e o convívio com outros que aceitaram o sacrifício da cruz e que povoarão esta terra renovada.
O resultado da transgressão e impiedade avassaladora e da violência e corrupção incontroláveis que tomou conta da terra será semelhante ao de Sodoma e Gomorra e dos habitantes do mundo antediluviano. Ouvi de alguém, pouco tempo atrás, que se Jesus demorar-Se na promessa de sua volta, deveria Ele pedir perdão àqueles ímpios povos por sua destruição. Se tal não pode acontecer é certo que a paciência do Infinito chegou ao limite. Motivo de esperança e de alegria para alguns e de terror e terrível expectação de juízo para quase todos.

Lindolfo Dias

http://www.oevangelhoeterno.com.br/2011/05/o-limite-da-paciencia-de-deus.html

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