VIRTUDES
Leitura
DE QUÊ?
Das inspirações súbitas, dos sorrisos
que vão.
Dos olhares que te invadem pela íris,
desnundando tudo.
Das respostas que não respondem.
Dos avisos que não chegam.
Das vozes que se escuta, de dentro
para fora. Das que viram melodia, assim, de repente, no mundo real.
Da caneta que exprime. Comprime
palavras como tudo o que está no peito.
E não tem mais jeito.
Dos conselhos que não se pede, mas se
repetem.
Da música. Do dia frio.
Dos pensamentos, dias a fio.
Sem fim e tantos recomeços.
Dos perfumes, que se insinuam com o
que não se pode ver.
Das velas acesas.
Da luz retida: consentida em se
repartir.
Das contas perdidas nos dedos da mão.
Das delicadezas feitas.
Do bater que não fere. Interfere.
Na pulsação.
Me dê a mão.
E mais inspiração.
Mônica Kikuti
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