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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

VIRTUDES - Pelas inúmeras sacudidas da vida

VIRTUDES

Pelas inúmeras sacudidas da vida  

Uma leitora muitíssimo estimada me enviou um calendário no início do ano, que além de pinturas, traz frases inspiradoras. Ele fica na minha mesa, sobre a CPU, onde olho vez por outra para sinalizar-me a respeito de datas e compromissos, já que sou meio avessa a agendas:realmente, não consigo usá-las muito bem... Escrevo alguma coisa, depois esqueço a agenda na gaveta. Aí, coitadinha, vai ter que virar rascunho para alguma coisa ou meras páginas em branco para eu poder desenhar estrelas infinitas. Não sei por que, mas gosto imensamente de estrelas e adoro desenhar algumas nos papéis que me aparecem ou mesmo durante aqueles eventos intermináveis.
          No meu calendário especial, a frase do mês me pegou de surpresa. Não tinha notado até então, mas trata-se de um provérbio hindu: “Não há nenhuma árvore que o vento não tenha sacudido”. Pensei imediatamente na fragilidade que sentimos em determinados momentos da vida, seja por alguma perda, uma decepção ou um grande problema que vem para tirar tudo daquela zona de conforto, muitas vezes blindada pela hipocrisia do “está tudo bem para sempre”. Um negócio que chega e nos coloca no “olho do furacão”, onde o que construímos se despedaça e somos meros espectadores, sem condição de fazer nada para impedir. E a fragilidade que sentimos é tão intensa que parece que não conseguiremos suportar. Há uma dor física, uma dor psicológica, uma dor infinitamente maior do que todas que vieram antes. É o ápice de sofrimento inesperado –  se é que existe algum sofrimento que se espera, além das coisas (e um monte de bobagens) que criamos dentro de nós.
         Pensei quantas vezes o destino, o acaso ou mesmo o que tinha que ser, nos vem sacudindo vez por outra. Avaliei que na vida temos as meras “sacudidinhas”, como aquele susto sem consequências tão drásticas além de um gritinho infame. Porém, a vida também nos dá outras muitas ou poucas “sacudidaças”, que chegam como turbulências intensas, iguais àquelas num voo longo, sob chuva forte, onde o medo se apodera de todos os pensamentos, numa tacada só.  
        Não há proteção maior que a fé para passar pelas inevitáveis sacudidas da vida, sejam as pequenas ou as grandes. E não há nada que nos chegue, mesmo para sacudir e abalar, sem um propósito. Algo ali, que a gente não enxerga num primeiro momento, veio para transformar. 
          E as sacudidas da vida fortalecem nosso tronco. Fortalecem nossa árvore, nossa alma, nossa copa e nossos frutos. Porque, como a natureza, estamos aqui para dar o melhor de nós. Sacuda-se e se levante!


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