LEITURA
SE FOSSE O FIM
Tenho visto de tudo, mesmo na superfície.
Absorvo
energias e minhas crenças se agigantam.
De
nada adianta querer me escutar, quando eu não balbucio mais nada.
Eu
tenho minha comunicação sagrada.
Coisas
de meu infinito particular.
Não
preciso gesticular.
Eu
falo com o olhar.
Eu
falo quando sorrio ou quando contorço minha face.
Eu me
noto. E me anoto. Na pele, nas lágrimas ou quando giro a caneta azul no papel
em branco.
Se
hoje fosse o fim, eu me eternizei.
Me
eternizei no que compus: emoções, poemas, sentidos.
E se
hoje fosse o fim, eu fiquei.
Pra
mais um tempo.
Mais
que um tempo.
Me
deixe.
Mas
não me esqueça.
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