LEITURA
DESAVISADA
Recomecei, acordando dos meus pesadelos.
Fui
tecendo sonhos, juntando meus pedaços.
Despedacei
algumas coisas, que devem morrer como todos nós.
A lua
lá fora agora me olha desavisada.
Não
sabe como foi meu dia.
Não
sabe como irei dormir, com meus vazios tocando o colchão.
As
estrelas já brilharam mais...
E
hoje tudo é fosco.
Tudo
é foço.
Eu
saí de lá, mas ficou um rastro.
E
olho pra ele quando procuro minha sombra.
O
girassol me sorriu mais uma vez.
E eu
sorrio com ele, porque não posso deixar de lhe retribuir.
Distribuo.
Retribuo.
E
recomeço deste fim imprevisto.
Desta
noite de lua.
Desavisada...
E
ainda tão linda...
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