LEITURA
QUE NÃO SE
CONTROLAM
Tenho ouvido muito sobre as paixões. Vejo
que é um campo fértil, porém minado. Todo cuidado é pouco para não se explodir
no meio do caminho. Não se mutilar, não se perder... Não querer muito, onde há
migalhas. E isto gera um medo devastador.
Eu
sei de paixão que arruína, mas que também semeia alguma coisa boa. Aquela que
valha à pena, mesmo que leve a um fim um tanto trágico. Inesperado e cômico ao
mesmo tempo.
E por
que não? Aventurar-se no proibido e nas coisas tolas, que desmoronam e
edificam.
E por
que sim? Porque a vida é curta. E não deve ser diminuta...
Eu
tento diminuir muitas coisas que se agigantam. E por vezes não tenho mais
condição de opinar. Não tenho condições de nada, a não ser de observar. A
ruína. A sedimentação. As profundezas de coisas que não se controlam. E que
trazem uma delícia em sentir-se mais vivo.
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