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quinta-feira, 20 de junho de 2013

SAÚDE - Desmistificando a Dislexia

Saúde
Desmistificando a Dislexia

Sintomas do distúrbio podem ser confundidos com dificuldades de aprendizagem

Com o avanço da medicina e da neurociência, algumas disfunções de aprendizado foram identificadas e devidamente nomeadas, como é o caso da Dislexia.
Alguns sintomas se confundem com características de crianças mais distraídas e podem fazer com que pais e professores acreditem que seu filho (a) ou estudante seja disléxico, mesmo sem um diagnóstico adequado.
Para ajudar a esclarecer essa questão, a Psicopedagoga Clínica, especializada em Educação Inclusiva e Deficiência Intelectual, Sheila Pinheiro, explica: “Primeiramente, é preciso saber distinguir a dificuldade de aprendizagem do distúrbio de aprendizagem. A dificuldade escolar é momentânea, passageira. A criança pode estar passando por questões emocionais, como o divórcio dos pais, por exemplo, ou pode ser um caso de inadequação metodológica, quando o estudante não se enquadra a uma escola tradicional então fica desinteressado. Já nos distúrbios de aprendizagem, a criança apresenta uma falha no processo
de aquisição da informação.
Cada parte do cérebro tem uma função e se uma parte específica falha, há uma disfunção, ou seja, um distúrbio de aprendizagem que precisa de uma intervenção para estimular essa região, de tal forma que a pessoa possa superar suas dificuldades.
A partir daí nós podemos ter a Dislexia, o transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (tDAH), a Discalculia, Disgrafia ou outros. Estudos definem a
dislexia como um distúrbio específico da leitura escrita, de ordem neurológica e
genética, por isso que, onde tem um disléxico, é possível encontrar um parente de
primeiro ou segundo grau, que apresentou o mesmo sintoma”.
Sinais de alerta
Alguns dos indícios a que pais e professores devem estar atentos são:
•Dificuldade emassociarletra,some aforma das letras;
•Omissão ou troca da ordem e direçãodas letras e sílabas;
•Pobre compreensãode textos escritos;
•Expressar-se melhor oralmente;
•Dificuldadesna assimilaçãode símbolos da matemática e para decorar tabuada;
•Erros durante a cópia de textos;
•Dificuldadesna soletraçãodepalavras;
•Dificuldades em perceberrimas;
•A presença dos mesmos erros continuamente.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico de dislexia é feito por exclusão, com uma equipe de profissionais especializados. O neurologista poderá pedir alguns exames e fará a análise destes juntamente com os pareceres de um psicólogo, de um psicopedagogo e de um fonoaudiólogo. Dependendo do caso, o médico poderá pedir ainda o parecer de um oftalmologista, otorrinolaringologista ou outros, a fim de descartar quaisquer outras dificuldades visuais ou auditivas.
Sendo diagnosticada a dislexia, o médico recomendará o tratamento adequado
para cada caso. Sheila Pinheiro acrescenta que “a dislexia se beneficia de terapias
como a psicopedagogia, que utiliza métodos multissensoriais para auxiliar o paciente no processo de aquisição do aprendizado da leitura e da escrita, orientando inclusive a escola, em como avaliar e incluir o disléxico de forma adequada no processo de ensino e aprendizado”.
A Associação Brasileira de Dislexia atesta que “todas as leis, legislação e diretrizes educacionais não são específicas para os disléxicos, apenas engloba o que
tange a inclusão escolar, como direito de qualquer cidadão”. A psicopedagoga
Sheila esclarece: “A escola precisa de um amparo legal, que é o diagnóstico médico.
A partir daí, o disléxico tem o direito de ter adaptações curriculares e avaliações diferenciadas, por ser considerado caso de inclusão escolar”. Com acompanhamento médico e tratamento adequado, os disléxicos podem superar e contornar suas dificuldades, levando suas vidas normalmente.

Sheila Pinheiro – Psicopedagoga Clínica e Institucional, Especialista em Inclusão Escolar.
www.psicopedagogasheila.com.br
sheila.terapeuta@hotmail.com
Texto de Janaina Gorski/Revista Atitude São Paulo – Edição Agosto/2012

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