VIRTUDES
Branco e preto
Nos conformamos com a rotina em boa
parte dos nossos dias. Fechamos os olhos para o novo, para os caminhos, para a
calmaria que quer empurrar a intranquilidade e joga-la precipício abaixo.
Acostumamos
com as planícies e evitamos subidas árduas, mesmo que o destino possa ser o
mais bonito de todos.
Ignoramos
os picolés coloridos, os pirulitos do Chaves, as frases mais impensadas ditas
por crianças em momentos de um regozijo genuíno.
Esquecemos
feições como os momentos bons vividos, partilhados, sem culpa. Ninguém sabe
mais o quanto perdeu, apenas que ainda não tem o bastante, embora tenha de tudo
um pouco.
Ninguém
se dá conta da própria ausência dentro de si. Até que a própria insensatez seja
a cova rasa a cobrir o que restou de alguém que se foi. Perdeu a essência.
Acostumando-se com o branco e Preto enquanto tudo em volta era colorido.
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