Os israelitas deram àquele alimento o
nome de maná. Ele era parecido com uma sementinha branca e tinha gosto de bolo
de mel. Moisés disse:
— OSenhorDeus mandou que fossem guardados dois
litros de maná para que, no futuro, os nossos descendentes possam ver o
alimento que ele nos deu para comermos no deserto, quando nos tirou do Egito.
Então
Moisés disse a Arão:
—
Pegue uma vasilha, ponha nela dois litros de maná e coloque-a na presença de
Deus, oSenhor,
a fim de ser guardada para os nossos descendentes.
Arão
fez como oSenhorhavia ordenado a Moisés e colocou a
vasilha diante da arca da aliança para que ficasse guardada ali. Durante
quarenta anos os israelitas tiveram maná para comer, até que chegaram a uma
terra habitada, isto é, até que chegaram à fronteira de Canaã.
Um certo homem nobre
partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois.
Chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes:
- Negociai até que eu venha.
Mas os seus concidadãos aborreciam-no e mandaram após ele
embaixadores, dizendo:
- Não queremos que este reine sobre nós.
Aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino,
disse que lhe chamassem aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para
saber o que cada um tinha ganhado, negociando.
E veio o primeiro dizendo:
- Senhor, a tua mina rendeu dez minas. E ele lhe disse:
-Bem está, servo bom, porque foste no mínimo foste fiel,
sobre dez cidades terás a autoridade.
E veio o segundo, dizendo:
- Senhor, a tua mina rendeu cinco minas. E a este disse
também:
- Sê tu também sobre cinco cidades.
E veio outro,
dizendo:
- Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço.
Porque tive medo de ti, que és homem rigoroso, que tomas o que não puseste e
segas o que não semeaste.
Porém ele lhe disse:
- Mau servo, eu sou homem rigoroso, que tomo o que não pus e
sego o que não semeei; por que não meteste pois o meu dinheiro no banco, para
eu, vindo, o exigisse com os juros?
E disse aos que estavam com ele:
- Tirai-lhe a mina e daí-a ao que tem dez minas.
E disseram –lhe eles:
- Senhor, ele tem dez minas.,
Pois eu voz digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado,
mas ao que não tiver até o que tem lhe será tirado.
E, quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu
reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim.
Havia um homem rico, e vestia-se de
púrpura e de linho finíssimo, vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um verto mendigo, chamado Lázaro que jazia
cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com as migalhas que
caiam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
Aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para
o seio d’Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos e viu ao
longe Abraão e lázaro no seu seio.
E chamando, disse:
- Abraão, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe
na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado
nesta chama.
Disse, porém Abraão:
- Filho, lembra-te de que
recebeste os seus bens em tua vida e Lázaro somente males; e agora este é
consolado e tu atormentado; além disso, está posto um grande abismo entre nós e
vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tão
pouco os de lá passar para cá.
E disse ele:
- Rogo-te pois, ó pai, que o mandes a casa de meu pai. Pois
tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também
para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão:
- Tem Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele:
- Não, pai, Abraão; mas, se algum dos mortos fosse ter com
eles, arrepender-se-iam.
Porém Abraão lhe disse:
- Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco acreditarão,
ainda que algum dos mortos ressuscite.
Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto
por muitos anos sem ter filhos mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram
a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o
rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo
trazendo a eles um lindo menino.
O tempo passou rapidamente e o
menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto,Jurupari, o deus da escuridão,
sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e
decidiu ceifar aquela vida em flor.
Um dia, o menino foi coletar frutos
na floresta eJuruparise aproveitou da ocasião para lançar
sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino,
matando-o instantaneamente.
A triste notícia se espalhou
rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela
aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma
mensagem deTupã, dizendo
que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta
cresceria dando saborosos frutos.
Os índios obedeceram aos pedidos da
mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas
sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos
humanos.
Nas estradas pouco trafegadas aparece um animal, sob a
forma de uma galinha, acompanhado de uma grande ninhada de pintinhos. A galinha
e os pintinhos vivem mariscando, e quando avistam ou são avistados por alguém,
começam a crescer e acabam atacando o viajante, que tem que se defender com
armas até eles desaparecerem.
No mundo materialista em que vivemos,
frequentemente as pessoas são mais valorizadas pelos bens e riquezas que
possuem do que por aquilo que realmente são. Dessa concepção errada brota a
insaciável cobiça de bens materiais, que tantos males têm causado à humanidade.
Entretanto, numa visão mais correta do
mundo e do homem, vemos que o valor de uma pessoa não está no que ela tem, mas
naquilo que ela é. Não nas riquezas que possui, mas no maior ou menor grau de
perfeição humana por ela alcançado.
Atualmente, contemplamos,
principalmente entre os jovens e também entre os adultos em menor intensidade a
valorização do possuir coisas de valor do que a valorização da pessoa humana e
do conhecimento. Muitas vezes, deixam a alimentação ou uma medicação importante
em nome da compra e da posse de bens ou marcas caras.
Jovem, aprenda a cultivar os autênticos valores, aqueles que não perecem com a morte. E se tem fortuna, aprenda a
aplicá-la bem, sem se esquecer de ajudar aos menos favorecidos pela sorte.
Jamais, porém, faça da riqueza o valor supremo de sua vida. Você estaria
transformando-a na raiz de sua própria infelicidade.
Um certo homem tinha dois filhos: o
mais moço deles disse ao pai:
- Pai, daí-me a parte da fazenda que
me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E , poucos dias depois, o filho mais
novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua
fazenda, vivendo dissolutamente.
Havendo ele gastado tudo, houve
naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidade. E, foi, e
chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos
a apascentar porcos.
E
desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém
lhe dava nada.
Tornado
a si, disse:
- Quantos jornaleiros de meu pai tê
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu
pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei conta o céu e perante ti; já não sou digno de
ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai;
e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e moveu de íntima compaixão, e,
correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho disse:
- Pai, pequei contra o céu e
perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas, o pai disse aos seus servos:
- Trazei depressa o melhor vestido,
e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e
alegremo-nos; porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e
foi achado.
E começaram a alegrar-se.
O seu filho mais velho estava no
campo; e quando veio, e chegou perto da casa, ouviu a música e as danças. E,
chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse:
- Veio teu irmão; e teu pai matou o
bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou, e não queria
entrar, e, saindo o pai, instava com ele. Mas
respondendo ele, disse ao pai:
- Eis que te sirvo há tantos anos,
sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para
alegrar-me com os meus amigos. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a
tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele lhe disse:
- Filho, tu sempre estás comigo, todas as minhas coisas são tuas; mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos,
porque este teu irmão estava morto e reviveu, e tinha-se perdido e achou-se.