VIRTUDES
Leitura
PROVAS
DA VIDA
Há dias em que o ânimo parece inexistir. Ele desanima e se
apropria de nós. É uma imensidão de dúvidas e de sentimentos que não têm um
porquê, como se a vida tivesse que dar provas, todo o tempo, de que é boa de se
viver. Será que, em contrapartida, a gente dá provas de que é preciso vivê-la
bem?
A gente dá de ombros
para a vida o tempo todo... Não enxerga, esbarra nas coisas boas, e ainda
insiste em só ver o lado ruim de tudo e de todos. Se a vida pudesse ter
“vida própria” fora da gente, o que ela diria? “Olha o que você tem feito comigo!”; “Como você pode ser tão mesquinho?”, “Quantas
emoções reais você tem desperdiçado enquanto gasta seu dinheiro com
futilidades?”; “Será que eu
sou mesmo importante para você?”.
A gente precisa de
esperança, de amor, de algo que nos mova diante de todas as dificuldades, deste
lamaçal de inveja, brutalidade, competição, rispidez, mau falatório. Não
precisamos de muito para sermos felizes, mas se tivermos, entre nós, outros
poucos que também queiram, a magia das coisas se agiganta, se aprofunda.
E o que somos nós sem a profundidade de sentimentos?
Eu tenho esperança
nas pessoas, no poder das coisas boas e em tudo o que nos faz um pouco melhores
no dia a dia. Eu confio numa força suprema, no Deus que nos une e nos fortalece
nos momentos em que a gente acha que deve desistir. E é aqui que a gente
encontra uma força que nunca pensávamos ter. Uma força que nos restabelece com
o divino, que nos unifica na nossa humanidade, tão esquecida, tão envolta em escuridão. Eu ainda
acredito que as coisas serão diferentes de hoje em diante. Do agora, que
separa ou que une você e eu, o universo e tudo o que existe.
Tenho calma. E
continuo tendo esperanças. Agora. E sempre.