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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

VIRTUDES - MEU PEDIDO


VIRTUDES
MEU PEDIDO
O tempo tem sido meu companheiro rotineiro nos últimos tempos.
Com ele tive que me virar. Revirar. Redescobrir.
Pensei no que eu era e no que me transformei. E no que eu me transformei, embora não seja ainda o que eu sempre quis, é o melhor que eu possa ser hoje. E eu me amo mesmo assim.
O tempo me deu tempo de aprender.
Aprendi a fazer pedidos. Não estes de restaurante. Porque, também, nem sempre o que o cardápio diz é que chega servido à mesa.
Aprendi a ter menos critérios com bobagens.
Aprendi a não fazer mais a "listinha" do que é uma pessoa ideal para se apaixonar. O tempo me mostrou: não existem pessoas ideais.
Aprendi a pedir direito para o universo, para o garçom, para mim mesma.
Aprendi que não basta ter idade: é preciso ter evoluído com os anos e evoluído na alma.
Aprendi que não basta ser bem sucedido. É preciso aceitar a miséria de si mesmo para ver que o dinheiro é nada. Que carro o ladrão leva. Que apartamento o fogo consome. Que piso de mármore risca. Que prato novo quebra.
Aprendi que quanto mais a gente reclama, menos das coisas boas a gente vê. Que comida barata pode ser, sim, muito gostosa.
Aprendi que não basta falar inglês ou português. É preciso falar em língua magistral, com vocabulário sereno onde a gramática seja ternura. Onde haja concordância de valores. Onde se fechem parênteses, mas abram-se parágrafos que a gente não quer que terminem.
Aprendi que não basta dizer "eu te amo" para alguém, mas é preciso amar, em primeiro lugar, a vida em sua magnitude. Nas cores, nas profundezas ou mesmo diante da superfície. E com todo este amor poder dizer, sim, "eu te amo" como amo tudo o que existe.
Aprendi que a beleza física entorpece os olhos, mas não dura muito quando a da alma não se sustenta.
Aprendi a refazer pedidos. A agradecer pelo que chegou e pelo que foi embora.
Aprendi que cada página da vida - e eu não as veria, jamais, em preto e branco – é impressa com os sucessos e infortúnios. E que cada infortúnio nos exibe a inquebrantável vontade de fazer certo da próxima vez.
Aprendi que conhecer alguém novo é poder mostrar o que eu nunca consegui ser. Não porque eu não queira ser eu mesma. Mas, porque eu posso ser o que nunca consegui ser até hoje.
Aprendi a me refazer. A chorar. A sorrir.
Aprendi que existe sempre mais uma chance. E ela pode estar diante ou adiante. Agora. Na hora. E que pode ser o momento de todas as coisas acontecerem.
Aprendi que meu pedido deve ser de sorte. Nunca de morte.
E que tudo acaba para outro "tudo" começar.
E por isto eu aprendi que é preciso aprender sempre.
Comigo e com os outros.
E é preciso amar mais. E sempre. Mais!

M. KIKUTI

TEOLOGIA - SALVAÇÃO POR MEIO DA FÉ

TEOLOGIA
LEITURA
Salvação por meio da fé
Mas agora Deus já mostrou que o meio pelo qual ele aceita as pessoas não tem nada a ver com lei. A Lei de Moisés e os Profetas dão testemunho do seguinte: Deus aceita as pessoas por meio da fé que elas têm em Jesus Cristo. É assim que ele trata todos os que creem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas. Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva. Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. Deus quis mostrar com isso que ele é justo. No passado ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus pecados; mas agora, pelo sacrifício de Cristo, Deus mostra que é justo. Assim ele é justo e aceita os que creem em Jesus.
Será que temos motivo para ficarmos orgulhosos? De modo nenhum! E por que não? Será que é porque obedecemos à lei? Não; não é. É porque cremos em Cristo. Assim percebemos que a pessoa é aceita por Deus pela fé e não por fazer o que a lei manda. Ou será que Deus é somente Deus dos judeus? Será que não é também Deus dos não judeus? Claro que é! Deus é um só e aceitará os judeus na base da sua fé e também aceitará os não judeus por meio da fé que eles têm. Será que isso quer dizer que, por causa da fé, nós tratamos a lei como se ela não valesse nada? Não; de modo nenhum! Pelo contrário, afirmamos que a lei tem valor.

Romanos 3.21-26

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

LEITURA - ALIANÇA E A CIRCUNCISÃO I

TEOLOGIA 
 LEITURA
ALIANÇA E A CIRCUNCISÃO I
Quando Abrão tinha noventa e nove anos, o SENHOR Deus apareceu a ele e disse:
— Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo e seja obediente a mim em tudo. Eu farei a minha aliança com você e lhe darei muitos descendentes.
Então Abrão se ajoelhou, encostou o rosto no chão, e Deus lhe disse:
— Eu faço com você esta aliança: prometo que você será o pai de muitas nações. Daqui em diante o seu nome será Abraão e não Abrão, pois eu vou fazer com que você seja pai de muitas nações. Farei com que os seus descendentes sejam muito numerosos, e alguns deles serão reis. A aliança que estou fazendo para sempre com você e com os seus descendentes é a seguinte: eu serei para sempre o Deus de você e o Deus dos seus descendentes. Darei a você e a eles a terra onde você está morando como estrangeiro. Toda a terra de Canaã será para sempre dos seus descendentes, e eu serei o Deus deles.
Deus continuou:
— Você, Abraão, será fiel à minha aliança, você e os seus descendentes, para sempre. Pela aliança que estou fazendo com você e com os seus descendentes, todos os homens entre vocês deverão ser circuncidados. A circuncisão servirá como sinal da aliança que há entre mim e vocês. De hoje em diante vocês circuncidarão todos os meninos oito dias depois de nascidos, e também os escravos que nascerem nas casas de vocês, e os que forem comprados de estrangeiros. Tanto uns como outros deverão ser circuncidados, sem falta. Esse será um sinal que vai ficar no seu corpo para mostrar que a minha aliança com vocês é para sempre. Quem não for circuncidado não poderá morar no meio de vocês, pois não respeitou a minha aliança.

GÊNESIS 17:01-14


LEITURA - ALIANÇA E A CIRCUNCISÃO

TEOLOGIA
LEITURA
ALIANÇA E A CIRCUNCISÃO
Depois Deus disse a Abraão:
— De hoje em diante não chame mais a sua mulher de Sarai, mas de Sara. Eu a abençoarei e darei a você um filho, que nascerá dela. Sim, eu a abençoarei, e ela será mãe de nações; e haverá reis entre os seus descendentes.
Abraão se ajoelhou, encostou o rosto no chão e começou a rir ao pensar assim: “Por acaso um homem de cem anos pode ser pai? E será que Sara, com os seus noventa anos, poderá ter um filho?” Então Abraão disse a Deus o seguinte:
— Quem dera que Ismael vivesse abençoado por ti!
Mas Deus respondeu:
— O que eu disse foi que Sara, a sua mulher, lhe dará um filho. E você o chamará de Isaque. Eu manterei a minha aliança com ele e com os seus descendentes, para sempre. Também ouvi o seu pedido a respeito de Ismael; e eu o abençoarei e lhe darei muitos filhos e muitos descendentes. Ele será pai de doze príncipes, e eu farei com que os descendentes dele sejam uma grande nação. Mas a minha aliança eu manterei com Isaque, o seu filho, que Sara dará à luz nesta mesma época, no ano que vem.
Quando acabou de falar com Abraão, Deus subiu e o deixou. Naquele mesmo dia Abraão fez como Deus havia mandado. Ele circuncidou o seu filho Ismael e todos os outros homens da sua casa, incluindo os escravos nascidos na sua casa e os que tinham sido comprados de estrangeiros. Abraão tinha noventa e nove anos quando foi circuncidado, e o seu filho Ismael tinha treze. Os dois foram circuncidados no mesmo dia. E foram circuncidados também todos os escravos de Abraão, tanto os nascidos na sua casa como os que tinham sido comprados de estrangeiros.

GÊNESIS 17:15-27


LEITURA - ABRAÃO PEDE EM FAVOR DE SODOMA...

TEOLOGIA
LEITURA
ABRAÃO PEDE EM FAVOR DE SODOMA
Depois os visitantes se levantaram e foram para um lugar de onde podiam ver a cidade de Sodoma. E Abraão os acompanhou para lhes mostrar o caminho. Aí o SENHOR Deus disse a si mesmo: “Não vou esconder de Abraão o que pretendo fazer. Os seus descendentes se tornarão uma nação grande e poderosa, e por meio dele eu abençoarei todas as nações da terra. Eu o escolhi para que ele mande que os seus filhos e os seus descendentes obedeçam aos meus ensinamentos e façam o que é correto e justo. Se eles obedecerem, farei por Abraão tudo o que prometi.” Aí o SENHOR disse a Abraão: — Há terríveis acusações contra Sodoma e Gomorra, e o pecado dos seus moradores é muito grave. Preciso descer até lá para ver se as acusações que tenho ouvido são verdadeiras ou não. Então dois dos visitantes saíram, indo na direção de Sodoma; porém Abraão ficou ali com Deus, o SENHOR. Abraão chegou um pouco mais perto e perguntou: — Será que vais destruir os bons junto com os maus? Talvez haja cinquenta pessoas direitas na cidade. Nesse caso, vais destruir a cidade? Será que não a perdoarias por amor aos cinquenta bons? Não é possível que mates os bons junto com os maus, como se todos tivessem cometido os mesmos pecados. Não faças isso! Tu és o juiz do mundo inteiro e por isso agirás com justiça. O SENHOR Deus respondeu: — Se eu achar cinquenta pessoas direitas em Sodoma, perdoarei a cidade inteira por causa delas. Abraão voltou a dizer: — Perdoa o meu atrevimento de continuar falando contigo, pois tu és o Senhor, e eu sou um simples mortal. Pode acontecer que haja apenas quarenta e cinco pessoas direitas. Destruirás a cidade por causa dessa diferença de cinco? Deus respondeu: — Se eu achar quarenta e cinco, não destruirei a cidade. Abraão continuou: — E se houver somente quarenta bons? — Por amor a esses quarenta, não destruirei a cidade — Deus respondeu. Abraão disse: — Não fiques zangado comigo, Senhor, por eu continuar a falar. E se houver só trinta? Deus respondeu: — Se houver trinta, eu perdoarei a cidade. Abraão tornou a insistir: — Estou sendo atrevido, mas me perdoa, Senhor. E se houver somente vinte?
— Por amor a esses vinte, não destruirei a cidade — Deus respondeu. Finalmente Abraão disse: — Não fiques zangado, Senhor, pois esta é a última vez que vou falar. E se houver só dez? — Por causa desses dez, não destruirei a cidade — Deus respondeu. Quando o SENHOR Deus acabou de falar com Abraão, ele foi embora, e Abraão voltou para casa.

GÊNESIS 18:16-33


VIRTUDES - PRESSÁGIO...


VIRTUDES
PRESSÁGIO...
Cansei da minha estupidez.
Destas coisas todas sem fim.
Cansei desta bobagem de amar alguém.
Lido com o infortúnio todos os dias.
Não sei quem sou, o que quero, para onde vou.
Meus sonhos são equívocos de noites de lua cheia.
Procurei me benzer.
Tomei água benta.
Lavei-me com canela.
E nada disto me fez descobrir o que eu era e tudo o que sou.
Os dias passam rápido. O caminho está à vista, a passagem livre e mesmo assim não sei se continuo ou me destituo dos anseios pueris.
Pedi perdão pelos meus novos pensamentos.
Quero mudar de religião. De país. De amores.
Divorciei-me de mim por dois minutos e parecia que tinha sido um presságio de morte.
Tenho tudo e não sou nada. Tenho nada e o que tenho é coisa alguma.
Queria que me amassem, mas ninguém quer tanto trabalho! Querem gente pronta, com dinheiro na conta corrente, sorriso plastificado e ouvido apurado para os leros-leros egocêntricos.
Não consigo mais abrir a porta.
Escrevo no ar o que queria ouvir. E o vento sopra distante enquanto a lua me aconchega na luz que agora me falta.

M. KIKUTI


VIRTUDES - E SE FOSSE A ÚLTIMA VEZ?

VIRTUDES
E SE FOSSE A ÚLTIMA VEZ?
Por aquele prazer momentâneo de tomar um bom café, fui a uma cafeteria, destas elegantes, perto de dois colégios de endinheirados. Mal entrei e vi duas mulheres conversando. Talvez nem tão animadamente, mas conversavam.
Pedi meu café e sentei-me para espera-lo ao lado das duas. Uma tinha voltado de viagem ao exterior. Fazia contas, falava de valores em dólares canadenses. Entregava frascos de perfume para a interlocutora e mais parecia reunião de tupperware do que a chegada da muamba aromática.
Vestindo uniforme, um garoto de 12 anos, não mais que isto, entra na loja. Dá alguns passos e logo se posiciona ao lado de uma das mulheres. Ela olha para o garoto com a austeridade de um sargento.
- “Não quero você aqui do meu lado!”. Era um vômito de palavras, talvez um refluxo.
A amiga da mãe, prontamente, olhou para a cadeira extra, com as bolsas de ambas e outros embrulhos e não se demorou: - “Nem tem lugar para sentar”, sentenciou a amiga.
- “Tá mãe. Eu vou voltar para a escola”, disse o menino, um tanto acostumado com aquela grosseria maternal e com a solidariedade da amiga da mãe.
O diálogo durou menos de um minuto. O menino saiu. Detrás do balcão, uma das atendentes me olhou como se pudesse dizer: “Você viu isto?”.
Observei o menino atravessando a rua e voltando para a escola, de onde, depois daquilo, deveria ter ficado até morrer.
A frieza daquelas palavras me incomodou. As palavras têm poder. Podem trazer alento, gerar admiração, cicatrizar mal entendidos e machucar, ferir. Ou podem apenas doer fundo na alma, dilacerando uma vida inteira de crenças e amores.
Mas, e se aquela fosse a última vez? Se a última frase daquela mãe para o filho fosse mesmo “Não quero você aqui do meu lado!”? A inconsciência coletiva, esta da qual eu também me identifico, é cruel. Assassina. É executora das sentenças de morte a que estamos acostumados a lidar, sem um pingo de lucidez! Quantas vezes dissemos e dizemos palavras envoltas em raiva, grosseria, orgulho e não pensamos na última lembrança que vamos ter? Ou que o outro terá de nós?
Que a última frase seja sorriso. Que a última frase seja ternura. Que a última lembrança seja vontade de ver de novo. Que a última vez seja vista como se fosse agora, porque ninguém sabe o que vai ser de nós, de agora em diante.
Que eu tenha boas lembranças. Que você também tenha de mim. E que se hoje fosse o fim, eu tenha tempo de dizer que amei você. Com o olhar, com o sorriso, com uma palavra. Que é sempre de vida. Porque é ela que vai ficar para sempre nas boas lembranças.
M. KIKUTI