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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO - A FORÇA DA UNIÃO

Educação
A força da união
Mais do que defender direitos, as associações de pais exercem um papel importante ao estreitar os laços entre famílias e instituições de ensino.
Mãe de dois filhos, Ana Teresa Santana Laguna, a Tetê, tem acesso livre ao Colégio Castanheiras, instituição particular de ensino localizada em São Paulo. Ela faz parte da Comissão de Pais, criada em 2008 com o propósito de promover atividades culturais complementares ao currículo. “Houve um contrato de cavalheiros. Formamos uma comissão no sentido de ser um braço da escola”, conta. “Não fazemos nenhuma luta por valores de mensalidade nem mesmo desempenhamos um papel de vigilantes pedagógicos”, explica. Os assuntos que permeiam as reuniões incluem cultura, sustentabilidade, alimentação e relações sociais — segmentos que geraram quatro subcomissões de trabalho organizadas pelos pais.
          A partir disso, nasceram projetos como o carona, no qual os pais se organizam para levar e buscar os filhos em sistema de rodízios; a banca de uniformes, para que as roupas que não servem mais e estão em bom estado sejam doadas para os próprios alunos do colégio; o repasse de livros, em que os títulos utilizados podem ser reaproveitados na própria escola; a organização de festas, cuja renda é revertida para entidades carentes, e uma feira de ingredientes orgânicos aberta à comunidade. “Acreditamos que esse movimento ensina aos nossos filhos outros valores”, conta Ana Teresa, que vê na direção da escola uma grande parceira.
           A entidade que reúne as famílias no Colégio Castanheiras não está sozinha: é uma das diversas instituições criadas no país, tanto em escolas públicas quanto privadas, reunindo, inclusive, pessoas que não estão diretamente ligadas apenas a uma escola, com associações por municípios ou estados, federações e confederações.
          Tudo começou com as associações de pais e mestres, as APMs, que estão prestes a completar um século de vida na rotina escolar. Em Associações de pais e mestres: um pouco de sua história, a professora Izabel Aurora de Souza Branco, da Unesp de Rio Claro, relata que as APMs passaram a ser implantadas em algumas escolas a partir da década de 1920, de maneira informal, vindo a ganhar força na década seguinte. Obrigatórias nas escolas públicas desde 1971, elas são pré-requisito para as instituições educacionais que demonstrem necessidade e interesse em receber recursos financeiros obtidos por meio de repasses governamentais ou provenientes de doações e eventos.
          Uma das premissas da APM está na integração família-escola-comunidade. E, como reza o Manual de utilização dos recursos do convênio FDE-APM, trata-se de uma associação civil de natureza social e educativa sem caráter político. Partindo dessa premissa, as APMs são a porta de entrada oficial para que os pais façam parte da comunidade escolar de seus filhos, ao mesmo tempo em que favorecem o entrosamento entre professores e famílias.

Pais e alunos
          Em Brasília, a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (ASPA), fundada em 2011, mostra-se articulada, organizada e atuante. “Notamos que havia uma demanda reprimida pela participação das famílias na educação. Muitos são os defensores da educação, mas poucos defendem realmente os interesses dos pais e alunos no dia a dia com ações concretas”, afirma o presidente da ASPA, o advogado Luis Claudio Megiorin, que vem trabalhando em frentes polêmicas.
          Em ato conjunto com a Defensoria da Infância e da Juventude contra os secretários de Segurança e da Educação do Distrito Federal, a associação envolveu-se na questão da insegurança e das drogas nas escolas. Em outro momento, a alta das mensalidades escolares em índices maiores que os da inflação levou a associação a recorrer a procedimentos como a quebra de sigilo bancário das escolas e faculdades envolvidas para averiguação de eventual abuso. “A ideia da ASPA não é de ficar brigando com a escola. Antes de partir para o departamento jurídico, a associação assume um papel de mediadora de conflitos, mas tem o direito de manejar ações públicas e de segurança. Por isso, sentimos que os gestores escolares têm certa resistência contra a associação civil organizada”, diz Megiorin.
          Ele afirma que, mesmo com tão pouco tempo de atuação, a ASPA já ganhou tanta projeção que hoje são os pais que chegam até a associação pedindo orientação. “É importante deixar claro que a associação é um órgão neutro para que não perca sua razão de ser”, salienta. “Ela funciona como um Ministério Público, e queremos que as escolas, tanto públicas quanto privadas, busquem em nós uma parceria”, explica o advogado, destacando que a ASPA tem uma abrangência maior de atuação do que as APMs. Em dois anos, a entidade conta com 2.600 pessoas cadastradas. Para se associar, basta preencher uma ficha de inscrição, ler o estatuto e pagar uma taxa anual de R$50,00.

Federação
          No estado do Paraná, as APMs ganharam mais uma letra: F de funcionários. Esse detalhe mudou também a sigla FEPAMEC, criada em 1995, para FEPAMEF-PR em 2006. Ou seja, a Federação das Associações de Pais e Mestres da Cidade de Curitiba ficou mais abrangente, atua em todo o estado e envolve os funcionários da rede de ensino.
         “O papel da federação é representar pais de alunos e se fazer presente em todos os assuntos que envolvam educação, seja participando de conselhos, assembleias, fóruns ou mobilizações, defendendo o interesse dos pais e alunos, fiscalizando ações, formalizando denúncias e cobrando resultados”, explica Urçula Carina Zanon, presidente da FEPAMEF.
          Para tanto, a assistente social conta que está iniciando um projeto com palestras e visitas às escolas para que, através das vivências, as famílias sintam-se mais motivadas a participar das atividades escolares. “Os pais também têm direito de fiscalizar e exigir melhor qualidade de ensino e de estrutura”. A presidente esclarece que a federação desenvolve um trabalho voluntário e que, para fazer integrá-la, não é necessário nenhum tipo de filiação.
          Tanto a ASPA como a FEPAMEF-PR fazem parte do grande guarda-chuva que é a Confederação Nacional de Pais e Alunos (CONFENAPA), que congrega as federações brasileiras da mesma natureza e a elas dá suporte. A CONFENAPA tem hoje 27 entidades estaduais afiliadas e aproximadamente 200 membros cadastrados. Ela foi criada em 1993 com o objetivo de defender os interesses das famílias. Pedro Trindade Barrêtto, representante da confederação, entende que alunos, pais, professores e gestores educacionais devem reunir-se com paridade representativa e equilíbrio quantitativo. “Sem paridade, teremos uma imposição do academicismo pedagógico, o que não os motivará para a aprendizagem e a assimilação dos valores humanos preponderantes na cultura da comunidade na quais vivem e convivem os alunos e seus pais”, acredita Barrêtto.
           Ele também destaca que a integração dos pais nas atividades escolares é de fundamental importância para o êxito dos filhos, bem como para a superação dos temores e angústias presentes desde a pré-escola até a conclusão do ensino médio. Para isso, julga necessária a participação em reuniões regulares, com pautas de interesse mútuo e foco no bem-estar dos alunos: “O objetivo é tornar a escola um espaço democrático de aprendizagem, mais afetivo e de integração com a família. Os portões não podem estar fechados para os pais”.

Incentivo da escola
           No Colégio Jesuíta São Luís, de São Paulo, a APM foi criada há 55 anos por sugestão do próprio diretor, que naquela época já via com bons olhos a participação dos pais dos alunos nas atividades da escola. Para a atual presidente da APM, Adile Maria Delfino Manfredini, mais do que um direito, o envolvimento dos pais é um dever. “Afinal, trata-se da instituição que está cuidando da educação deles. Por que não acompanhar?”.
         Muitos pais pensam como ela. O número atual de famílias associada é de 400, bastante representativo, considerando-se que o colégio tem 2 mil alunos matriculados. Entre os eixos do trabalho desenvolvido pela APM, estão o fortalecimento dos vínculos entre escola, família e comunidade, que se dá através de eventos, fóruns para discutir profissões e feiras de serviços. “Além da formação cristã, promovemos projetos que buscam estreitar esses relacionamentos”, explica Adile. Outros dois pontos trabalhados com os pais envolvem palestras com especialistas em assuntos como sexualidade e drogas.
          Adile conta que, muitas vezes, a APM é procurada para intermediar algum assunto de ordem particular. Nesses casos, a associação orienta, leva a situação para a coordenação e faz o acompanhamento. Aumentos de mensalidades também são discutidos na associação: em reunião, o diretor financeiro do colégio apresenta dados para justificar a atualização ou aumento da mensalidade, informa os valores e todas as variáveis que levaram ao reajuste. “Assim, caso chegue algum questionamento, já temos a justificativa”, explica Adile, que ressalta a predisposição de ambos os lados para discutir os assuntos mais políticos que envolvem o ambiente escolar.

Colegiado
           Para nomear a comunidade que congrega pais, alunos e escola, o Instituto Sidarta, fundado em 1998, em Cotia (SP), optou pelo termo “colegiado”. “Escolhemos esse nome porque temos o princípio da escola aberta. Aqui não existe uma parede entre a família e a escola e, no nosso caso, não há arrecadação de dinheiro”, explica a diretora Cláudia Siqueira. Partindo desse princípio, a instituição deu início ao trabalho conjunto com reuniões mensais, envolvendo os pais, levando-os para a escola e quebrando o ranço do “só vou se eu tenho do que reclamar”. “Não se trata de um fórum deliberativo, mas de um fórum construtivo, do bem comum. A queixa não educa”, acredita Cláudia.
          No Sidarta, há dois tipos de colegiado: um de alunos, com reuniões semanais, e outro de pais, com reuniões a cada dois meses aproximadamente. Em alguns momentos, pais e alunos reúnem-se para levar adiante os trabalhos realizados em parceria, tanto de cunho educativo quanto iniciativas com finalidades filantrópicas. A diretora reconhece que a participação dos pais dos alunos menores é sempre maior. “O jovem vai crescendo e pensa: ‘Que mico, meu pai na reunião’. Não é um mico. O pai sempre vai fazer parte da vida do filho. Cabe à escola trazê-lo de volta”, defende Cláudia, que analisa essa mudança de comportamento como um reflexo da maneira como a própria escola lida com os pais de alunos das séries mais avançadas.
          Na opinião da diretora, a escola muda o formato da reunião de pais para os alunos maiores para reuniões individuais. “Como a família vem à escola com outra configuração, então o jovem também perde essa referência do coletivo”, afirma. Para tanto, o Sidarta tem agido em duas direções. Por um lado, mobilizou os alunos do ensino médio e inseriu-os nas reuniões do colegiado de pais para trabalhar em iniciativas como a de arrecadação de brinquedos para crianças carentes. Por outro, o instituto atrai os pais promovendo discussões ligadas ao campo profissional, simulações da ONU, entre outras atividades que mostrem os filhos atuando na escola. O resultado, segundo a diretora, é que os jovens têm orgulho de ver a família envolvida em sua instituição de ensino.
           O colegiado no Sidarta é aberto. Todos os pais recebem um comunicado com a data da reunião e com a divulgação dos assuntos que serão discutidos. Aqueles que não podem estar presentes ainda têm a chance de fazer parte de grupos de discussão criados por e-mail. A adesão dos pais vem crescendo e refinando-se. De 14 pessoas quando a escola foi criada, hoje as reuniões contam com cerca de 50 pais. Todos os encontros e atividades geram um relatório, que em breve poderá ser conferido num livro sobre o papel da família na escola a ser publicado pelo instituto.
Exemplo que vem da Espanha

          Um olhar para a Europa inspira e, sobretudo, ensina. A Confederación Española de Associaciones de Padres y Madres de Alumnos (CEAPA) é uma entidade social e independente que trabalha por uma escola pública de qualidade. Ela reúne cerca de 12 mil associações de mães e pais de alunos (APAS), cumprindo um papel importante de representação das famílias junto ao Ministério da Educação no que diz respeito às negociações sobre ações e políticas em prol da melhoria do sistema de ensino. A CEAPA também é um órgão de relação e coordenação entre as federações e confederações que a integram, com o objetivo de potencializar as possibilidades de atuação.
            Entre as mais de 50 federações filiadas à CEAPA, está a Federació d’Associacions de Mares i Pares d’Alumnes de Catalunya (FAPAC), que sozinha congrega mais de 300 mil famílias da Catalunha, de 2.100 instituições de ensino espalhadas por 750 municípios. Um dos objetivos da confederação espanhola é uma escola democrática e participativa, com uma gestão que conte com a intervenção de mães, pais e alunos por meio de suas associações. Diante desses números e da multiplicação de forças, dificilmente o resultado dessa equação é negativo.

Reportagem // SILVANA AZEVEDO




ALIMENTAÇÃO - Saúde nas quatro estações

Saúde
ALIMENTAÇÃO
Saúde nas quatro estações
Não basta estarem lindas ou parecerem suculentas. O melhor das frutas e verduras acredite, é na estação, quando são muito mais saborosas. O avanço da tecnologia possibilitou a modificação genética dos alimentos. Com isso, é possível cultivar frutas e verduras durante todo o ano. Entretanto, vale a pena dar preferência aos da estação. 
Uma dica é congelar a polpa das frutas que estão na época. Dessa forma, quando bater aquela vontade de consumi-la, descongele e faça suco.
Para uma vida saudável, o ideal é comer por dia de quatro a seis porções (1 xícara de chá) de frutas, verduras ou legumes, devido à grande quantidade de nutrientes. Dê preferência para cores diferentes, pois cada uma representa um nutriente. Outra dica é optar por consumir verduras e legumes crus para que o teor de fibras seja maior.
“Os alimentos fora de época podem apresentar comprometimento na qualidade e na abundância de seus componentes, como ocorre com as vitaminas. Além disso, perdem o aroma característico e ficam mais secas”, explica Luci Uzelin, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Receitas de dar água na boca

Para aproveitar essas delícias naturais, o restauranter Wagner Packer, especialista em cardápio natural, selecionou algumas dicas de combinações e receitas saborosas.

Batata a Sri Lanka

Ingredientes

1 brócolis ninja grande
1 kg de batata
1 vidro de leite de coco light
1 colher de sobremesa de açafrão
1 colher de sopa de semente de mostarda
1 colher de sopa de óleo de gergelim tostado
1 colher de sopa de coentro verde picado
sal marinho a gosto

Modo de preparo

Corte o brócolis em pedaços médios e cozinhe no vapor. Cozinhe a batata descascada em cubos no óleo de gergelim e os temperos, menos o coentro. Quando estiver quase no ponto, adicione o leite de coco. Em seguida, coloque o coentro, mexa com cuida
“Os alimentos fora de época podem apresentar comprometimento na qualidade e na abundância de seus componentes, como ocorre com as vitaminas."

Salada de repolho, caqui e iogurte

Ingredientes

1 repolho médio
5 caquis maduros
500 ml de iogurte natural orgânico
1 limão taiti
Sal a gosto

Modo de preparo

Fatie o repolho de modo que fique bem fino. Corte os três caquis sem pele em gominhos. Misture-o com o repolho. Faça o molho com os outros dois caquis sem pele, batidos no liquidificador com um pouco de água, sal, azeite e limão. Jogue o molho na salada e é só servir.
Serve quatro pessoas

Flan de tofu e banana

Ingredientes

250 g de tofu (queijo de soja)
3 bananas-nanicas maduras
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de agar-agar (gelatina de algas marinhas)
sal marinho a gosto

Modo de preparo

Bata todos os ingredientes com 2 bananas no liquidificador. Leve ao fogo até atingir a fervura. Coloque em um recipiente as rodelas da terceira banana no fundo para decorar. Coloque a massa no recipiente e leve à geladeira.

SAÚDE - Torne sua alimentação saudável, com atitudes realistas

Saúde
Torne sua alimentação saudável, com atitudes realistas
Uma dieta saudável deve evitar o consumo de alimentos prejudiciais, abastecer diariamente nosso organismo com quantidades adequadas de nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e fibras) e ser ainda uma fonte de prazer.
Não é apenas a quantidade de comida que engorda, mas principalmente sua qualidade. Lembre-se que, enquanto 1 grama de carboidrato ou 1 grama de proteína produzem 4 calorias, a mesma quantidade de gordura produz 9 calorias – mais do que o dobro.
Com atitudes realistas e respeitando nossos padrões culturais e preferências individuais, podemos eliminar maus hábitos, ajustar a quantidade e melhorar a qualidade da alimentação. É isto que se chama reeducação alimentar.
Para promovê-la, reflita sobre as seguintes orientações:

Atenção às calorias

Cuidado com o consumo de maionese, manteiga, creme de leite, chantilly, frituras, embutidos, frios, carnes gordas e molhos e doces gordurosos.
Coma mais vezes por dia, ingerindo menor quantidade de alimentos em cada refeição. O ideal é fazer 5 ou 6 refeições diárias.
Antes do almoço e do jantar, experimente comer uma fruta. Este procedimento ajuda a moderar o apetite, fazendo com que comamos menos durante as refeições.
Mastigue bem os alimentos e aprenda a saboreá-los. A mastigação estimula o centro da saciedade localizado no cérebro, promovendo uma sensação de satisfação. Mas isso leva de 20 a 30 minutos para ocorrer. Portanto, evite comer muito rápido, para não continuar sentindo fome.
Inicie o almoço e o jantar com a salada, pois as fibras presentes nas verduras e legumes propiciam a saciedade, ajudando-nos a controlar o consumo dos pratos quentes, normalmente mais calóricos.
Beba bastante água durante o dia: de 6 a 8 copos. Além de ser muito importante para a hidratação, a água contribui para a eliminação das toxinas, por meio de um bom funcionamento renal e intestinal.
Cuidado com a falsa ideia de que alimento sem colesterol é também alimento sem gordura. E lembre-se que qualquer gordura fornece 9 calorias por grama. Portanto, até excelentes fontes de gordura, como o azeite de oliva, por exemplo, devem ser consumidas com moderação.
Fonte: Silvia Piovacari - Nutricionista do Einstein


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SAÚDE - Alho: saudável e acessível

Saúde
Alho: saudável e acessível

O alho apresenta em sua composição as vitaminas A, B1, B2,B6, C e minerais como cálcio, enxofre, iodo, magnésio, selênio, sódio e zinco. Trocando isso por benefícios, podemos dizer que, entre outras coisas, ele ajuda a combater gripes e resfriados, tem ação germicida, é anti-inflamatório potente, auxilia no controle da diabetes e melhora a qualidade de vida. Mas está longe de ser só isso. Apontado como um alimento funcional, o alho não pode faltar em um temperinho para dar mais sabor aos pratos. O que pouca gente sabe é que um dente de alho pode ter uma ação bastante diversificada no organismo, auxiliando em diversos pontos. Para começar, ele é um super reforço para o sistema imunológico. "O alho apresenta a argina, um aminoácido que tem como principal função estimular o sistema imunológico. Além disso, possui altos teores de zinco e selênio, ambos metais antioxidantes, que auxiliam no fortalecimento das defesas do organismo", pontua a nutricionista Daniela Castro. O alimento, ainda, impede muitas formas de infecções e limpa o muco dos pulmões, ajudando no tratamento de gripes e resfriados.
O alho também é excelente para a parte cardiovascular: previne doenças coronárias e circulatórias, diminui a coagulação sanguínea e a pressão arterial. "O consumo regular de alho reduz o nível do colesterol sérico total, evita a agregação plaquetária e possui atividade antioxidante, prevenindo arteriosclerose e outras doenças cardiovasculares", analisa a especialista. Outra propriedade importante do alho dá conta de que ele ajuda a impedir a formação de células cancerígenas. "O benefício se dá graças a uma substância chamada alicina, um composto sulforoso que só se forma quando eles são triturados. A alicina previne a ativação das nitrosaminas, compostos químicos cancerígenos encontrados principalmente em embutidos da carne, como a linguiça", esclarece Daniela. A alicina também é a responsável pelo forte odor do alho.
O alho é, ainda, rico em bioflavonoides, como a quercetina. De acordo com a nutricionista, estas são substâncias antioxidantes capazes de varrer os radicais livres das células combatendo assim o envelhecimento e doenças como Alzheimer e outras degenerativas. Daniela alerta que, apesar das diversas propriedades medicinais, o alho pode provocar efeitos tóxicos quando consumido em grande quantidade. "O excesso pode gerar manifestações clínicas como anemia, úlcera gástrica e alergia", esclarece. O alimento também não é indicado, em nenhuma quantidade, em alguns casos. "Indica-se a suspensão de suplementos de alho para gestantes, nutrizes, crianças abaixo de quatro anos e nos períodos pré e pós-cirúrgicos, devido ao seu efeito antiplaquetário, aumentando assim o risco de sangramento", observa a nutricionista.
Muita gente deixa de usufruir dos benefícios do alho por causa do cheiro desagradável. Mas para tudo na vida há jeito! Se o que te incomoda é o bafo de alho, Daniela dá algumas dicas. "Depois de comer, mastigue salsa ou qualquer planta que tenha clorofila, pois elas mantêm o hálito fresco. É indicado também beber um copo de leite ou de vinho", ensina. Mas se o que te faz manter distância do alho é o cheiro que ele deixa nas mãos, a nutricionista explica que é só esfregá-las bem com sal grosso ou açúcar e depois lavar em água corrente. Fácil, não? A especialista ressalta que, por ter princípios ativos sensíveis ao calor, é mais interessante consumir o alho cru. "O alho em pó, por exemplo, pode não ter os mesmos efeitos devido ao processamento e secagem", avalia.
No passado, o alho tinha um preço bem salgado aqui no Brasil. Hoje o panorama mudou e o alimento pode estar na mesa de todos, dando mais sabor aos pratos e, de quebra, contribuindo com a saúde. Quer começar hoje mesmo a incluir o alho de forma mais generosa na sua alimentação? Experimente a receita da nutricionista Daniela Castro e boa degustação!
Conserva de alho
Ingredientes:
·         250 gramas de alho
·         500 ml de azeite
·         Sal
·         Pimenta fresca
·         Alecrim
·         Folhas de louro
Modo de preparo:
·         Descasque o alho e coloque em água fria para não escurecer.
·         Em um vidro já escaldado com água fervente, coloque o sal a gosto.
·         Adicione azeite em uma quantidade superior a metade do vidro.
·         Retire a água do alho e acrescente-o ao azeite.
·         Acrescente o alecrim, a folha de louro e pimentinhas.
·         Depois de pronta, guarde a conserva por pelo menos duas semanas, antes de consumir.


VIRTUDES - DE FORA

VIRTUDES

De fora


Saio um pouco para ver o tempo. Ergo o olhar e dali se anuncia um novo dia. Uma luz diante dos olhos, energizando uma vida inteira.
Recomeço as andanças pelo lado de fora. De fora de mim.
Deixo a inconstância daqueles pensamentos. Eles passam como chuva de verão, mas deixam aquele cheiro de passagem que a gente nota como um aroma conhecido.
Deixo as expectativas feitas e desfeitas (a todo o momento) descansando em banho maria. "É melhor para elas", digo a mim mesma, lançando-as todas a um descaso que pouco se faz uso.
A luz se abranda assim como os meus sentimentos: de fora tudo é mais fácil, não é?
Ninguém nunca viu nada igual: eu não sou normal.
E daí?
A poeira sobe. Não vejo nada mais do que ela. E tudo paira sobre mim. Sem fim.
Mas, quando se está fora, tudo é mais fácil, até de controlar.
Do novo facho de luz, voltamos a ser o que éramos. Eu e eu. Sem ninguém do lado de fora.
E por dentro tudo é conhecido, embora sempre que saio para dar uma volta, algo está diferente. Talvez arrumado. Talvez desarranjado.
Mas cada volta é a certeza de que estamos mais completos juntos do que separados.

LEITURA - HUMILDADE E HOSPITALIDADE

Teologia
LEITURA

Humildade e hospitalidade

Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação: — Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: “Dê esse lugar para este aqui.” Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: “Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor.” E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido. Depois Jesus disse ao homem que o havia convidado: — Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez. Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos e você será abençoado. Pois eles não poderão pagar o que você fez, mas Deus lhe pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.
Lucas 14.7-14
   




VIRTUDES - MEU DESTINO

VIRTUDES

Meu destino


Nos meus desejos os voos mais distantes. No meu olhar, o contentamento dos sonhos desejados.
A esperança tão iluminada!
Há esperança.
A satisfação chega com a inspiração do universo. Ele não conspira. Inspira.
No coração, a certeza do que virá. Há merecimento. Há boas intenções, como as orações feitas todos os dias para quem pede. Ou não.
O céu não é limite para os voos que me aguardam. E onde estarei, pouco importa. Mas terei chegado longe.
Onde o coração quis. Onde os desejos impuseram-me.
Onde sempre me esperaram, embora não saibam quem eu seja.
Orei. Olhei.
Encontrei.
Habemus. Destination.