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segunda-feira, 12 de maio de 2014

VIRTUDES - O amor infinito


VIRTUDE

O amor infinito

Houve um dia em que senti um vazio, até então imperceptível. Um vazio destes doloridos que podem chegar sem aviso prévio, como tantas das coisas impactantes que temos na vida e transformam nossa percepção dos mais nobres sentimentos. Era o primeiro dia em que cheguei à casa dos meus pais e a minha mãe não estava. Diferentemente de todas as outras vezes – em que ela poderia estar viajando ou apenas dormindo – ela estava no hospital e não veio me receber. A casa parecia imensa com aquela ausência e, dentro de mim, se abria um buraco de saudade, daquela vontade de apenas dar o meu beijo de boa noite e a saudação que toda a vida foi recíproca entre nós: “Durma com Deus e sonhe com os anjos”.
Naquela noite mal pude dormir. Mãe faz muita falta! É como o bolo sem fermento. O perfume sem cheiro. O arroz sem feijão. A voz que vira silêncio. A memória que não lembra. 
E, às vezes, a gente briga com elas por tão pouca coisa... Irritamo-nos com o jeito original e único que elas têm como se houvesse a premente necessidade de mudança. E talvez seja justamente este jeitinho que dá a identidade na nossa mãe e que também nos imprime um pouco da nossa. 
Mãe é o amor infinito, o carinho intocável, a mão segura, o riacho onde a gente nada sem o risco de se afogar. Como eu já disse uma vez: mãe é o substantivo, o adjetivo, o vocativo. É o elo que nos liga ao mundo. É o mundo que temos diante de nós. E um mundo que não nos oprime, mas nos comprime em abraços demorados, em beijos estalados, em sorrisos intermináveis e um orgulho desmedido, mesmo quando não merecemos. 
Abrace a tua mãe. Dê-lhe a mão e todo carinho. Se já não a tiver consigo, admire uma foto. E emane àquele retrato seus mais nobres sentimentos. Porque este é o grande legado que todas elas nos deixam: o do amor sublime, sem limites. Seja no céu ou na terra. A todas a minha oração. E devoção. 


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