VIRTUDES
Leitura
À
PORTA
À tua porta, bati.
Esperei o tempo passar para ver se eu
poderia entrar.
A vida se descortinava sinuosamente
enquanto as emoções faziam um paralelo dentro do peito.
Posso entrar?
Não toquei campainha, apenas bati. E
a hora, urgente, nunca chegou, embora eu tenha esperado até hoje.
Na ante-sala dos sentimentos e das
expectativas frustradas, algo se desconstruiu, algo se reconstruiu e uma nova
brecha se abriu.
Há amor ainda. Amor para partilhar.
Amor para grudar na porta e amortecer
cada batida.
Que eu ainda faço.
Na porta.
Mônica Kikuti
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