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OFERTAS FANTÁSTICAS

quinta-feira, 16 de maio de 2019

BEM AVENTURADO

Salmos Cap. 1.
1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2 Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.
4 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
5 Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
6 Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

LEITURA- A PRIMAVERA SEMPRE CHEGS

_Se permita florescer mesmo que o inverno dure mais que o esperado!... A Primavera sempre chega!!!_

*Assim como existem as quatro estações do ano, cada uma com sua particularidade somos nós.*

*Vivemos ciclos em nossa vida e sempre todos nos trazendo um aprendizado. A estação que mais nos ensina é o inverno, onde temos que nos adequar a várias situações, frio demais pela manhã, sol forte a tarde, frio a noite.*

*Assim é o inverno dentro de nós. No nosso inverno passamos frio quando nos sentimos só e calor quando estamos com alguem que é importante para nós.*

*No invernos conquistamos maturidade.*

*Passamos por processos que nos trata e nos ensina a viver. Somos lapidadas e tratadas para que quando a primavera chegar em nossas vidas possamos agradecer por cada flor, cada amanhecer e cada por do sol.*

*Passamos pelo inverno para darmos valor a tudo que Deus nos dará na primavera.*

*Não despreze nenhum dos ciclos de sua vida, apenas viva e seja grata a cada processo em que foi aprendida uma lição.*

*E o melhor de tudo é sabermos que logo em breve a primavera chegará!!*... 🌻
Jane

ABOLIÇÃO

DIA DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

➡️A escravidão no Brasil começou por volta do ano de 1530 e acabou em 1888. As leis brasileiras, que na época eram regidas por Portugal, foram sendo modificadas aos poucos e assim, todo o processo para que esse resultado fosse alcançado ocorreu de forma gradual.

☑️O primeiro passo foi a Lei Eusébio de Queiroz, sancionada no dia 4 de setembro de 1850, que proibia o tráfico de escravos para o Brasil.

☑️Em setembro de 1871, iniciou-se a Lei do Ventre Livre, que considerava livre todos os filhos de mulheres escravas nascidas a partir de sua validação.

☑️No ano de 1885, foi criada a sanção da Lei dos Sexagenários, que também ficou conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe. Essa Lei concedia liberdade para os escravos com mais de 60 anos de idade.

☑️Finalmente, no dia 13 de maio de 1888, após 6 dias de votações e debates no Congresso, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, que decretava a libertação dos escravos no país.

#Educação #Ensino #AboliçãoDaEscravatura #LeiÁurea

sábado, 11 de maio de 2019

LEITURA - O QUE SÃO EVANGELHOS SINÓTICOS?


LEITURA
       O QUE SÃO EVANGELHOS SINÓTICOS?
       Os evangelhos sinóticos são os três primeiros livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos e Lucas.
Na Bíblia temos 4 Evangelhos, que são os 4 primeiros livros do Novo Testamento:
·                     Mateus
·                     Marcos
·                     Lucas
·                     João
Dentro do conjunto desses livros existe a seguinte classificação: Os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e o Evangelho de João.

Entendendo essa classificação
Falando de maneira muito geral, os três primeiros evangelhos são muito parecidos entre si; têm a mesma visão (daí vem a palavra "sinótico"), enquanto que João tem muita diferença, se comparado com os três primeiros.
Os 4 evangelhos falam de Jesus: contam alguns fatos da sua vida e, sobretudo, a mensagem que ele transmitiu. Não é uma verdadeira biografia dele, mas um livro de catequese que os autores quiseram deixar para as pessoas que desejavam conhecer e seguir a Cristo; os autores não quiseram contar detalhes da sua vida, mas detalhes da sua mensagem. É por isso que não devemos ficar perplexos por não saber muitas coisas da sua vida.
Sendo os Evangelhos de 4 autores diferentes (Mateus e João apóstolos e Lucas e Marcos da segunda geração), cada um conta a "história" de Jesus de maneira diferente. Os três primeiros têm muitas histórias comuns, mesmo se com detalhes que mudam. Em João, ao invés, encontramos muitas histórias que só ele conta: as Bodas de Caná, Nicodemos, a cura na piscina, pão de vida, tudo dos capítulos 7 - 12 de João (bom pastor, ressurreição de Lázaro, unção em Betânia, etc), o novo mandamento (amor); capítulos 14-17; Pilatos declara Jesus inocente; Jesus ressuscitado aparece no Lago da Galileia.
Essas diferenças e semelhanças entre os 4 evangelhos podem ter sido várias razões:
·                     Os evangelhos foram escritos há 50 anos da morte de Cristo e as recordações não eram mais evidentes e muito claras, principalmente nos detalhes;
·                     As semelhanças podem derivar do fato que os autores se apoiaram em uma fonte comum, um material que existia e era difundido entre as comunidades;
·                     As diferenças podem estar relacionadas com o destinatário: Mateus, por exemplo, era destinado aos judeus, enquanto que Lucas tinha como público principal os não judeus. O público diverso exigia um foco diferente;
·                     As semelhanças também podem revelar contatos não só com uma fonte comum, mas também com troca de experiências. Lucas e Marcos, que não eram apóstolos, se conheciam (Lucas fala de Marcos em Atos dos Apóstolos 15:36-37) e podem ter trocado informações entre si;
·                     As particularidades existentes em João podem ser motivadas pelo fato que, tendo escrito mais tarde, cerca de 20 anos depois dos outros, o autor tenha querido preencher lacunas e sobretudo, vista a necessidade, tenha querido dar um cunho mais teológico. De fato, o foco principal do evangelho de João é a evidência que Jesus é Deus.

Alguns instrumentos para notar a diferença e semelhança entre os 4 Evangelhos
Há uma obra muito famosa que coloca os textos dos 4 evangelhos em sinópsis e mostra a diferença das 4 obras. Trata-se de Synopsis Quattuor Evangeliorum, de Kurt Aland. É uma excelente obra, mas de difícil acesso. Não é simples dar uma lista dos relatos comuns a todos e particulares de cada um dos evangelhos. Experimente verificar alguns instrumentos Online, como essa tabela de paralelos nos Evangelhos. É em inglês, mas através das passagens você vai se localizar.

Breves características de cada Evangelho
Mateus: foi o primeiro escrito, provavelmente em aramaico. É uma obra de catequese para os judeus, onde prevalece o aspecto doutrinal, predominando as palavras de Jesus, sem deixar de lado os seus atos.
Marcos: evangelho breve, com estilo realístico, com uma narração muito plástica. Apresenta Jesus nos fatos e traz poucos discursos. Gosta de chamar a Jesus de "Filho do Homem" e sublinha os aspectos humanos de Cristo. Ao mesmo tempo não deixa de sublinhar a sua divindade em momentos importantes da sua vida.
Lucas: é uma obra destinada aos não judeus, que se converteram ao cristianismo. Obra escrita por um pesquisador, que não foi apóstolo. Tem um estilo muito mais elaborado do que os dois evangelhos anteriores. A respeito de Jesus, gosta de chamá-lo "Senhor", descrevendo com atenção a sua bondade. Sublinha o papel de Maria e, em geral, dá bastante espaço às mulheres. É um evangelho da alegria e da bondade. Insiste sobre a oração e fala muito sobre o Espírito Santo.
João: foi o último evangelho a ser escrito, há 70 anos da morte de Cristo. João não segue a ordem dos 3 evangelhos precedentes; é independente. Não repete, em geral, o que já foi dito pelos 3 sinóticos, mas os completa, oferecendo ulteriores detalhes geográficos ou cronológicos. As principais diferenças com os anteriores são: conta menos os milagres (só 7), mas os desenvolve mais - os chama de sinais; não se interessa tanto das palavras e ações de Cristo, mas dos seus significados; concentra-se na pessoa de Jesus, que é a Boa Nova; usa muito o simbolismo: água, sangue, luz, vida... Mostra a importância da fé, de crer no poder divino.


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LEITURA - CRISTO É SUPERIOR


LEITURA
       CRISTO É SUPERIOR
    Cristo é superior a Moisés Por isso, santos irmãos, vocês que são participantes da vocação celestial, considerem atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, o qual é fiel àquele que o constituiu, como também Moisés foi fiel em toda a casa de Deus. No entanto, assim como aquele que edifica uma casa tem maior honra do que a casa em si, também Jesus tem sido considerado digno de maior glória do que Moisés. Pois toda casa é edificada por alguém, mas aquele que edificou todas as coisas é Deus. E Moisés foi fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas. Cristo, porém, como Filho, é fiel em sua casa. Esta casa somos nós, se guardarmos firme a ousadia e a exultação da esperança.
Por isso, como diz o Espírito Santo:

“Hoje, se ouvirem a sua voz,
não endureçam o coração
como foi na rebelião,
no dia da tentação no deserto,
onde os pais de vocês
me tentaram,
pondo-me à prova,
e viram as minhas obras
durante quarenta anos.
Por isso, me indignei
contra essa geração e disse:
‘O coração deles
sempre se afasta de mim;
e eles não conheceram
os meus caminhos.’
Assim, jurei na minha ira:
‘Não entrarão no meu descanso.’”

Tenham cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha um coração mau e descrente, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, animem uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, a fim de que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado. Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até o fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. Como se diz:

“Hoje, se ouvirem a sua voz,
não endureçam o coração,
como foi na rebelião.”

E quem foram os que ouviram e, mesmo assim, se rebelaram? Não foram todos os que saíram do Egito por meio de Moisés? E contra quem Deus se indignou durante quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes? Assim, vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade.
A entrada no descanso de Deus pela fé Portanto, visto que nos foi deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, tenhamos cuidado para não parecer que algum de vocês deixou de alcançá-la. Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, exatamente como aconteceu com eles. Mas a palavra que eles ouviram não lhes trouxe proveito, porque não foram unidos por meio da fé com aqueles que a ouviram. Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus disse:

“Assim, jurei na minha ira:
‘Não entrarão no meu descanso.’”

Ele disse isso, mesmo que as obras já estivessem concluídas desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim disse a respeito do sétimo dia: “No sétimo dia, Deus descansou de todas as obras que tinha feito.” E, novamente, no mesmo lugar: “Não entrarão no meu descanso.” Visto, portanto, que resta entrarem alguns naquele descanso e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas-novas, de novo, determina certo dia, “hoje”, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes tinha sido declarado:

“Hoje, se ouvirem a sua voz,
não endureçam o coração.”

Ora, se Josué lhes tivesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso sabático para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus descansou das suas.
Portanto, esforcemo-nos por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo aquele exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e expostas aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.
Tendo, pois, Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno.

HEBREUS 03


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terça-feira, 7 de maio de 2019

LEITURA - A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS


LEITURA
       A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS
    Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E, chegando a um lugar chamado Gólgota, que significa “Lugar da Caveira”, deram vinho com fel para Jesus beber; mas ele, provando-o, não quis beber. Depois de o crucificarem, repartiram entre si as roupas dele, tirando a sorte. E, assentados ali, o guardavam. Por cima da cabeça de Jesus puseram por escrito a acusação contra ele: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. E dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda. Os que iam passando blasfemavam contra ele, balançando a cabeça e dizendo:
— Ei, você que destrói o santuário e em três dias o reedifica! Salve a si mesmo, se você é o Filho de Deus, e desça da cruz!
De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas e anciãos, zombando, diziam:
— Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar. É rei de Israel! Que ele desça da cruz, e então creremos nele. Confiou em Deus; pois que Deus venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque ele disse: “Sou Filho de Deus.”
Também os ladrões que haviam sido crucificados com ele o insultavam.
A partir do meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde. Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo:
— Eli, Eli, lemá sabactani? — Isso quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam:
— Ele chama por Elias.
E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido em vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe de beber. Os outros, porém, diziam:
— Espere! Vejamos se Elias vem salvá-lo.
E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito.
Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram; os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram:
— Verdadeiramente este era o Filho de Deus.
Estavam ali muitas mulheres, observando de longe. Eram as que vinham seguindo Jesus desde a Galileia, para o servir. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.
Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi até Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse entregue. E José, levando o corpo, envolveu-o num lençol limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que ele tinha mandado abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do túmulo, foi embora. Estavam ali, sentadas em frente do túmulo, Maria Madalena e a outra Maria.
No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, os principais sacerdotes e os fariseus se reuniram com Pilatos e lhe disseram:
— Senhor, nós lembramos que aquele enganador, enquanto vivia, disse: “Depois de três dias ressuscitarei.” Portanto, mande que o túmulo seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que não aconteça que, vindo os discípulos dele, o roubem e depois digam ao povo: “Ressuscitou dos mortos.” E este último engano será pior do que o primeiro.
Pilatos respondeu:
— Uma escolta está à disposição de vocês. Vão e guardem o túmulo como bem entenderem.
Indo eles, montaram guarda ao túmulo, selando a pedra e deixando ali a escolta.

MATEUS 27:32-66


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LEITURA - PAULO ENVIADO PARA ITÁLIA


LEITURA
       PAULO ENVIADO PARA ITÁLIA
    Paulo é enviado para a Itália Quando foi decidido que devíamos navegar para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião chamado Júlio, do Batalhão Imperial. Embarcando num navio de Adramítio, que estava de partida para costear a província da Ásia, fizemo-nos ao mar, indo conosco Aristarco, um macedônio de Tessalônica. No dia seguinte, chegamos a Sidom. Júlio, tratando Paulo com humanidade, permitiu que ele fosse ver os amigos e obter assistência. Partindo dali, navegamos ao abrigo da ilha de Chipre, porque os ventos eram contrários. E, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia. Nesse porto, o centurião encontrou um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, e nos fez embarcar nele.
Navegando vagarosamente muitos dias, foi com dificuldade que chegamos às imediações de Cnido. Não nos sendo permitido prosseguir, por causa do vento contrário, navegamos ao abrigo de Creta, na altura de Salmona. Costeando a ilha com dificuldade, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laseia.
Depois de muito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum, Paulo os aconselhou, dizendo:
— Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida.
Porém o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia. Não sendo o porto próprio para invernar, a maioria deles era de opinião que deviam partir dali, para ver se podiam chegar a Fenice e aí passar o inverno, visto ser um porto de Creta, que olha para o noroeste e para o sudoeste.
Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta. Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão. O navio foi arrastado com violência e, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar. Passando ao abrigo de uma ilhota chamada Cauda, com dificuldade conseguimos recolher o bote. Tendo içado o bote, os marinheiros usaram de todos os meios para reforçar o navio com cabos de segurança. E, temendo que fossem encalhar nos bancos de areia de Sirte, desceram as velas e foram à deriva. Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte começaram a jogar a carga no mar. E, no terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento.
Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse:
— Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas agora aconselho que tenham coragem, porque nenhuma vida se perderá, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo do Deus a quem pertenço e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: “Paulo, não tenha medo! É preciso que você compareça diante de César, e eis que Deus, por sua graça, lhe deu todos os que navegam com você.” Portanto, senhores, tenham coragem! Pois eu confio em Deus que tudo vai acontecer conforme me foi dito. Porém é necessário que sejamos arrastados para alguma ilha.
Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós batidos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-noite os marinheiros pressentiram que se aproximavam de alguma terra. E, lançando a sonda, viram que a profundidade era de trinta e seis metros. Passando um pouco mais adiante, tornando a lançar a sonda, viram que a profundidade era de vinte e sete metros. E, receosos de que fôssemos atirados contra lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras e oravam para que rompesse o dia. Nisto os marinheiros tentaram escapar do navio. Arriaram o bote no mar, a pretexto de que iam largar âncoras da proa. Paulo disse ao centurião e aos soldados:
— Se estes não permanecerem a bordo, vocês não poderão se salvar.
Então os soldados cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo:
— Hoje é o décimo quarto dia em que, esperando, vocês estão sem comer, não tendo provado nada. Por isso peço que comam alguma coisa, pois disto depende a sobrevivência de vocês. Porque nenhum de vocês perderá nem mesmo um fio de cabelo.
Tendo dito isto, pegando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer. Todos ficaram mais animados e se puseram também a comer. Estávamos no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo. Refeitos com a comida, aliviaram o navio, jogando o trigo no mar.
Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma enseada, onde havia uma praia. Então consultaram entre si se não podiam encalhar ali o navio. Cortando os cabos das âncoras, deixaram que ficassem no mar. Soltaram também as amarras do leme. E, alçando a vela de proa ao vento, dirigiram-se para a praia. Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se despedaçava pela violência das ondas.
O parecer dos soldados era que os presos deviam ser mortos, para que nenhum deles fugisse nadando. Mas o centurião, querendo salvar Paulo, impediu-os de fazer isso. Ordenou que os que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra. Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.


ATOS 27
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