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domingo, 4 de novembro de 2018

HISTÓRIA/LEITURA - SÍMBOLOS DO HALLOWEEN


LEITURA
SÍMBOLOS DO HALLOWEEN

O Halloween é uma celebração de origem celta e tradição pagã. É comemorado no dia 31 de outubro, data que antecede o dia de Todos os Santos.
Originalmente era celebrado para marcar o fim do verão e para cultuar os mortos e a deusa celta YuuByeol, deusa da perfeição.
Para os celtas, os mortos habitavam um lugar pleno de felicidade e perfeição.

Abóbora

A abóbora, nos tempos mais recentes, acabou por se tornar o principal símbolo do Halloween. No Halloween as cabaças de abóbora são usadas para decorar as festas e até como fantasia. Da cabaça da abóbora, faz-se uma cabeça iluminada com vela dentro.
O uso da abóbora como símbolo do Halloween, segundo conta a história, foi completamente ocasional. O Halloween é uma festividade de origem celta, e como tal tinha os seus próprios rituais e elementos simbólicos, além de lendas e crenças que envolviam as festividades. Uma delas era a lenda de Jack-o'-lantern, um espírito amaldiçoada que andava perdido pela terra, sem permissão para entrar nem no céu e nem no inferno, vagueando pela escuridão das noites iluminada apenas por uma lanterna feita de um nabo com um carvão em brasa.
Com a imigração dos Irlandeses para os Estados Unidos, a festa de Halloween passou por adaptações e o nabo foi substituído pelo abóbora, legume mais comum nesta época do ano nos Estados Unidos. Assim, a abóbora passou a ser usada e associada ao Halloween, principalmente para ornamentação, sem nenhum significado simbólico especial.

Bruxas

As bruxas eram mulheres que tinham uma grande conexão com a natureza. Elas faziam magias e cultuavam as forças da natureza em festejos e celebrações.
As bruxas passaram a ser consideradas hereges a partir da Idade Média por influência da igreja Católica no Ocidente. Antes, elas eram uma referência de poder, sabedoria, sensibilidade e conhecimentos.
Com a Inquisição, elas passaram a ter uma representação negativa, associada a poderes maléficos e diabólicos.

Morcego

morcego possui simbolismos negativos e positivos. No ocidente, a simbologia do morcego está associada à morte, trevas, magia negra e bruxaria, enquanto no oriente, principalmente na China, o morcego é símbolo de felicidade e de renascimento.
Com um aspecto que se assemelha a de um rato com asas, a aparência do morcego é ambígua.
Justamente por sugar sangue, mas também devido à sua aparência, para muitos assustadora, o morcego está relacionado com a imagem do vampiro, o Príncipe das Trevas.
Está relacionado também à imagem do Diabo, quando este é representado com asas, à bruxaria e à magia negra.
Por outro lado, além de estarem associados à morte e às trevas, os morcegos representam renascimento, felicidade, sorte e vida longa.
Para os chineses, o morcego é um animal inteligente e sábio. O motivo pelo qual voam de cabeça para baixo decorre do cérebro avantajado que eles possuem.
A imagem do morcego pode ser usada como amuleto de sorte e proteção. Por ser um animal noturno, ele simboliza o desafio de atravessar a escuridão, enfrentando as dificuldades para encontrar o caminho da luz e do bem.
Popularmente é dito que sonhar com morcego representa mudanças que estão prestes a acontecer. Associado a isso, a tatuagem de morcego pode sinalizar superação.
Quanto aos sonhos com mordida de morcego indicam o medo que sentimos de nos entregar aos nossos instintos.

Gato preto

gato preto possui, segundo o imaginário popular, uma simbologia maléfica e mágica, representando a morte e a obscuridade.
De acordo com as crenças populares, o gato preto traz mau agouro, por isso, cruzar com um gato preto na rua traz azar. Mas em diferentes, culturas o gato preto também pode trazer sorte.
Na antiga Pérsia, o gato preto era considerado um espírito amigo, antigo e sábio, que tinha a missão de acompanhar um outro espírito durante a sua passagem pela terra. Desta forma, prejudicar um gato preto, na Pérsia, é prejudicar a si próprio. Ainda segundo as crenças persas, quando um gato preto entra num aposento, é preciso cumprimentá-lo.
Segundo a tradição muçulmana, um gato completamente preto possui poderes mágicos. O seu sangue serve para escrever feitiços, enquanto comer a carne de um gato preto é uma forma de se livrar desse tipo de magia.
   O gato preto é muito associado ao Halloween. Isso porque, segundo a lenda, as bruxas transformam-se em gatos pretos.

Vassoura

Usada como meio de transporte pelas bruxas, a vassoura é outro elemento simbólico muito associado a essas feiticeiras. Simboliza o poder feminino e a limpeza de pensamentos e energias negativas.

Vela

      
vela simboliza a luz da alma, da vida. Era usada desde as origens da celebração do Halloween para iluminar o caminho dos espíritos dos mortos que vinham visitar os seus familiares.
vela ardendo perto dos defuntos simbolizam a pureza do espírito que sobe aos céus.
Acender uma vela é um ato ritual de elevar o seu pedido e o seu desejo a um plano etéreo. Ao acender uma vela para fazer um pedido, deve-se estar limpo fisicamente e também psiquicamente, afastando todos os pensamentos negativos.

Aranha

A aranha carrega uma série de significados, dentre os quais simboliza a sabedoria, a beleza, a diligência, a sorte, o cosmos, a divindade, a infinidade, entre outros.
Símbolo solar, a aranha é um animal predador, e por isso, muitas vezes simboliza o perigo.
Considerada a grande mãe, a criadora cósmica e a senhora e tecelã do destino, a aranha é dedicada à fiação e à tecelagem, representando assim, um símbolo da divindade interior bem como do narcisismo; pois, por outro lado, contém em seu símbolo, a obsessão pelo centro, como acontece na simbologia da teia que tece. Nesse ínterim, na psicanálise, a aranha que no centro absorve grande introspecção, simboliza o ser narcisista.
Não obstante, nos Camarões, África, a aranha simboliza a inteligência enquanto que na China simboliza a sorte.
   aranha é um animal símbolo do Halloween. É a tecelã dos destinos. Dentre as suas principais simbologia, podemos citar o perigo, a diligência e a sabedoria.

Cores do Halloween

Nas comemorações do Dia das Bruxas algumas cores predominam. Dentre elas, o cor de abóbora, justamente por causa da abóbora que é um dos seus principais símbolos.
Por sua vez, o roxo simboliza mistério e a passagem da vida para a morte.
E o preto simboliza o mal. É a cor da noite e da adversidade. Além disso, também é uma referência ao mistério.

Zumbi

Os zumbis são mortos-vivos que possuem hábitos noturnos e aparência desfigurada. Segundo a crença, são cadáveres humanos que após passar por rituais voltam a vida em busca de vingança.
Eles vagueiam pela noite em estado catatônico e atacam os vivos, tratando-os como presas. Por esse motivo, associam-se à morte e a rituais diabólicos.
Vampiro
O vampiro simboliza o apetite pela vida que renasce quando pensamos já estar saciados. É o desejo de viver que se revela como um desejo devorador de se satisfazer em vão.
É um ser mitológico de origem eslava. De acordo com a lenda, são mortos-vivos que saem dos seus túmulos para sugar o sangue dos vivos, tirando-lhes a vitalidade.
Os vampiros são devoradores, que mordendo o pescoço dos vivos suga-lhes todo o sangue. Quem é atacado por um vampiro é esvaziado de sangue e de vida e é contaminado, tornando-se também um vampiro.
O vampiro só consegue sobreviver ao fazer uma vítima, já que não consegue encontrar vitalidade em si mesmo. É por esse caráter assustador que o vampiro é um dos Símbolos do Halloween ou Dia das Bruxas.
FOGO
Durante o Samhain, os druidas (sacerdotes celtas) usavam o fogo como forma de proteção contra tudo que fosse negativo e de conexão com as forças divinas.
FANTASMAS
Símbolo do mundo além vida e de dimensões onde habitam os mortos.
CAVEIRAS, OSSOS E ESQUELETOS
Estes símbolos representam a transitoriedade da existência, por isso causam temor e assombro.
CHAPÉUS EM CONE
Símbolo de hierarquia sacerdotal, usado pelas mulheres que se dedicavam à magia como instrumento de captação das forças esotéricas.
TRAVESSURAS OU GOSTOSURAS
A partir do século IX, em alusão ao Dia dos Mortos, as pessoas faziam os “bolos das almas” com massa simples e cobertura de groselha para que as crianças fantasiadas, batessem de porta em porta para pedir os bolos.
Em troca de cada pedaço de bolo, a criança rezava pela alma de um parente de quem lhe ofertou o bolo, dessa prática se originou a brincadeira Travessuras ou Gostosuras do Halloween moderno, no qual o bolo deu lugar aos doces e as rezas às brincadeiras típicas desta comemoração.

https://www.dicionariodesimbolos.com.br/abobora/
https://www.dicionariodesimbolos.com.br/simbolos-halloween/


sábado, 3 de novembro de 2018

HISTÓRIA/LEITURA - HALLOWEEN


HISTÓRIA
LEITURA
HALLOWEEN

Você conhece a origem da festa de Halloween?

Com efeito, a Festa de Halloween tem seu berço entre os povos celtas. Esses vieram da Ásia para o Continente Europeu nos séculos anteriores a Cristo e se fixaram, principalmente, na Gália, na Irlanda, com os druidas como guardiões das tradições religiosas de sua gente, que tinham conhecimentos de astronomia, medicina e direito. Os druidas exerciam as funções de juízes e líderes, dotados de “dons proféticos” ou da capacidade de prever o futuro. Acreditavam na imortalidade da alma e de metempsicose ou na migração das almas dos falecidos. Eles foram um fator de unidade do mundo celta, por isso foram combatidos pelos romanos, que conquistaram a Gália e as Ilhas Britânicas.
De modo especial, os celtas valorizavam a noite de 31 de outubro para 1º de novembro. Isso por dois motivos:
1) O ano celta terminava em 31/10, dia do olho de Samhain. Tal dia era celebrado com ritos religiosos e agrários. Nessa ocasião, comiam-se alimentos especiais como nozes e maçãs, e preparavam-se os alimentos para o inverno.
2) Na noite de 31 de outubro para 1º de novembro, julgava-se que os mortos desciam do além para a terra, a fim de visitar seus familiares à procura de calor e bom ânimo frente ao frio do inverno que se aproximava.
Dessa maneira, Samhain assinalava o fim de um ano e o começo de outro, juntamente com o festival dos mortos. A celebração respectiva implicava todo um folclore típico. Os homens e as mulheres vestiam trajes fantasiosos, a fim de se dissimilarem e não serem arrebatados pelos espíritos dos falecidos para o além. Por estarem começando novo ano, desejavam uns aos outros plena felicidade.
Havia magos que procuravam saber “profeticamente” quem haveria de se casar e quem haveria de morrer no próximo ano; tentavam adivinhar também quais as melhores oportunidades de êxito em seus empreendimentos. Ao lado desse aspecto festivo, havia o apavorante: julgava-se que as bruxas, as fadas e os gnomos lançavam o terror no povo; eram tidos como seres de um mundo superior, que roubavam crianças, destruíam colheitas e matavam o gado.
Dentro desse quadro de festa e pavor, os homens acendiam lanternas no topo das colinas sob o olhar de Samhain; o fogo luminoso podia servir para guiar os espíritos até a casa dos familiares, como também para matar ou afugentar as bruxas.
Tais são os elementos dos quais dependem a festa moderna de Halloween. Além desses dados de origem céltica, julga-se que o Halloween traz também resquício da festa romana da colheita dita “Pomona”; resquícios, porém, muito mais pálidos do que os de origem celta.

Por que a Igreja instituiu a Festa de Todos os Santos

O Cristianismo, ao penetrar nas regiões da Gália e das Ilhas Britânicas, encontrou aí a celebração pagã mencionada. A Igreja procurou eliminar os elementos mitológicos do festival. Assim, o dia 1º de novembro foi “cristianizado”. Com efeito, o Papa Gregório III (731-741) escolheu a data de 1º de novembro para celebrar a festa da consagração de uma capela na basílica de São Pedro em honra de Todos os Santos. Em 834, o Papa Gregório IV estendeu a festa à Igreja inteira; dessa maneira, procurava-se dar um sentido cristão à celebração, da vinda dos espíritos dos falecidos praticada pelo druidismo.
A cristianização foi corroborada pelo fato de que, em 908, Santo Odilon, abade de Cluny (França), começou a celebrar a memória de todos os fiéis defuntos aos 2 de novembro. Os cristãos tentaram assim neutralizar os efeitos dos antigos ritos pagãos.
Todavia, não foi possível aos cristãos retirar todo o resquício mitológico. Na Idade Média, dava-se grande importância às bruxas, que eram tidas como agentes do demônio; como se dizia, esses desciam sobre as bruxas em “sabbaths”, quando havia banquetes e orgias. Um dos mais importantes “sabbaths” era, precisamente, o dia da noite de 31 de outubro; supunha-se que as bruxas iam a esses bacanais voando em cabo de vassoura, acompanhadas de gatos pretos.
https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/voce-conhece-origem-da-festa-de-halloween/





VIRTUDES/ LEITURA - SALGA E UMIDECE


LEITURA
SALGA E UMIDECE
Parece que tudo borbulha e depois o vazio chega. Ameaça. São as angústias do dia a dia, que ninguém sabe muito bem como contê-las. Vamos aprendendo a conta gotas, sob erros e acertos. Infinitas possibilidades.
Na chuva, cada pingo preenche. Encharca a roupa. Umedece a pele.
No rosto, cada lágrima suaviza a dor. Incha os olhos. Salga a pele.
É tudo. É nada. É o último. O primeiro.
É passageiro.
Não conto mais histórias.
Ouço e silencio. Apazíguo. Pra não maldizer.
"A vida é curta", me dizem.
Diminuta, não.
Magistral, enquanto há tempo.
Sem desperdícios e música de fundo.




LEITURA - O PRÍNCIPE E A PLEBLÉIA


LEITURA
O PRÍNCIPE E A PLEBEIA
"O texto bíblico para a mensagem de hoje está no livro dos Cantares de Salomão, capítulo 2, verso 4: "Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor." (Cantares 2:4)
        O livro dos Cantares de Salomão é a história de amor entre um príncipe e uma plebéia, que nos mostra, de alguma maneira, a história de amor entre Jesus, o príncipe dos príncipes, e a pobre raça humana, que somos nós.
        Salomão, na sua mocidade, era um homem que dependia de Deus. Passava muitas horas de comunhão com Ele. Gostava de sair do palácio de manhã e andar pelos campos, conversando com Deus, permitindo que Ele entrasse na sua vida e participasse de seus sonhos. Talvez entre as coisas que Salomão pedia a Deus, uma delas fosse: "Senhor, ajuda-me a encontrar a garota certa para a minha vida."
        Felizes os jovens que passam tempo a sós com Deus, pedindo que Ele os ajude a encontrar o companheiro ou companheira para a vida. Haveria menos casamentos fracassados, menos feridas abertas, menos sofrimento.
       Salomão era um jovem que passava horas e horas meditando a sós, caminhando pelos campos e os montes. Foi numa dessas ocasiões que ele viu correr pelos montes uma garota linda. A sua pele era bem morena e os seus cabelos crespos. Infelizmente a opinião que esta garota tinha de si mesma estava deformada pelo racismo que já existia naquele tempo.
        Freqüentemente dizemos que não somos racistas, geralmente somos contra o racismo. Somos capazes de pronunciar os mais belos discursos contra o racismo, até que um filho nosso queira se casar com alguém que não é da nossa raça. Aí, nossos discursos acabam. É o hipócrita, subterrâneo, silencioso e pernicioso racismo que toma conta da natureza humana. É uma realidade. Está presente. Sempre esteve presente; já nos tempos de Salomão era assim.
         E a garota de nossa história, camponesa, de pais humildes, nascida com uma cor bonita, sentia-se de alguma forma inferior, por causa da pressão social.
          Por que digo isso? Vejam como ela se descreve no capítulo 1, verso 5: "Eu estou morena, porém formosa..." (Cantares 1:5)
          Por que "porém"? Por que não: eu sou morena e ponto. Por que ela tem que dar explicações? Ser morena em si, não bastava? Não era um privilégio? Não era motivo para estar feliz?
          Aparentemente não, porque a estrutura social em que vivia tinha bombardeado tanto sua mente que de repente, por ser mulata, sentia-se constrangida; por ser escura, sentia-se mal. Então tinha que esclarecer: Eu sou morena, porém formosa. Olhem como ela continua se descrevendo, no verso 6: "Não olheis para o eu estar morena, porque o sol me queimou..." (Cantares 1:6)
         Eu não tenho culpa de ser morena, o sol me deixou assim. Mentira! Ninguém fica mulato porque o sol o queimou. Mas aquela garota tinha que inventar alguma desculpa porque a sociedade a fazia sentir-se culpada por ser como era.
         Hoje, quero apresentar uma mensagem de libertação. Libertação de complexos, de traumas. Por favor, nunca permita que as outras pessoas o façam sentir-se inferior.
         Vejam como ela continua seu relato. Acompanhe-me na leitura do verso 6: "...Os filhos de minha mãe se indignaram contra mim, e me puseram por guarda de vinhas..." (Cantares 1:6)
          Ah queridos, já desde aqueles tempos pensava-se que as pessoas de uma determinada raça só serviriam para cuidar de vinhas; não para ir à faculdade e estudar e ser um profissional. Isso é o fruto do preconceito que tem arruinado vidas!
           Olhe para o céu, olhe para a vida, sem medo, sem temor. Deus tem ideais elevados para você, valores infinitos. Nunca aceite que outras pessoas digam que você não pode crescer, prosperar, estudar, ser um profissional, um líder ou até o presidente deste país.
            Mas os complexos, frutos da pressão social, tinham feito com que a beleza desta garota morena e linda começasse a murchar. Ela começou a sentir-se feia porque passou a ficar prisioneira dos preconceitos, dos complexos e dos traumas que ela mesma começou a criar em sua cabeça. A timidez começou a tomar conta de sua vida. Tinha vergonha de olhar as pessoas nos olhos, vergonha de participar de uma reunião social. E começou a esconder-se nas montanhas, nas fendas das rochas, andar solitária por aqueles vales e colinas, sozinha, ruminando seus complexos, sua auto-imagem negativa.
         Por que digo isto? Porque quando Salomão a descobre, vejam como ele a chama: "Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no esconderijo das rochas..." (Cantares 2:14)
         No capítulo 4, verso 8, ele diz: "Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem comigo do Líbano; olha do cume de Amana, do cume de Senir e de Hermom, dos covis dos leões, dos montes dos leopardos." (Cantares 4:8)
         Pobre garota! Linda, linda, bonita! Mas de repente começava a ficar feia por dentro. Começava a pensar que não valia, que não prestava, que nunca ninguém olharia para ela, que seu destino era viver em covas de leões e leopardos e esconder-se nas fendas das rochas, até que um dia, nessas caminhadas matinais de meditação, o príncipe do palácio, aquele jovem que estava se preparando para ser rei, nas suas horas de meditação, clamando a Deus por uma companheira ideal para a vida, a encontra entre as rochas, vítima dos preconceitos, traumas e complexos.
         E vejam como o príncipe se descreve a si mesmo no capítulo 2, a partir do verso 1: "Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales." (Cantares 2:1)
         Aqui você vê um homem dono da situação e uma garota prisioneira de seus complexos. Um rapaz consciente de seu valor: "Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales." Ele era o que era. Ele não estava arruinado por complexos.
        E agora vejam como ele a descreve no verso 2: "Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha amada entre as donzelas." (Cantares 2:2)
        Ele diz: Minha amada é linda, é bonita, é um lírio, mas é um lírio que os espinhos estão encobrindo; é um lírio que não desabrocha porque os espinhos não permitem; os espinhos dos complexos, os espinhos dos preconceitos, os espinhos de tanta coisa; você não presta, não vale, nunca chegará lá. Você não passa disto, não passa daquilo. As piadas, os comentários, as brincadeiras, enfim, tudo isso foi marcando tanto sua vida que agora ela se sentia como um lírio que se apagava. Os espinhos desta vida iam acabando com aquela beleza com que Deus a tinha criado. Mas agora o príncipe aparece para resgatá-la. E quando alguém começa a destacar seu valor, você passa a acreditar.
        O príncipe deixa seu palácio e vai às fendas das montanhas e às rochas e às covas dos bichos selvagens para libertar aquela garota prisioneira dos espinhos dos seus preconceitos. E vejam como o príncipe a enxerga, como ele a vê, como ele a descreve. No capítulo 4: "Como és formosa, amada minha, como és formosa! Os teus olhos são como os das pombas, e brilham através do teu véu..." (Cantares 4:1)
         Tira esse véu. Você tem tanta coisa bonita pra mostrar por trás destes olhos! Por que você esconde seus olhos? Por que não são azuis? Por que não são verdes? Tire o véu dos seus olhos, deixe-me ver a sua beleza.
        Continuando no verso 1: "Os teus cabelos são como o rebanho de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade." (Cantares 4:1)
         Que coisa maravilhosa! Enquanto ela fica diante do espelho se perguntando: "O que eu faço com este cabelo crespo? Por que nasci assim?" O príncipe diz: Os teus cabelos são como um monte de cabras descendo pela ladeira. Cabras, todas amontoadinhas. Bonito! Você não tem que ter vergonha do que você é. Você não tem que se sentir mal.
        Por que permitimos que a televisão, as revistas, os jornais, os "out-doors" comecem a criar em nossa mente a idéia de que: Se eu não sou deste tipo ou daquele, não sou bonito? O príncipe dos príncipes nos enxerga de outra forma.
        O príncipe encontra esta garota e a liberta, a valoriza, a ama, a tira da cova dos leões e a faz sua esposa, levando-a ao palácio como primeira dama do reino.
        Agora pense: como uma camponesa que vivia se escondendo nos montes podia dirigir o cerimonial de um jantar de etiqueta quando o rei convidasse os reis de outras nações?
        Seguramente, quando Salomão lhe declarou seu amor, ela disse: Não Salomão, você é um príncipe, tem tantas princesas para escolher. Eu não sou ninguém. Mas Salomão respondeu: Você vale muito. Eu vou amá-la sempre, vou estar ao seu lado sempre. Você vai crescer, vai se desenvolver, até ser uma rainha. E levou-a para o palácio.
         Agora, imaginem vocês, o pessoal do palácio. Imaginem vocês as candidatas de Salomão olhando para aquela camponesa. Mas Salomão ficou ao lado dela, amando-a. Quando participavam daqueles banquetes suntuosos, eu imagino Salomão dizendo: "Olhe para mim e faça do jeito que eu fizer. Quando sentir que está falhando, ou que não vai conseguir, é só olhar para mim e vai ver amor em meus olhos. Vai ver que eu não amo você porque é uma grande anfitriã. Eu a amo pelo que você é. E vejo dentro de você valores que o mundo não vê."
         E queridos, lá no palácio, quando ela tinha que viver a altura da conduta de uma rainha, o que a sustentava era o amor do esposo. Quantas vezes esteve a ponto de largar tudo e dizer: "Não consigo, vou voltar para minha vida passada." Mas quando contemplava o olhar de amor, de compreensão e de aceitação do rei, criava coragem e continuava a vida. E um dia, ela se tornou uma grande rainha, respeitada e amada pelo seu povo.
         Agora você compreende o que ela quer dizer no capítulo 2, verso 4? "Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor." (Cantares 2:4)
          Amigo, um dia Jesus, o Rei dos reis, deixou tudo lá; deixou Seu palácio e veio a este mundo para nos buscar. Vivíamos escondidos nas fendas das rochas desta vida; vivíamos escondidos talvez no mundo das drogas, do cigarro, do álcool, da promiscuidade e o diabo, que nos levara para lá, era o mesmo que vinha e nos atormentava dizendo: Você não presta, você não tem direito à salvação; você está perdido, acabado, não há mais solução para você, não há mais esperança.
           E quem sabe eu esteja falando neste momento para alguém que já errou tanto, que já prometeu tanto e nunca conseguiu, para alguém que está assistindo ao programa com a esperança de que Deus opere um milagre em sua vida; talvez você já tentou várias vezes e nunca conseguiu. E a voz do inimigo está falando em seu ouvido: Não adianta, você nunca conseguirá. Não adianta ficar na igreja; é melhor você largar tudo; você nunca viverá como um rei; nunca será um príncipe; nasceu para viver na sarjeta; para viver lá onde você merece viver. Mas o príncipe Jesus olha para você com amor e diz: Filho, você é a coisa mais linda que eu tenho nesta vida. Você é um lírio abafado pelos espinhos dos vícios, dos preconceitos, dos traumas, do pecado, da promiscuidade. Mas você nunca deixou de ser um lírio. E eu vim para resgatar você.
           Às vezes podemos olhar pra Ele e dizer: Senhor, como pode me amar? Olha para a minha vida, estou todo arruinado. Como pode me amar? Eu sou um hipócrita. Estou na igreja. Meus pais acham que sou bom; a igreja acha que sou bom; tenho até um cargo na igreja, mas olha para a minha vida, sou uma droga! Está tudo errado na minha vida. Como pode me amar? E Jesus olha para você e diz: Filho, quando você está pensando que não tem mais forças e está querendo abandonar tudo, olhe para mim. Eu o amo assim como você é. Eu vim para ajudá-lo a tornar-se um príncipe; e você vai chegar lá. Não pela sua força, mas pelo meu amor. Olhe para mim e não se esqueça que eu o amo.
        Abra seu coração e deixe Jesus entrar em sua vida.
ORAÇÃO
        
Pai querido, como podes nos amar tanto? Não sei, nunca O entenderemos, mas muito obrigado porque prometes fazer de nós príncipes no Teu Reino. Em nome de Jesus, amém.

Pr. Alejandro Bullón
http://jesusvoltara.com.br/sermoes/bullon50_principe_plebeia.htm



LEITURA - AMIGOS DEFENDEM SEUS AMIGOS


LEITURA
AMIGOS DEFENDEM SEUS AMIGOS
"Quando o inimigo de Jesus tenta destruir uma vida, ele direciona todos seus esforços para a conquista da mente humana, porque ela significa a vontade. O território de nossa mente é o campo de batalha. Se ele conquista a nossa mente, conquista também nossa vida. Por isso, ele fará de tudo para capturá-la. Usará drogas, álcool, cigarro, promiscuidade, teorias, filosofias. O método não importa, também não importa o preço, o que importa é nos vencer, derrotar e arruinar.
Você pode perceber que a luta não é fácil e que há momentos na vida em que você se sentirá como uma plantinha em meio ao deserto tentando resistir a um furacão que o levará para a destruição. O que fazer? Deus tem alguma solução?
O apóstolo Paulo escreveu em Efésios, capítulo 6, versos 10 a 12 o seguinte: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."
Segundo a promessa que o apóstolo Paulo traz neste texto, podemos ser revestidos do poder de Deus. Mas a luta na vida espiritual não cessará porque nosso inimigo é um inimigo astuto, persistente e traiçoeiro. Nunca mostra o rosto. Ele se disfarça, se esconde e usa como instrumento para chegar ao controle de nossa vida algo muito sutil chamado tentação.
O que é tentação? É todo esforço que o inimigo faz para levar-nos a pecar. Mas tentação não é pecado. Ninguém precisa se sentir um pecador pelo fato de experimentar a tentação. Se você está deitado na cama e de súbito aparece um pensamento pecaminoso em sua mente, você não precisa pensar que está perdido e se condenar pelo fato de um pensamento negativo aparecer por um ou dois segundos. Martinho Lutero tem uma ilustração muito simples a respeito: "Você não pode impedir que os passarinhos voem em cima de sua cabeça, mas você pode impedir que eles façam seu ninho nela."
Existem muitos tipos de tentação. Na realidade Satanás tem uma fábrica delas. Uma fábrica onde são elaboradas tentações personalizadas, uma especialmente preparada para cada indivíduo. Isso acontece porque o inimigo conhece muito bem o lado fraco de cada ser humano. Para um será o álcool, para outro a inveja, para outro as drogas, para outro a deturpação do sexo. Enfim, a nossa luta é contra um ser inteligente. Ele conhece as nossas origens, o ambiente que crescemos, a herança que recebemos de nossos pais. E através desse conhecimento fará de tudo para nos enganar. Ele se esconderá atrás de uma música sensual, atrás de uma mulher bonita, de um rapaz maravilhoso, de uma teoria fascinante. Ele se vestirá de luz, se for preciso. Para os propósitos dele, vale tudo. O fim justifica os meios.
Mas tudo que ele fizer para enganar você é apenas tentação, e tentação não é pecado. O inimigo nunca poderá vencer, a menos que conte com a colaboração do ser humano. Aí ele pode fazer o que quiser. Pode rodear a nossa vida de tentações. Dinheiro, glória, fama, prazer, luzes. O que quiser. Mas tudo não passa de tentação. Ele não pode obrigar-nos a pecar. Se cairmos é porque aceitamos cair. É porque cedemos voluntariamente aos feitiços da tentação. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Satanás ataca nossos pontos fracos, mas não precisamos ser vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus proveu auxílio e em Sua força podemos vencer.
Podemos ilustrar a diferença entre tentação e pecado com o telefone: o telefone pode chamar (a tentação é o telefone chamando). O pecado acontece se você atender. Se você não atender, não existe pecado. Mas o telefone continua chamando. Incomoda? Claro que incomoda, mas não passa de simples tentação.
Consideremos agora alguns conselhos que podem ser úteis ao enfrentarmos a tentação: "quando a tentação vier, procure pensar em outra coisa". Já explicamos que a luta é para ocupar o território da mente, então coloque em sua mente promessas bíblicas. Há uma lei física que diz: "um espaço vazio só pode ser ocupado por um corpo ao mesmo tempo". O espaço é a nossa mente. Ela nunca pode estar em branco, a não ser quando estamos dormindo. Toda vez que a tentação vier, peça socorro divino, relembre um salmo, cante um hino, repita o verso da meditação daquele dia, coloque pensamentos e promessas bíblicas em sua mente. De acordo com a lei física, a tentação não terá vez.
O que não podemos é permitir que o pensamento negativo, chamado de tentação, permaneça em nossa mente mais de dois segundos. Não devemos acariciá-lo, não devemos deleitar-nos com ele, porque aí a tentação vira pecado. Primeiro em forma de desejo pecaminoso, que depois nos levará ao ato pecaminoso, e se repetido pode conduzir-nos ao vício.
Outro conselho que devemos lembrar é que: "o período crítico da tentação não dura mais de 3 minutos". Toda tentação tem um processo. Começa aos poucos e vai batendo cada vez mais forte à porta da cidadela de nossa mente. Há um momento que parece que não vai dar para resistir. Mas toda tentação chega ao ponto máximo de sua intensidade num período de 3 minutos. Lembra do exemplo do telefone? Ele toca, toca e se você não atender, ele pára de tocar.
O bom de tudo é que após passar a investida da tentação, você pode ficar muito mais forte. Cada vez que somos tentados, vencemos ou fracassamos, conquistamos ou somos conquistados. A resposta que dermos à tentação pode deixar-nos mais fortes ou mais fracos. Se nos entregarmos nos braços de Cristo e vencermos, estaremos melhor preparados para a próxima tentação. Se pelo contrário lutarmos sozinhos e fracassarmos, estaremos mais fracos e vulneráveis quando vier a próxima tentação.
E agora o conselho mais importante de todos: "não olhe para você, por favor olhe para Cristo". Isto é básico porque o resultado final dependerá de quem ocupa os nossos pensamentos. Olhar para nós mesmos só trará fracasso e frustração. Aí está a tragédia da humanidade. O mundo diz: "olhe para você, descubra seu potencial, concentre-se para conseguir a força mental, descubra a si mesmo, explore sua energia interna."
Mas dentro de nós, querido amigo, só existe angústia, vazio, desequilíbrio e muitas vezes desespero. Deus tem um caminho melhor. Ele pede que você olhe para Cristo, que é um caminho simples, porém seguro.
Conta-se a história de certo faquir da Índia, que um dia chegou a uma pequena vila declarando que podia fabricar ouro. As pessoas correram para ver o estranho visitante. O homem colocou num prato grande um pouco de água, algumas gotas de tinta e começou a mexer o prato em círculos, repetindo algumas palavras mágicas. Num momento em que a atenção do público estava distraída, o faquir deixou escorregar da manga um pedaço de ouro dentro do prato, e depois tirou a água da vasilha e mostrou a todos o pedaço de ouro. Todo mundo olhava incrédulo.
Um comerciante esperto da cidade quis comprar a fórmula por 500 dólares e o faquir vendeu. Só que disse o seguinte para o comprador:
- Você não pode pensar no macaco de rosto vermelho quando mexer o prato, porque se você pensar nele o ouro nunca aparecerá.
O comerciante prometeu que "lembraria sempre que devia esquecer o macaco" mas quanto mais se esforçava por esquecer, tanto mais forte ficava em sua mente a imagem do macaco de rosto vermelho. E ele jamais conseguiu o ambicionado ouro.
Não lhe parece familiar este fato? Quanto mais queremos esquecer nossos erros, quanto mais queremos jogar fora a tentação, mais firme ela fica. Amigo querido, olhe para Cristo. Que Ele ocupe o território completo de sua mente através de promessas bíblicas.
Tenho uma experiência que marcou minha vida de garoto. Devia ter seis ou sete anos de idade naquela época. Na escola todas as crianças tinham mais ou menos a minha idade. Só havia dois rapazes grandes, de dezesseis anos. Um deles era muito mau, batia nas crianças e tirava as coisas delas à força.
Minha mãe costumava me dar 20 centavos para o lanche. Com 20 centavos naquele tempo dava para comprar um sorvete de morango e ainda restava troco para comprar amendoim. Tenho a impressão de que cada dia eu me levantava com uma ansiedade tremenda de ir à escola por causa do sorvete e do amendoim e não por causa da aprendizagem. Um sorvete era a maior alegria que um garoto de seis anos podia ter.
Um dia, no caminho da escola, aquele rapaz mau saiu ao meu encontro e me pediu a moeda. Resisti, mas ele me dobrou o braço e à força tirou a minha moedinha.
Depois ele disse:
- Você está vendo aquele homem sem braço?
Lá no bairro havia um rapaz que não tinha um braço.
- Sabe por que não tem braço? Eu cortei o braço dele. E se você contar para sua mãe ou para a professora que tirei sua moeda, corto também seu braço.
Foi aí que a minha tragédia começou. Dia após dia eu entregava a moedinha para ele. Isso causava uma revolta dentro de mim. O pior de tudo era que não podia avisar ninguém, porque não queria perder o braço. Tornei-me uma criança triste, chorava à noite sozinho. Não tinha mais motivação para ir à escola. Às vezes, na hora do recreio, aquele rapaz mau comprava um sorvete e com meu dinheiro tomava esse sorvete perto de mim, zombando de mim e me fazendo sofrer. O que podia fazer uma criança de seis anos contra um rapaz de dezesseis?
Certo dia, na hora do recreio, eu estava contemplando as crianças brincando, quando aquele rapaz mau bateu numa delas. Naquele momento apareceu o outro rapaz grande da escola e deu-lhe um tapa. E para minha surpresa o rapaz mau não teve coragem de enfrentá-lo. Naquele momento uma idéia brilhou na minha mente. Procurei o outro rapaz e disse:
- Você gostaria de ganhar 10 centavos todo dia?
E contei a história para ele. O rapaz prometeu me proteger. Combinamos que no dia seguinte ele me esperaria no lugar onde o rapaz mau me aguardava diariamente.
Aquela noite quase não dormi. "Amanhã", pensava, "será meu grande dia. Nunca mais ninguém vai me tirar a moeda".
No dia seguinte levantei-me cedo. Recebi a moeda de minha mãe e me dirigi para escola. Lá, no lugar de sempre, o rapaz perverso estava me aguardando. Dessa vez não olhei para ele. Segui meu caminho, mas ele me alcançou e me pediu a moedinha.
- Nunca mais, ouviu? Nunca mais vou lhe entregar a moeda - disse olhando para os olhos dele desafiadoramente.
Meu inimigo quase não podia acreditar no que estava ouvindo. Começou a me dobrar o braço. Mas, naquele instante, do outro lado da rua saiu meu amigo e nós dois demos uma surra nesse grandão.
Você achou engraçado? Eu também acho isso engraçado, mas tremo pensando nas horas de angústia e de impotência que uma criança de seis anos viveu.
Nós somos a criança e o diabo é aquele rapaz de dezesseis anos. Às vezes ele vem e nos tira, não a ilusão de um sorvete, mas a alegria da vida. Derruba nossos castelos, nossos sonhos, estraçalha nossos planos. Rouba-nos os valores morais, o respeito próprio, arranca de nós a paz, o equilíbrio interno e ri, ri porque se considera vitorioso. Sua gargalhada é como uma bofetada no rosto de Cristo.
Às vezes brinca conosco, como o gato com o rato. Deixa-nos sair um pouco, quando pensamos que estamos livres, ele nos traz de novo com força para nos ferir, machucar e humilhar.
Por quê? Por que tem que ser assim? Do outro lado da rua, lá na montanha solitária foi pendurado um Deus-homem não só para nos dar perdão, mas também para nos dar poder. Quando Ele morreu, o inimigo pensou que tinha vencido, mas ao terceiro dia, Jesus ressuscitou das entranhas da terra completamente vitorioso. E hoje vive. Vive para dar poder.
Por favor querido amigo, olhe para a tumba vazia. Olhe para o Céu e veja o gigante da História disposto a vencer em seu favor. Cristo venceu! Venceu Seu inimigo no deserto. Venceu-o na cruz. Venceu-o na morte. Só resta vencer em nosso coração. E aí a decisão é nossa. Ele não pode vencer em nosso coração se não permitirmos.
Nosso inimigo é um inimigo vencido. E está lutando desesperadamente tentando vencer. A Bíblia diz: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. (I Pedro 5:8).
Como leão buscando a quem devorar sabendo que tem pouco tempo porque ele reconhece que está vencido.
Conta uma lenda antiga que um guerreiro estava lutando na batalha com a cabeça decepada, mas estava tão envolvido na luta que mesmo sem cabeça estava matando muita gente, até que alguém olhou para ele e disse:
- Você está sem cabeça. Você está morto. Aí o guerreiro caiu e parou de lutar.
Estamos lutando contra um inimigo sem cabeça. Cristo já o venceu. Justamente por isso ninguém tem o direito de estar derrotado para sempre. Ninguém tem o direito de pensar que já é tarde demais para começar de novo.
Clame a Deus agora mesmo e reclame dEle a promessa de perdão e de poder. Ele sabe que as inclinações de seu coração são fortes e o ajudará na hora da tentação.
 ORAÇÃO
Pai querido, não permita que eu fique com a sensação de fracasso na vida. Cristo derrotou o inimigo para que eu pudesse conhecer o maravilhoso sabor da vitória. Não importa a tentação; não importa o tempo que permaneci escravo do pecado. Posso ser vitorioso. Agradeço por isso em nome de Jesus. Amém.
Pr. Alejandro Bullón
http://jesusvoltara.com.br/sermoes/bullon13_amigos_defendem.htm



LEITURA - POR QUE PAULO FOI PRESO?


LEITURA
POR QUE PAULO FOI PRESO?
Ao longo do Novo Testamento a começar com os Atos dos Apóstolos e nas cartas Paulinas, encontramos a narrativa de diferentes prisões de Paulo e em lugares  diferentes. Cito algumas:
·   Prisão em Filipos narrado em (At 16,23),
·   Prisão em Jerusalém (At 21,33),
·   Prisão em Cesaréia (At 23,23),
·   Prisão em Roma (At 28,20).
·   Prisão em Éfeso, (Ef 3,1; 4,1)
Os Atos dos Apóstolos narram a forma e o porquê da primeira prisão de Paulo. O motivo principal que tornou Paulo prisioneiro várias vezes, encontramos nos Atos dos Apóstolos 17,6-9, onde esta escrito:
“Eis os homens que revolucionaram o mundo inteiro, e Jasão os recebe em sua casa. Todos eles agem contra os editos de César, afirmando que há outro rei, Jesus. Por estes clamores, agitaram a multidão e os politarcas que exigiram uma caução da parte de Jasão e dos outros antes de soltá-los” (Atos dos Apóstolos 17,6-9) Bíblia de Jerusalém.
Em resumo: Paulo freqüentemente era preso, por causa do anuncio do evangelho de Jesus Cristo, os Judeus alegavam que desprezava e não cumpria a Lei, e proclamava um outro Rei a Jesus.
Textos que poderão nos ajudar em entender o Porquê das prisões de Paulo
Em Filipos, a acusação eram contra Paulo e Silas:
“Estes homens estão provocando desordem em nossa cidade; são judeus e pregam costumes que a nós, romanos, não é permitido aceitar nem seguir” (At 16,20-21).
Em Jerusalém, os judeus instigam o povo contra Paulo:
“Israelitas, socorro! Este é o homem que anda ensinando a todos e por toda a parte contra o nosso povo, contra a lei e contra este lugar. Além disso, ele trouxe gregos para dentro do``Templo, profanando este santo Lugar” (At 21,28).
Em Cesaréia, Paulo foi acusado deste modo: o governador recebeu a seguinte escrita do oficial romano de Jerusalém a respeito de Paulo:
“Verifiquei que ele era incriminado por questões referentes à lei que os rege, não havendo nenhum crime que justificasse morte ou prisão” (At 23,29).
No tribunal os judeus diziam:
“Verificamos que este homem é uma peste: ele promove conflitos entre os judeus do mundo inteiro e é também um dos líderes da seita dos nazareus. Ele tentou inclusive profanar o templo; por isso, o prendemos” (At 24,5-6)