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terça-feira, 22 de novembro de 2016

LEITURA - CASTIGO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA

Teologia
LEITURA
Castigo, arrependimento e esperança
Eu lembro da minha tristeza e solidão, das amarguras e dos sofrimentos. Penso sempre nisso e fico abatido. Mas a esperança volta quando penso no seguinte: O amor do SENHOR Deus não se acaba, e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as manhãs; e como é grande a fidelidade do SENHOR! Deus é tudo o que; por isso, confio nele. O SENHOR é bom para todos os que confiam nele. O melhor é ter esperança e aguardar em silêncio a ajuda do SENHOR..
Lamentações 3.19-26
   




LEITURA - QUEM CRÊ É LIBERTO DOS PECADOS

TEOLOGIA
LEITURA

QUEM CRÊ É LIBERTO DOS PECADOS

Atos 13.26-31,38-39

Paulo continuou:
— Meus irmãos, descendentes de Abraão, e também vocês não judeus que temem a Deus, escutem! Essa mensagem de salvação foi mandada para todos nós. De fato, os moradores de Jerusalém e os seus líderes não entenderam que Jesus é o Salvador. E também não compreenderam as palavras dos livros dos Profetas, que são lidos todos os sábados. Mesmo assim, ao condenarem Jesus, eles estavam cumprindo essas profecias. E, embora não encontrassem nenhuma razão para condená-lo à morte, pediram a Pilatos que mandasse matá-lo. Depois de fazerem tudo o que as Escrituras Sagradas falam a respeito dele, eles o tiraram da cruz e o puseram num túmulo.     
Mas Deus o ressuscitou, e durante muitos dias ele apareceu às pessoas que o tinham acompanhado da Galileia até Jerusalém. Agora essas pessoas são testemunhas que falam a respeito de Jesus ao povo de Israel.
Meus irmãos, todos vocês precisam saber com certeza que é por meio de Jesus que a mensagem do perdão de pecados é anunciada a vocês. Precisam saber também que quem crê é libertado de todos os pecados dos quais a Lei de Moisés não pode livrar.
                            



LEITURA - DA CULPA AO PERDÃO

"Alguma vez você já se sentiu rejeitado, condenado e sem direito a se aproximar de Jesus? Alguma vez você já sentiu que apesar de todos os bens materiais que conseguiu na vida, continua havendo uma sensação de vazio lá dentro do seu coração que não o deixa ser feliz? Então sua vida tem muito a ver com a história de Zaqueu.
Vamos ver o que podemos aprender com a história de Zaqueu: "E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:1-5).
Zaqueu é apresentado na Bíblia como o símbolo do homem pecador. A história diz que Zaqueu era rico. Homens ricos geralmente usam roupas finas e caras. É interessante notar que às vezes, o pecador é simbolizado na Bíblia por um homem pobre, mal vestido ou quase nu, como no caso do filho pródigo, que voltou para casa vestindo trapos de imundícia e cheirando a porcos. Como na história de Maria Madalena, que foi arrastada pelos cabelos, seminua; ou como no caso do cego de nascença que ficava na porta do templo pedindo esmolas.
Já outras vezes, o pecador é simbolizado por um homem rico e bem vestido, como no caso de Naamã, o capitão do exército sírio, que por trás das suas vestes finas e condecorações gloriosas, escondia a miséria de uma lepra consumindo sua vida.
Este também era o caso de Zaqueu, que aparentemente tinha tudo para ser feliz: usava roupas finas, seus filhos talvez estudassem em escolas particulares de primeira classe, morava numa das mansões da cidade de Jericó, mas não era feliz. Sentia-se rejeitado pela sociedade e atormentado pela própria consciência.
Por que o pecador às vezes é simbolizado por um homem pobre e quase nu, e outras por alguém rico e bem vestido? O que Deus está querendo nos dizer?
Sabe, o que Ele está dizendo é que perante Seus olhos, todos os seres humanos são pecadores, com apenas uma diferença: uns são flagrados em seu erro, e seu pecado é descoberto e exposto para vergonha pública. Dedos acusadores levantam-se muitas vezes para apontá-los e condená-los; estão nus. Outros, perante os olhos divinos, são tão pecadores como os primeiros, mas a lepra do pecado está oculta embaixo de uma vestimenta brilhante. Podem passar pela vida sem que nunca ninguém descubra seu erro. Estão vestindo roupas finas, mas infelizes, desprezados, vazios por dentro, como Zaqueu.
Esses dois grupos precisam de Jesus. Precisam entender que aos olhos da igreja e da sociedade podem ser diferentes, mas são iguais aos olhos de Deus.
Zaqueu procurava ver "quem era Jesus". Estava certo. Vivia uma vida de pecado, usava para proveito próprio a posição que o governo tinha lhe confiado, mas estava certo em sua busca. Cristianismo não é moralismo. A primeira preocupação não deveria ser o que farei ou o que não farei e sim quem é Jesus, a quem amarei e a quem servirei?
No caminho de Damasco, a primeira pergunta de São Paulo não foi: "Que queres que eu faça?", mas sim, "Quem és, Senhor?"
Cristianismo nunca foi apenas o cumprimento dos quês da igreja, mas acima de tudo fidelidade ao Quem, àquEle que nos achou, nos amou, nos perdoou, e nos transformou.
Zaqueu estava certo. Procurava saber quem era Jesus, mas não podia, por causa da "multidão". Qual era a grande dificuldade? Sua pequena estatura? Seu peso? Sua raça? Sua posição social? O que fazia sentir-se indigno? Sua pouca ou muita instrução? Não, isso nunca foi problema para chegar a Jesus. Era a multidão que não lhe permitia aproximar-se do único capaz de preencher-lhe o coração e transformar-lhe a vida.
Você já percebeu que durante o ministério de Cristo na Terra, as multidões sempre atrapalharam a obra da redenção? Lembra do paralítico que um dia precisava desesperadamente de Jesus para ser curado, mas não podia chegar perto dEle por causa da multidão? Os amigos tiveram que fazer um buraco no teto para que pudesse chegar ao Salvador.
Já leu a história da mulher com fluxo de sangue que teve que abrir caminho em meio à multidão para poder tocar o manto de Cristo?
Consegue imaginar o cego que precisava de visão, clamando em alta voz: "... Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Lucas 18:38)
As multidões ordenaram-lhe guardar silêncio, mas ele continuou gritando.
As multidões sempre se consideraram fiscais da salvação. "Você não, porque é leproso." "Você sim, passe adiante." "Você espere, está imundo; primeiro tome um banho, está cheirando mal, para chegar perto de Jesus."
Certo dia a multidão queria impedir que as crianças se aproximassem do Mestre. Então a voz doce de Jesus disse: "... Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14).
Multidões! Deus tenha misericórdia das multidões que andam com uma vara de medir a fé e dizer quem é digno e quem não é. Que Deus nos ajude a mostrar ao mundo quem é Jesus. Que Deus nos ensine a tomar a mão dos que se sentem derrotados, tristes, frustrados e rejeitados. Que nos mostre como segurar o braço dos que pensam que nunca conseguirão. Que nos ajude a amá-los, a compreendê-los, a levá-los a Jesus.
Zaqueu sentia-se indigno e pecador. Porém, a multidão o fez sentir-se mais indigno e pecador ainda. Então o homem rico de Jericó pensou que o melhor seria ficar de fora e limitar-se a olhar a Jesus de longe. Foi aí que caiu no erro de muitos hoje, que pensam que cristianismo é seguir a Jesus de longe.
Cristianismo, meu amigo, é um relacionamento diário e permanente com Jesus. Não importa se a multidão dificulta sua aproximação dEle. Faça como o paralítico, que entrou pelo teto, ou como a mulher com o fluxo de sangue, que abriu espaço entre a multidão, ou então clame como o cego: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Mas não fique em cima da árvore. Não existem desculpas para ficar longe, na passividade de um sicômoro ou na indiferença de quem vê Jesus passar. Cristianismo é compromisso com Jesus, é envolvimento com Sua igreja, é a participação de Sua missão. Cristianismo nunca foi contemplar Jesus comodamente de um sicômoro, enquanto se ruminam mágoas e ressentimentos e se é consumido por lembranças tristes que a multidão imprimiu dolorosamente em sua vida. Não, cristianismo é chegar perto de Jesus, apesar da multidão.
Jesus atravessava a cidade seguido pela multidão, e lá estava Zaqueu em cima de um sicômoro. Por que será que os homens estão sempre plantando árvores para ficar em cima vendo Jesus passar? Zaqueu estava em cima de um sicômoro. Mas podia ter sido uma árvore de preconceitos, temores ou dúvidas. Quem sabe uma árvore de mágoas, ressentimentos ou simplesmente de orgulho e incredulidade. Tanto faz.
De repente, Jesus parou e, em meio a tanta gente, olhou para Zaqueu: "... Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:5).
Tenho tentado muitas vezes imaginar aquela cena. Imagino Zaqueu olhando de um lado para outro, desconcertado, querendo que Jesus estivesse falando com ele, mas com medo de receber uma resposta negativa ao perguntar:
- É comigo, Senhor? Não está equivocado? Eu sou Zaqueu, um ladrão, um homem injusto. É comigo que vai jantar esta noite?
Você já pensou, meu amigo, que naquele dia havia milhares de pessoas junto a Jesus? Centenas de homens e mulheres que lutavam um contra o outro por um lugar especial perto de Jesus? Cada um sentindo-se com mais direito do que o outro, e de repente o Mestre olha para quem não esperava nada, para quem se sentia indigno, insignificante, perdido entre os galhos de um sicômoro, e o chama pelo nome: "Zaqueu"? Assim são as coisas com Jesus. Para Ele não existem multidões, existem pessoas. Para Ele você não é apenas um produto ou um número na estatística. Você é gente. Ele se preocupa com você, com seus sentimentos, com seus sonhos, alegrias e tristezas. Ele chora com sua dor e se alegra com seus sorrisos. Você é tão importante para Ele que um dia Ele deixou tudo e veio a este mundo para buscá-lo. Ele sabe seu nome, onde você mora, conhece suas ansiedades, sabe que você pode estar tentando ser um homem resistente ao apelo divino, dizendo para si: "Eu só quero vê-Lo de longe." Mas na realidade você é um homem solitário e sincero que precisa dEle como todo ser humano.
- É comigo, Senhor? - você pergunta.
- Sim, é com você, Henrique, Isaura, Francisco, Aparecida, é com você mesmo.
- Mas, Senhor! Eu fumo, bebo, tenho uma vida irregular, eu sou indigno.
- Não importa, é com você. É por você que Eu vim, Eu o amo não pelo que você faz ou deixa de fazer, mas pelo que você é: um ser humano maravilhoso, apenas isso.
Nunca terei palavras para agradecer a Deus, porque um dia, entre bilhões de seres humanos, o Senhor Jesus Se deteve no caminho da vida e olhou para mim. Não me achou em cima de uma árvore. Achou-me atrás de um púlpito, com uma régua na mão para medir o "cristianismo" da minha igreja sem medo de apontar o pecado "pelo nome", pregando sobre o amor de Deus sem jamais tê-lo experimentado, vestindo a imagem de um jovem pastor muito preocupado em descobrir os "pecados ocultos", para levar à igreja a reforma.
E o Senhor Jesus, com sua voz mansa disse: - Filho, desce dessa árvore de apóstolo da reforma. Quero ficar com você, quero que Me conheça de verdade e compreenda que as coisas não são assim como você pensa. Quero que saiba que não é com o regulamento numa mão e a vara na outra que se reformam as vidas.
A maneira como Jesus tratou a Zaqueu é a maneira como Ele quer levar Sua igreja ao reavivamento e à reforma completa.
Veja que Jesus não olhou para Zaqueu e disse:
- Zaqueu, você é um ladrão. O que você faz é uma vergonha. Estou disposto a lhe dar o privilégio de Me hospedar, mas antes quero que você confesse publicamente que é ladrão, e que devolva o dinheiro que roubou dos outros.
Eu imagino que era isso que a multidão esperava. Mas Jesus não fez nada disso. Havia algo de maravilhoso com Ele. Os pecadores se sentiam amados na Sua presença. Quer dizer que Ele apoiava a vida errada dos homens? Não. Claro que não. A conduta deles é que mudava. Mas Ele nunca os fazia sentir mais pecadores do que já eram. Não precisava agredi-los para inspirar neles o desejo de mudança de vida.
E agora vejamos a atitude de Zaqueu. O que foi que ele fez? Será que ele desceu do sicômoro e disse para Jesus:
- Obrigado, Senhor, por lembrar-Te de mim. Eu nunca poderei agradecer-Te pelo fato de olhares para mim em meio a tanta gente. Agora fica um pouco aqui. Deixa-me ir e arrumar a casa. As coisas não estão bem por lá. Deixa-me fazer uma faxina completa e preparar uma refeição gostosa, então voltarei e iremos juntos.
Foi isso que Zaqueu falou? Não. Por que não? Porque se pudéssemos deixar Jesus aguardando para primeiro limpar a casa não precisaríamos dEle.
Aqui está envolvido o maravilhoso princípio da justificação, que é pela fé, e da santificação, que também é pela fé. É Ele que limpa a vida. É Ele que coloca as coisas em ordem. É Ele que corrige, que conserta, que purifica. Por favor, nunca cometamos a tolice de agradecer a Deus pelo perdão e depois, sozinhos, tentemos colocar a vida em ordem.
O que foi que Zaqueu fez? Acho que ele colocou sua mão na mão de Jesus. Era um homem solitário, rejeitado pela sociedade e que precisava que alguém lhe restaurasse o senso de humanidade. Ali estava uma mão estendida com amor, e ele agarrou-se a ela, apesar de ser um publicano, um ladrão, um pecador.
A multidão não ficou contente com a atitude de Jesus. "Ah!", pensaram no coração, "Ele parecia ser o Messias, mas em lugar de condenar os pecadores, recebe-os, junta-Se a eles e não os repreende".
Você já pensou que enquanto Jesus esteve na Terra nunca condenou os derrotados, os marginais, os ladrões ou as prostitutas? As poucas vezes que Ele condenou alguém, foram aqueles que achavam que estava tudo bem com eles, aqueles que se consideravam os guardiões da fé, a norma de vida de seus semelhantes.
Graças a Deus porque Jesus veio a este mundo buscar os perdidos, os derrotados, os cansados de lutar sem nunca conseguir. Se você é um deles, alegre-se e louve o nome do Senhor, porque foi por você que Ele veio.
Ele o está procurando, não importa onde você esteja, onde se escondeu, ou para onde fugiu. Um dia a voz de Jesus o alcançará e o chamará pelo seu nome, e talvez isso esteja acontecendo neste momento.
Você está tremendo em cima do sicômoro da vida, sente-se rejeitado, triste, frustrado? Sente que nunca vai conseguir? Ouça a voz do Mestre dizendo:
- Filho, Eu amo você. Desça daí, quero ficar com você, quero entrar em sua vida e colocar cada coisa em seu lugar. Quero limpar o que tem que ser limpo, consertar o que tem de ser consertado.
Olhe agora para Zaqueu. Nenhuma palavra. Apenas caminhavam juntos, de mãos dadas, e aquele laço de amor penetrou na vida daquele publicano. Enquanto caminhavam juntos, a vida de Jesus, Seu poder, Sua vitória, transmitiu-se para o pobre homem, gerando nele o desejo de mudar de vida. Depois Zaqueu levantou-se e disse: "... Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado" (Lucas 19:8).
Este é o resultado inevitável de estar em Jesus e andar com Ele. É impossível andar com Jesus e conviver com o pecado ao mesmo tempo. Essas coisas não combinam.
Que dia extraordinário aquele! No início, Zaqueu não passava de um homem solitário, frustrado e vazio, apesar de sua invejável posição social e financeira. No fim do dia era um homem feliz, completo, transformado em Cristo.
Zaqueu conhecia os dois lados da vida. O desespero e a esperança, o vazio e a plenitude, a tristeza e a alegria, a condenação e o perdão, a derrota e a vitória. Certamente Zaqueu podia dizer: "Jesus, Tu és a Minha Vida".
Pr. Alejandro Bullón

LEITURA - COMO LIBERTAR-ME DA CULPA

TEOLOGIA
LEITURA

COMO LIBERTAR-ME DA CULPA

       PR. ALEJANDRO BULLÓN
"Pr. Williams Costa Jr.: - É incrível o número de cartas, telefonemas, e-mails e faxes, que recebemos aqui no Está Escrito de pessoas com sentimento de culpa. Pessoas que não comem direito; pessoas que sofrem; que dormem mal. Vivem atormentadas. O passado é como um fantasma. Pr. Bullón, há esperança para aqueles que fizeram coisas que não deviam? Há esperança para pessoas que já erraram muito na vida?
Pr. Bullón: - Eu vou responder a sua pergunta lendo um texto bíblico. O texto encontra-se no livro de Isaías 1:18 e é um convite ao ser humano: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." (Isaías 1:18) Esta é uma promessa de perdão. Não importa o que você tenha feito no passado, no momento em que você vai a Deus tudo é perdoado, completamente perdoado! Para confirmar isto, temos uma declaração do próprio Jesus Cristo. Mateus 12:31: "Por isso, vos declaro: todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens..." (Mateus 12:31) Todo é todo! Não há outra palavra para explicar mais do que todo. Eu não preciso dizer que dentro do todo está incluído adultério, fornicação, assassinato, assalto a mão armada, tráfeco de drogas, prostituição, homossexualismo, feitiçarias, todos os tipos de pecado podem ser perdoados. Então você não precisa viver atormentado pelo sentimento de culpa, basta apenas ir a Jesus e aceitar a oferta de Seu perdão.
Pr. Costa Jr.: - Parece incrível que somente ir a Jesus e aceitar a oferta maravilhosa do perdão seja o que Deus requer. É só isso mesmo? Ou tem mais alguma coisa que nós como seres humanos precisamos fazer?
          Pr. Bullón: - Na realidade o problema é que tivemos uma educação em que se aprendeu a pagar por tudo. Se alguma coisa custa barato a gente se pergunta muitas vezes: Por que está barato? Qual é o problema?
           Vamos dizer que você vai numa loja e encontra um sapato, vamos dizer, da marca "Carmelo", por 3 reais. Você fica olhando o sapato; olha de um lado, olha do outro. Alguma coisa tem que estar errada. Um sapato dessa marca não pode custar 3 reais, impossível! O que esse sapato tem de errado? E você tenta descobrir o problema. Vivemos numa cultura na qual nós pagamos pelas coisas que valem, e, se algo é de graça não vale muito. Portanto, podemos concluir que o ser humano é acostumado a pagar por tudo. 
          Quando se trata do perdão, ele também quer pagar. Só que a Bíblia é categórica ao dizer que somos salvos unicamente pela graça de Cristo. Temos mais um verso que confirma isso. Vejamos o que diz no evangelho de I S João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (I S João 1:9) Confessar, na realidade, é tudo o que o ser humano precisa fazer.
           Pr Costa Jr.: - Mas pastor, por que a gente tem que confessar? Você pode dizer: - "Eu tenho minha culpa, eu cometi coisas que não deveria cometer, eu fiz coisas erradas no passado. Mas por que eu tenho que confessar? Não dá para eu apenas fazer uma oração, pedir perdão a Deus e o assunto ficar liquidado? Por que tenho que confessar?"
Pr. Bullón: - Bom, quando digo confessar, quero dizer confessar a Deus, não a um ser humano. Veja só, vou entrar num assunto muito delicado. Na Bíblia, a Palavra de Deus, não existe um verso dizendo que você precisa confessar seus pecados a um ser humano, a um pastor, a um lider espiritual, para que ele confesse por você seus pecados a Deus, e interceda por você. Não, não, não! A Bíblia é clara ao dizer que os pecados precisam ser confessados unicamente a Deus. Mas por que temos que confessar? Porque quando você confessa, você está, em outras palavras, reconhecendo que precisa de perdão.
          Vou dar um exemplo: Digamos que você esteja com um câncer terrível e que pela maravilha de Deus, a ciência acaba de descobrir o remédio para qualquer tipo de câncer. Só que você está com câncer, mas não aceita que está. Os médicos lhe dizem que você está com câncer, mas você não aceita. Os exames médicos afirmam que você está com câncer, mas você não aceita. Todo mundo em sua volta sabe, mas você não aceita. Surge um remédio que a ciência descobriu para o câncer, mas, de que serve este remédio pra você, se você não aceita que está com câncer? O remédio tem algum valor pra você? Você tem que reconhecer, e, para que o perdão divino tenha valor, você precisa reconhecer que é um pecador, que precisa ser perdoado. A confissão é o meio através do qual você reconhece que está enfermo com o pior câncer desse mundo: o pecado. Você precisa confessar que precisa do remédio. Então, vai a Jesus, confessa o seu pecado e aceita o remédio maravilhoso que Ele tem para você.
         Pr. Costa Jr.: - Nesse processo de restauração previsto na Palavra de Deus, há uma parte sobre arrependimento. Mas arrependimento, às vezes, é uma coisa dolorosa. A pessoa que passa pelo arrependimento, às vezes, passa por humilhação; a pessoa não tem prazer em passar por isso. Arrependimento é necessário para restauração, ou é simplesmente um adendo, se a pessoa quiser? Como é isto?
         Pr. Bullón: - Vou explicar um pouco a diferença que existe entre arrependimento e remorso, pois são duas coisas diferentes. Por exemplo: Você está com uma mulher que não é sua esposa, sentado num restaurante, namorando. Você está tranqüilo e de repente passa por sua frente, a irmã de sua esposa e vê você com a mulher traindo a irmã dela. Você vê sua cunhada e fica apavorado. Imediatamente se esconde, abaixa a cabeça, desaparece. Então você começa a torcer: tomara que ela não tenha me visto. Você começa a sofrer em seu coração, porque se a sua cunhada abrir a boca, sua esposa vai lhe pedir o divórcio e você não quer isso. Então você se ajoelha diante de Deus e diz: "Senhor, estou arrependido, por favor me perdoe, eu nunca mais vou trair minha esposa; mas por favor, faça um milagre, pois acredito que minha cunhada me viu, mas por favor cale a sua boca; produza nela uma amnésia para que ela esqueça o que viu, ou então, deixe ela muda, faça qualquer coisa, mas que ela não fale!" Então você faz mil promessas a Deus. Você pensa que está arrependido, mas isso não é arrependimento, é remorso. Sabe qual é o engano deste sentimento? É que você pensa que está arrependido, porque alguém lhe viu. Remorso, na realidade, é medo de ser exposto porque alguém lhe viu, medo de ser descoberto. Então, a maior evidência do remorso é que, quando passa o perigo, você esquece. Como em nossa história, vamos dizer que a cunhada dele não falou. Então, passando o perigo, ele esquece. Esquece as promessas e volta a ser o que era antes.
          Agora, arrependimento não, arrependimento é sentir dor pelo que você fez, confessar o pecado e afastar-se da situação errada. Arrependimento, na realidade, não nasce no coração. Ele é um fruto do Espírito Santo. Você vai a Deus levando sua vida como está e Ele inspira em você o arrependimento, o nojo pelo pecado. Você percebe a coisa errada que está fazendo e pede a Deus que te de forças para mudar o rumo de sua vida.
         Pr. Costa Jr.: - Vamos supor: no caso do rapaz que estava traindo sua esposa, ele, em um momento, descobre na Palavra de Deus que tem que confessar o pecado. Ele se ajoelha e sinceramente confessa o pecado, mas será que isso é suficiente? Ou essa confissão também envolve pessoas? Se envolve pessoas, quando isso deve acontecer?
         Pr. Bullón: - Eu vou contar uma experiência para esclarecer melhor isso: Um dia eu estava fazendo um trabalho numa igreja, pregando todas as noites e, de repente, no final de semana, fui convidado para almoçar com uma linda família. Eles tinham um único filho que era maravilhoso. A esperança dos pais estava depositada nesse filho. O filho devia ter dezoito anos, estava na faculdade. O pai fazendo planos para o filho quando ele se formasse. Fazendo isso e aquilo... Todo amor era concentrado para esse filho. Quando terminou a semana, a esposa me chamou à parte e disse: "Pastor, eu não posso mais, não agüento mais, tenho um peso em meu coração que carrego a dezoito anos, não sei mais o que fazer, por favor me ajude. Esta semana eu vi o senhor pregando e acho que devo confessar ao meu esposo o erro que cometi. Aquele garoto que o senhor viu, não é filho do meu esposo, é filho de outro homem. Foi um erro em minha vida. Nunca mais vi o pai dele, não sei onde está, nem quero saber. Me arrependi, deixei aquela vida. Só que meu marido não sabe, ele ama esse filho e acredita que esse filho é dele. Pastor o que devo fazer? Devo confessar agora o meu pecado? Já confessei a Deus, mas preciso confessar ao meu marido?" Então, você vê, essa é uma situação difícil.
          Acredito que há circunstâncias que além de confessar a Deus, precisamos confessar aos homens. Vamos dizer que eu lhe roubei mil dólares sem você saber. E ninguém vai descobrir, ninguém vai saber nada. Eu lhe enganei em algum documento, peguei mil dólares e você não percebeu. Ninguém percebeu. Não existe possibilidade de alguém descobrir. Só que eu vou a Jesus e o Espírito de Deus toca meu coração e eu sinto arrependimento, sinto dor pelo que fiz. Eu confesso meu pecado a Deus e agora vou a você e digo: "Williams, você tem confiança em mim, eu sei, mas sabe, há dois anos atrás, eu fui desonesto com você. Você nunca percebeu, mas eu lhe roubei mil dólares e já confessei a Deus meu pecado, estou arrependido e quero lhe devolver, pois não posso continuar com essa culpa.
          Pr. Costa Jr.: - Então confissão é sinônimo de restauração?
          Pr. Bullón: - Lógico! Veja que nesse caso cabe a restauração, mas no caso anterior, o caso do filho daquela mulher, de que vai ajudar ela avisar ao marido, avisar ao filho? Você já imaginou a tragédia!? Então, há circunstâncias que o próprio sentido comum, ou melhor, o próprio Espírito de Deus nos dá o sentido comum para saber quando a confissão em lugar de consertar alguma coisa, somente traria dor, desespero e prejudicaria todo mundo. O Espírito de Deus vai dizer na hora. Agora, todo o pecado que nós podemos confessar, acertar, restaurar e corrigir, temos que fazer.
           Pr. Costa Jr.: - Eu perdôo mas não esqueço. Você já ouviu isso? Talvez você mesmo tenha falado isso. Por incrível que pareça, isso é uma norma pra muita gente, é um padrão, é um estilo de vida. Será que quando Deus perdoa Ele esquece mesmo? Ou sempre fica aquela imagem meio cinza, meio turva da pessoa que errou? Será que Deus pensa: "olha, você está em período de regeneração, mas cuidado comigo"?! Como funciona com Deus?
           Pr. Bullón: - Isaías 1:18, como já foi mencionado antes, e eu repito, diz o seguinte: "...ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve..." (Isaías 1:18). Isso é uma promessa de perdão completo. Na realidade, eu não diria que Ele risca, diria que Ele apaga completamente. O Velho Testamento está cheio de lindas promessas: "... lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar" (Miquéias 7:19); "Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões" (Salmos 103:12). Esses versos falam de perdão, de uma restauração completa. Perceba que o problema não está com Deus, o problema do pecado está com o ser humano. Sabe por quê? Porque Deus pode perdoar tudo, tudo mesmo!
           Um dia uma senhora me procurou e disse: "Pastor, eu provoquei um aborto quando era garota de dezoito anos, solteira. Depois tive a alegria de conhecer meu marido. Casei. Ele não sabe que eu provoquei aquele aborto. Agora tenho três filhos, sou feliz com meu marido, já se passaram trinta anos daquilo, mas não consigo dormir em paz porque a consciência me atormenta; eu não somente cometi o pecado de fornicação mas também matei, eu cometi um assassinato, tirei a vida de uma criança. Há perdão para mim?" Eu quero dizer em nome de Deus: há perdão. Não há pecado que Deus não possa perdoar. O problema não é com Deus. O problema é conosco. Às vezes nós, seres humanos, chegamos a um ponto em que não queremos mais ser perdoados. Chegamos a um ponto em que não aceitamos mais o perdão. A Bíblia chama isso de pecado contra o Espírito Santo. Inclusive Mateus 12:31 diz: "...todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada." (Mateus 12:31) Mas qual é o pecado contra o Espírito Santo? É aquele que você brinca, brinca, brinca com o pecado; e chega um ponto em que o coração se endurece, você já não sente mais dor, e você não sente mais dor pelo que faz, muito menos irá sentir necessidade de perdão. E ai do seres humanos! Eu não gostaria nem de pensar no caso de um ser humano que por brincar, por tratar com leviandade as coisas divinas, chega ao ponto de se endurecer com as coisas de Deus, porque para eles não há perdão!
             Pr. Costa Jr.: - Pecadinho, pecadão. Isso é outra coisa que a sociedade acredita. Por exemplo: você contou uma mentira leve, era fruto da situação, e não tinha jeito de falar a verdade mesmo, você iria correr um risco muito grande, foi um pecadinho. Agora, se você vem com uma faca e mata uma pessoa, é crime de primeiro grau, aí é um pecadão, aí você realmente está mal. Para Deus existe pecado maior ou pecado menor? Como é que funciona isso? Dependendo do tamanho do pecado, pode também mudar o tamanho da culpa?
             Pr. Bullón: - Não existe diferença de pecado, existe diferença de culpa. Para Deus, pecado é pecado. Eu explico: se alguém assaltar um banco a mão armada e matar o caixa, isso para Deus é pecado. Eu sentar-me de gravata e colarinho branco e manejar as contas, engordando o bolso, isso também é pecado. Pecado por pecado, para Deus, ambos são pecados. Para Deus não existe graduação de pecados, mas existe graduação de culpa. Um jovem que nasceu pobre, sem instrução, que não conhece a Palavra de Deus e estupra uma menina, ou usa drogas, ou ainda trafega drogas, ele pode ter, de certa maneira, menos culpa do que eu, que tive toda a luz, toda a instrução necessária, fiz escola primária e secundária, fui à faculdade, fiz mestrado, conheço a Palavra de Deus e engano uma menina menor de idade, oferecendo algum dinheiro, e levando-a para a cama. Qual é o pecado maior? Pecado por pecado, os pecados são iguais, mas minha culpa é maior porque eu tenho mais luz; o outro tem menos luz. Existe graduação de culpa, mas não existe graduação de pecado.
           Pr. Costa Jr.: - Então, o que o senhor disse, pela Palavra de Deus, é que se a pessoa confessa, se a pessoa se arrepende; existe esperança e ela pode ser liberta da culpa. Eu volto a perguntar mais ou menos aquilo que o senhor já respondeu: O perdão é para todo mundo mesmo?
          Pr. Bullón: - Para todo mundo mesmo! Não há um ser humano que possa dizer que para ele não há perdão, desde que ele sinta que precisa de perdão. Somente não sente que precisa de perdão, quem cometeu o pecado contra o Espírito Santo, pois se endureceu. Para esse não há perdão, não porque Deus se cansou de perdoar, mas porque ele não quer ser perdoado.
           O problema com o pecado, volto a enfatizar isso, está às vezes com as conseqüências do pecado. Deus pode nos livrar da culpa e do tormento da consciência, entretanto, às vezes, as conseqüências de nosso pecado podem levar-nos até a destruição final, até a morte para sempre.
           Um homem que brincou de liberalismo, promiscuidade sexual, drogas, adquire AIDS, um dia se arrepende e pede perdão a Deus. Há perdão? Claro! Deus perdoa! "Mas fui homossexual?", não importa! "Mas eu fiz aquilo", Deus perdoa.
          Agora e a AIDS? Deus não vai necessariamente tirar do corpo dele a AIDS. Então esse é o assunto, as conseqüências do pecado são terríveis. Eu sempre digo: Deus lhe perdoa, mas a vida pode não lhe perdoar!
           Pensemos novamente no texto bíblico de I João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (I S João 1:9) Deus não apenas promete nos perdoar mas, também nos purificar, nos transformar. Portanto, quando o Espírito de Deus lhe der certeza do perdão e convidar para uma nova vida, o melhor é abandonar imediatamente todo o pecado, e correr para os braços de Jesus.

ORAÇÃO

        
Pai querido, existem pessoas que vivem anos e anos atormentadas pelo complexo de culpa. A culpa é como um martelo que bate de dia e de noite e não nos deixa em paz. Mas Te agradecemos pela Tua Palavra neste momento; e Te agradecemos pelo perdão. Como é bom sentir-se aliviado, sabermos que não importa o que tenhamos feito no passado, se nos arrependermos e confessarmos, Tu estás pronto a nos perdoar. Por favor, coloque paz em nosso coração. Em nome e pelos méritos de Jesus. Amém.


LEITURA - A VITÓRIA DAQUELE QUE CRÊ

TEOLOGIA
LEITURA

A VITÓRIA DAQUELE QUE CRÊ

       “Ele foi maltratado, mas aguentou tudo humildemente e não disse uma só palavra.
Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto, como uma ovelha quando cortam a sua lã.
Foi preso, condenado e levado para ser morto, e ninguém se importou com o que ia acontecer com ele.
Ele foi expulso do mundo dos vivos, foi morto por causa dos pecados do nosso povo.
Foi sepultado ao lado de criminosos, foi enterrado com os ricos,
embora nunca tivesse cometido crime nenhum, nem tivesse dito uma só mentira.”
O SENHOR Deus diz:
“Eu quis maltratá-lo, quis fazê-lo sofrer.
Ele ofereceu a sua vida como sacrifício para tirar pecados e por isso terá uma vida longa
e verá os seus descendentes.
Ele fará com que o meu plano dê certo.
Depois de tanto sofrimento, ele será feliz;
por causa da sua dedicação, ele ficará completamente satisfeito.
O meu servo não tem pecado, mas ele sofrerá o castigo que muitos merecem,
e assim os pecados deles serão perdoados.
Por isso, eu lhe darei um lugar de honra;
ele receberá a sua recompensa junto com os grandes e os poderosos.
Pois ele deu a sua própria vida e foi tratado como se fosse um criminoso.
Ele levou a culpa dos pecados de muitos e orou pedindo que eles fossem perdoados.”

Isaías 53.7-12

LEITURA - O ROLO É LIDO DIANTE...

TEOLOGIA
LEITURA

O ROLO É LIDO DIANTE...

       Então Baruque leu no pátio do Templo as palavras do SENHOR, exatamente como eu havia mandado.
No nono mês do quinto ano do reinado de Jeoaquim, filho de Josias, em Judá, o povo ficou em jejum diante de Deus, o SENHOR. Tomaram parte nesse jejum todos os que viviam em Jerusalém e todos os que tinham vindo das cidades de Judá. Então Baruque leu no rolo tudo o que eu tinha dito, e todo o povo escutou. Ele fez essa leitura num dos pátios do Templo, na sala de Gemarias, que era filho de Safã e escrivão do rei. Essa sala, que ficava na entrada do Portão Novo do Templo, dava para o pátio de cima.
Micaías, filho de Gemarias e neto de Safã, ouviu Baruque ler no rolo aquilo que o SENHOR tinha dito. Aí desceu ao palácio real e foi até a sala do escrivão do rei, onde todas as autoridades estavam reunidas. Encontravam-se ali Elisama, conselheiro do rei, e Delaías, filho de Semaías, e Elnatã, filho de Acbor, e Gemarias, filho de Safã, e Zedequias, filho de Hananias, e todas as outras autoridades. Micaías contou tudo o que tinha ouvido Baruque ler para o povo. Então as autoridades mandaram que Jeudi, que era filho de Netanias, neto de Selemias e bisneto de Cusi, fosse dizer a Baruque o seguinte:
— Venha e traga o rolo que você leu para o povo.
Aí Baruque pegou o rolo e foi ao palácio. E eles lhe disseram:
— Por favor, sente-se e leia o rolo para nós.
E Baruque leu para eles. Depois de terem escutado tudo, eles olharam assustados uns para os outros e disseram a Baruque:
— Temos de contar isso ao rei.
Então perguntaram:
— Diga uma coisa: como é que você escreveu tudo isso? Foi Jeremias que ditou?
— Jeremias ditou palavra por palavra, e eu escrevi tudo com tinta neste rolo! — respondeu Baruque.
Então eles disseram:
— Você e Jeremias precisam se esconder. Não deixem ninguém saber onde vocês estão.

JEREMIAS 36:08-19

VIRTUDES - FUGUDIO

VIRTUDES
LEITURA

FUGIDIO

       A vida passa depressa. Ouço música. Ouço barulho. Ouço vozes, algumas que eu não gostaria de ouvir. Mas elas estão ali, quase grunhindo no dia a dia da vida de verdade.
A criança desconhecida sorri para mim. Acena. Despede-se de um encontro de olhares tão fugaz, como se a gente se conhecesse desde sempre. Foi como um presente no dia de caos.
Desde sempre eu acredito que ainda existam anjos. Eles também estão por aí. Andando como gente, sem serem tocados pela perversidade que muitos conhecem e que nos ronda. Eles não se sujam. Eles mantêm limpas as mãos e o pensamento. Eles ainda são deste mundo. Mundano.
A vida passa no toque do despertador. Desespera-me a hora perdida. Desespera-me a hora que se perdeu, sem que nada se fizesse. O tempo passa rápido. A rapidez proclama muitas coisas, sem que eu pudesse dar conta.
Tudo rápido, fugidio. Eu não sei mais onde estão meus minutos. Que música toca nos meus ouvidos? Desconheço-me um pouco mais quando olho para dentro. Me perco dentro de mim, num abismo quase amedrontador. Escalo as pedras do rim. Fico lá vendo tudo, como mera observadora. Sem medo. Sem julgamento.
Sem tempo de pensar o que não interessa. Sem tempo para o desinteresse. Sem tempo fugidio. Sem fugir. Do tempo.