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segunda-feira, 5 de maio de 2014
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domingo, 30 de março de 2014
VIRTUDES - MAIS UMA NOITE
VIRTUDES
Mais uma
noite
A noite parece interminável, enquanto o
silêncio é fugidio.
Vozes e chamados. Suspiros e murmúrios.
Bips que recomeçam em luzes intermitentes.
Em alguns momentos, um vazio. Um aperto no peito. Um sonho interrompido.
Do lado de dentro das portas entreabertas, gente lutando pela vida em suas agruras individuais e também coletivas. Gente que chora. Que grita. E que, por vezes, sorri.
No corredor, a madrugada chega em passos rápidos ou rodas pesadas de equipamentos enormes.
Por alguns momentos, nada se vê. Nada se ouve. Até tudo recomeçar no compasso vívido das sinfonias conhecidas.
Mais um dia.
Mais uma noite.
Insone.
Vozes e chamados. Suspiros e murmúrios.
Bips que recomeçam em luzes intermitentes.
Em alguns momentos, um vazio. Um aperto no peito. Um sonho interrompido.
Do lado de dentro das portas entreabertas, gente lutando pela vida em suas agruras individuais e também coletivas. Gente que chora. Que grita. E que, por vezes, sorri.
No corredor, a madrugada chega em passos rápidos ou rodas pesadas de equipamentos enormes.
Por alguns momentos, nada se vê. Nada se ouve. Até tudo recomeçar no compasso vívido das sinfonias conhecidas.
Mais um dia.
Mais uma noite.
Insone.
leitura - vocês entenderam o que eu fiz?
TEOLOGIA
Leitura
Vocês entenderam o que eu fiz?
Depois de
lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra
vez à mesa e perguntou:
— Vocês entenderam o
que eu fiz? Vocês me chamam de “Mestre” e de “Senhor” e têm razão, pois eu sou
mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem
lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu
fiz. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do
que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou.
Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem.
João 13.12-17
VIRTUDES
Uma epidemia preocupante
O cabeleireiro parece um ser mágico, quase uma “catuaba capilar”. Faz
algumas coisas que até Deus duvida. Arranja aqui e acolá e pronto: todo mundo
sai de lá embelezado, com uma estima tão alta que quase bate nas nuvens. Tem
uns tipos, entretanto, que fazem o contrário também. Lembro-me de uma mulher que cortou o meu cabelo e tingiu. Chorei
três dias seguidos, porque ficou uma droga. A cor parecia água de salsicha com
uma colher de molho de tomate. O corte, nem me atrevo a descrever. Ela cortou
não só o meu cabelo, mas quase os meus pulsos. Tudo bem, cabelo cresce de novo.
O problema é que demora um pouco e quando a gente coloca um negócio na cabeça, estes dos quais a gente não
gosta, atormenta todos os dias.
Já que no salão de cabeleireiro se faz milagres, deveria
existir um salão cerebral: a pessoa entra lá, ignorantona, e sai sábia. Mas,
sai com uma sapiência não assim, de resolver aqueles problemas de matemática,
mas de enxergar a vida de uma forma mais leve. Enxergar o outro de uma forma
mais compreensiva. Enxergar a si mesmo com a compaixão de que devemos ter
sempre quando erramos ou fazemos o outro sofrer.
Neste salão também teria de ter cirurgia de
redução de ego. É, porque pelo
amoooor, estamos padecendo de uma epidemia de ego
inflado! Nunca se viu tanto ego gorducho andando por aí. Daqueles que nem cabem
direito na pessoa: o ego chega primeiro em todo lugar. E é tão gigante que
quase não dá espaço para os outros. Ele fura fila, desrespeita, faz propostas
indecorosas, xinga no trânsito, se acha superior a tudo e a todos.
E as pessoas de ego inflado, egoístas demais e “estrelas
demais”, deveriam ir ao salão e marcar horário para a cirurgia “egoátrica”. Em
alguns casos, era bom fazer uma dietinha primeiro. Talvez começando pela oração
de São Francisco, sendo instrumento de paz: “Onde houver ódio,
que eu leve o amor.”
De repente, valeria também uma implantação de um
chip “antiegocentrismo”. Um procedimento menos
invasivo só para checar como o portador de ego inflado iria reagir para
melhorar sua convivência com os demais.
Mas, embora houvesse tudo isto estaríamos no mesmo
dilema: tem gente que não enxerga o próprio ego inflado. Não entende por que as
pessoas evitam contato ou porque não gostam muito das conversas, ou melhor, monólogos – quem tem ego inflado mal deixa o outro falar. Mas o
“eu”, sozinho, não dá liga alguma. O pronome precisa de complemento. E isto não
é bombinha para inflar: é ação, é verbo e uma dose de simancol. Porque na vida a gente precisa
esvaziar-se para preencher-se de nobreza, sabedoria e amor. E é disto que o
mundo (e a gente) precisa.
VIRTUDES - DESNUVIANDO
VIRTUDES
Desanuviando
O céu era uma paisagem
diferente, enquanto as nuvens estavam de passagem.
E
eu também.
Os
pensamentos flutuavam como elas, entorpecidos pelo escuro.
Passavam como faíscas.
Por
vezes queimavam, nos ardores que não se sabe explicar.
Por
vezes, esfriavam nas expectativas infundadas.
Mas,
algo se via. Se formava.
E ia embora com as preocupações.
Ocupações de um tempo que já
tinha sido.
Mas desanuviou.
Tudo
aquilo.
Serenou.
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