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terça-feira, 16 de julho de 2013

VIRTUDE - GOTAS DE AGONIA

VIRTUDES

Gotas de agonia


Em relatos recentes, ouvi um pouco de tudo. É notório e notável que somos muito diferentes e que é mais fácil achar solução para o problema dos outros do que para os nossos. Algo que nos une em nossas diferenças e que achei mágico em ter uma tardia, porém, importante constatação, é de que todos queremos ser felizes. Queremos amar e sermos amados. Isto é fato.
Mas, na vida aparecem as frustrações, que nos fazem agonizar em nós mesmos. Isto é tão cruel. É como uma morte a conta gotas, quando já não se reconhece nada do que é bom e tudo evolui para uma depressão contínua. Para uma amargura renovada em todo amanhecer. Para um choro incontrolável, que não verte lágrimas, mas machuca por dentro, cavando buracos intermináveis. E sentimentos sem compaixão chegam como aprisionamento. Há uma perseguição de pensamentos, que descompassam e destroem. Auto-destroem.
E eu ainda digo que é preciso entrar. Sentar. E sentir-se à vontade com a gente mesmo. Sentir vontades de transformar. De mostrar para tudo isto que aprisiona, que a felicidade é livre. Que ela brilha diante de um céu. Seja de noite ou de dia. Ela é gigante, embora pareça pareça tão pequena e distante.
É preciso sentir a vida pulsando. É preciso ouvir-se. Aquela voz da gente que pede socorro e, de tão fraquejante, é preciso silenciar-se para poder escutá-la. Há sempre solução. Não há dias em vão. Não há suspiros, soluços, respiração que não tenha um motivo. O que não se deve é entregar-se às lacunas e ficar sempre no vazio de tudo. Sempre esvaziando-se do que faz bem e enchendo-se de amargura.
Acorde. Cante uma música. Dentro de si. Repare-se. Para o amanhecer. Para o entardecer. Para a noite. Seja seu travesseiro. Seu veleiro. Sua vitória.

http://cabecaliberta.wordpress.com/2013/07/16/gotas-de-agonia/

EDUCAÇÃO - A HORA DO CUIDAR E DO EDUCAR

Educação
A hora do cuidar e do educar

Uma nova concepção de criança, bem como do atendimento dela desde muito cedo na educação infantil (EI), abre espaço para o debate em relação a deixar para trás a prática, pelas instituições, do acolhimento apenas pela ótica do cuidado e passa a abranger o recebimento da criança sob a ótica da educação. Frente a essas questões, emerge a preocupação em relação à qualidade nessa etapa de ensino.
Para Maria Malta Campos, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), pesquisadora sênior da Fundação Carlos Chagas (FCC) e uma das referências nacionais na área de educação infantil, uma gama de fatores deve ser considerada quando se trata da qualidade na EI: a formação dos professores ou educadores que trabalham diretamente com as crianças, o currículo ou programação adotados, a infraestrutura da instituição – que inclui tanto o prédio como o mobiliário, os brinquedos e materiais pedagógicos – e a relação com as famílias e a comunidade. Ela acredita ainda que, para se medir a qualidade da educação infantil, “é preciso considerar tanto as condições apresentadas pelas unidades como os aspectos ligados à gestão das redes de creches e pré-escolas, o que inclui tanto as administrações municipais como também as entidades que mantêm convênios com elas e as instituições particulares que cobram mensalidades dos pais”
Na pesquisa “Educação Infantil no Brasil – Avaliação qualitativa e quantitativa”, promovida pela Fundação Carlos Chagas, em conjunto com o Ministério da Educação (MEC) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), coordenada por Maria Malta e divulgada em 2010, estão listados como principais aspectos que influenciam na qualidade do trabalho desenvolvido diretamente com as crianças no dia a dia: espaço e mobiliário, rotinas de cuidado pessoal, falar e compreender (para creche), linguagem e raciocínio (para pré-escola), atividades, interação, estrutura do programa, pais e equipe.
A pesquisa avaliou a qualidade de 150 instituições de EI em seis capitais brasileiras: Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e Teresina (PI). A escala ECERS-R foi aplicada em 138 turmas de pré-escola nos seis municípios pesquisados, que atendem crianças entre 0 a 5 anos de idade. A média para o conjunto total foi de 3,4 pontos, o que corresponde ao nível de qualidade Básico. Foram classificados como Inadequado os aspectos referentes a Atividades (2,3 pontos) e Estrutura do Programa (2,5 pontos); como Básico: Espaço e mobiliário (3,1 pontos), Pais e equipe (3,6 pontos), Linguagem e raciocínio (3,7 pontos) e Rotinas de cuidado pessoal (4,1 pontos); e como Adequado apenas a subescala Interação (5,6 pontos).
Os instrumentos utilizados para observação das salas de creche e de pré-escola na pesquisa foram as escalas ECERS-R e ITERS-R, criadas pelos pesquisadores norte-americanos Harms, Clifford e Cryer e adaptadas para esse caso. Maria Malta explica que foi adaptada a escala de notas original das escalas ECERS e ITERS, que era de um a sete, para um a dez. Por isso, as notas encontradas no relatório são de um a dez.
Para a coordenadora da pesquisa, essas escalas privilegiam aquilo que está diretamente disponível para as crianças todos os dias. “Mas não adianta a instituição ter uma linda brinquedoteca se as crianças só ficam ali poucas horas por semana, e nas salas e nos espaços onde passam a maior parte do dia não há fácil acesso a brinquedos e materiais diversificados; ou disponibilizam ótimos livros em uma estante alta, que não podem ser livremente manuseados pelas crianças pequenas no dia a dia, no ambiente em que  se encontram a maior parte do tempo”, adverte.
Quanto às pré-escolas, os fatores que se mostraram estatisticamente mais associados às instituições que obtiveram as melhores notas, segundo relata Maria, são: funcionam em estabelecimentos que atendem exclusivamente crianças da educação infantil e dispõem de maior número de equipamentos; atendem crianças que fazem uso de algum tipo de transporte escolar, o que sugere que as famílias avaliam bem a unidade, pois encaminham seus filhos para ela mesmo que necessitem de transporte; são unidades dirigidas por profissionais que concluíram o curso de nível superior há 15 anos ou mais e assumiram o cargo de direção por meio de concurso público, processo seletivo ou eleição; esses diretores promovem atividades ou cursos de formação destinados aos professores e aos funcionários na sua própria unidade. Ainda, nessas instituições, o salário bruto do diretor é maior do que quatro salários mínimos; são dirigidas por profissionais que declaram enfrentar poucas dificuldades no trabalho referentes ao quadro de pessoal, tamanho das turmas, etc. Outro dado da pesquisa a ser destacado é que nas escolas com melhor qualidade os professores realizaram cursos de pós-graduação (especialização ou acadêmico) em Educação, com ênfase na área pedagógica específica para educação infantil.
Direito
Para Antônio Augusto Gomes Batista, coordenador de Pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o Brasil avançou bastante nos últimos anos para entender que educação infantil não é apenas questão de cuidados para com a criança ou de atendimento às necessidades das famílias que trabalham, mas um direito à educação. “O País já deu um grande passo na legislação referente à educação infantil”, considera. Batista acredita, porém, que a qualidade nessa etapa de ensino ainda é uma dificuldade. “A qualidade da educação infantil brasileira ainda é muito baixa, e isso a gente tem que enfrentar. Isso porque é um direito da criança, um momento em que todo o desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor, ético está se construindo e que é a matriz dos desenvolvimentos posteriores, que se darão a partir da base construída nessa idade. Especialmente para crianças mais pobres, com chances mais limitadas de aprendizagem, é fundamental terem oportunidades de aprendizagem extremamente ricas nessa fase”, defende. “E, também, porque vários estudos internacionais e nacionais mostram que existe impacto da educação infantil de qualidade sobre o desempenho das crianças no ensino fundamental”, completa.
Na pesquisa desenvolvida pela Fundação Carlos Chagas, o estudo de impacto revela que a frequência à pré-escola de melhor qualidade influi positivamente no desempenho dos alunos na Provinha Brasil, ou seja, no ensino fundamental I. Segundo Maria Malta, isso se deve a muitos fatores, “tanto ligados ao desenvolvimento cognitivo e à aprendizagem como também ligados à socialização, a hábitos e atitudes, à familiaridade adquirida com o ambiente escolar, entre muitos outros aspectos”.
Para obter um nível de qualidade, Batista considera essencial que os cursos de Pedagogia passem a ofertar disciplinas ou habilitações específicas para a educação infantil. Ele também defende um currículo de educação infantil, com a expectativa de aprendizagem. “Não de forma estreita, mas com a garantia de que as crianças façam isso brincando e sendo crianças”, ressalta. De acordo com ele, deve-se insistir no direito da criança de ser criança: “e um de seus direitos é o de brincar na escola. Não se pode impor padrões e fazer a educação infantil virar um ‘fundamentalzinho’, com crianças recebendo conteúdos de forma muito restrita, com uma visão muito estreita de currículo”. E acrescenta: “não é para dar ênfase excessiva a essa ideia de só brincar, ou de só aprender. Dá pra fazer as duas coisas: aprende-se brincando, são duas coisas indissociáveis nessa etapa”. Além disso, o pesquisador considera fatores necessários à qualidade na educação infantil boas condições de infraestrutura, boa formação do professor, boas condições de gestão e de carreira, boas condições salariais. “É um conjunto de fatores para se obter qualidade. As melhores propostas didáticas, para acontecerem de fato, precisam de organização e de infraestrutura. Tudo isso precisa ser considerado”, finaliza.
Com base na pesquisa da FCC, conclui-se que os aspectos que precisam de maior atenção nessa etapa de ensino são as atividades e rotinas de cuidado pessoal nas creches e as atividades e estrutura dos programas nas pré-escolas. “As notas muito baixas em atividades mostram que a rotina da maioria dessas instituições é muito pobre: as crianças não são suficientemente estimuladas em seu desenvolvimento, não encontram condições favoráveis para brincadeiras criativas, para desenvolver sua autonomia e capacidade de expressão, assim como para lidar com materiais diversificados e aprender coisas interessantes sobre si mesmas, acerca dos demais e do mundo natural e cultural que as cerca”, comenta Maria. No caso da creche, ela enfatiza que as notas baixas em rotinas de cuidado pessoal indicam que os profissionais não estão preparados e não encontram condições favoráveis para providenciar cuidados muito simples de higiene, alimentação e repouso, como lavar as mãos, respeitar as características de faixa etária nos momentos de alimentação e respeitar as necessidades infantis de repouso e sono de forma adequada. “Para a pré-escola, as notas baixas no item ‘Estrutura do programa’ revelam que a programação adotada não inclui atividades livres, atividades com pequenos grupos, indicando pouca diversificação na organização do planejamento das atividades diárias”, explicita a pesquisadora.
Ao enumerar os principais aspectos para a qualidade na educação infantil, Maria Malta elenca como mais urgentes o currículo ou a programação pedagógica e a formação inicial e continuada dos professores e das equipes responsáveis pela educação infantil nas unidades e nas secretarias de Educação. “A melhor programação do mundo não significará grande coisa se o professor não tiver formação mínima básica e especializada para a faixa etária com a qual trabalhará”, alerta. Maria considera ainda que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, documento elaborado pelo Conselho Nacional de Educação, precisam ser “traduzidas” de maneira mais detalhada e concreta para os professores: “esses profissionais, na sua maioria, não aprenderam coisas básicas sobre como trabalhar com crianças bem pequenas em ambientes coletivos. Para eles, é muito difícil traduzir em práticas cotidianas, para a sua realidade específica, aquelas diretrizes definidas de forma mais ampla e geral para o País”.
O que conta para a qualidade na educação infantil (EI):
- Estar consciente de que a EI é um direito da criança;
- Currículo e/ou programação pedagógica adequada;
- Formação específica em EI (inicial e continuada) de professores e equipes;
- Infraestrutura adequada;
- Gestão eficiente;
- Plano de carreira e salário ideal para os profissionais.

 Carolina Mainardes
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sábado, 13 de julho de 2013

VIRTUDE - DESEMPOEIRANDO

VIRTUDES


Desempoeirando…


Quando a gente vai fazer uma faxina, sempre ocorre uma descoberta. Isto acontece não só com a nossa casa, mas com as coisas que temos dentro de nós, com os sentimentos, por vezes, empoeirados.
Em casa, a gente descobre uma roupa que nunca mais usou. Talvez um acessório. Um livro escondido que não se sabe quem deu e há quanto tempo. Porque muitas vezes, a gente compra as coisas e as esquece. Mas, há sempre um momento certo para reencontrá-las. E é neste momento que se descobre se é para ficar com aquilo ou desapegar-se. Ofertar a alguém, a quem terá real serventia.
Os sentimentos, por vezes, também se empoeiram. Ficam numa estante à espera que a gente os descubra. Redescubra. E, em desuso, ficam ali clamando por atenção. Quando a gente se dá conta... ah, como fui te esquecer! E eles voltam e nos acaloram. Para depois acalorar alguém, a quem queremos bem.
E é preciso desempoeirar tanta coisa, que o tempo parece pouco. Mas, quando nos engajamos, tudo é possível, trazendo-nos descobertas, nas quais a gente se redescobre. E tira a poeira de nós mesmos. Para acontecer tudo o que está escrito. No tempo certo. No tempo que não para de dizer-nos: "descubra-te a ti mesmo". Descubra-se da poeira e recubra-se de amor. Por favor.


MILAGRES DE JESUS - JESUS CURA UMA MULHER

Teologia
Milagres de jesus

Jesus cura uma mulher

Quando Jesus voltou para o lado oeste do lago, a multidão o recebeu com alegria, pois todos tinham ficado ali à espera dele. Então chegou um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga daquele lugar. Ele se jogou aos pés de Jesus e pediu com insistência que fosse até a sua casa porque a sua filha única, de doze anos, estava morrendo.
Enquanto Jesus ia caminhando, a multidão o apertava de todos os lados. Nisto, chegou uma mulher que fazia doze anos que estava com uma hemorragia. Ela havia gastado com os médicos tudo o que tinha, mas ninguém havia conseguido curá-la. Ela foi por trás de Jesus e tocou na barra da capa dele, e logo o sangue parou de escorrer. Aí Jesus perguntou:
— Quem foi que me tocou?
Todos negaram. Então Pedro disse:
— Mestre, todo o povo está rodeando o senhor e o está apertando.
Mas Jesus disse:
— Alguém me tocou, pois eu senti que de mim saiu poder.
Então a mulher, vendo que não podia mais ficar escondida, veio, tremendo, e se atirou aos pés de Jesus. E, diante de todos, contou a Jesus por que tinha tocado nele e como havia sido curada na mesma hora. Aí Jesus disse:
— Minha filha, você sarou porque teve fé! Vá em paz.
Lucas 8.40-48
   




quinta-feira, 11 de julho de 2013

NOTÍCIA - ó a valorização da educação e de seus profissionais manterá

Notícia

Só a valorização da educação e de seus profissionais manterá o gigante acordado e de pé

O trecho abaixo foi extraído da matéria “De maio de 1968 a junho de 2013”, veiculada no “ O Estado de São Paulo” em 10/07/2013, assinada pelo professor da USP, José Eduardo Faria, chefe do departamento de filosofia e teoria do direito da USP e docente da FGV

        “Se é preciso ouvir as ruas, quem são os interlocutores? Que princípios os norteiam? Que código hermenêutico utilizar para compreender o que surgiu como algo singelo - a redução de vinte centavos nas tarifas de ônibus - e que agora leva muitos manifestantes a afirmar que nesse pequeno valor estão embutidas a melhoria dos serviços públicos e a criação de canais mais legítimos para a definição de um projeto de poder para o País? 
      
Num contexto em que os partidos perderam credibilidade, qual é a diferença entre responsabilidade compartilhada e irresponsabilidade generalizada? Se algum acordo for firmado, como implementá-lo num período de enfraquecimento da soberania dos Estados e emergência de um mundo de interdependências, com responsabilidades difusas?”
       Muitas perguntas. Algumas respostas. Muitas ações. 
       O Centro do Professorado Paulista, atento a todas as vozes, pode distinguir um brado de força incontestável: só a valorização da educação e de seus profissionais manterá o gigante acordado e de pé. 

Secom / CPP

MI.LAGRES DE JESUS - Jesus cura um homem dominado por demônios

Teologia
MILAGRES DE JESUS

Jesus cura um homem dominado por demônios

Jesus e os discípulos chegaram à região de Gerasa, no lado leste do lago da Galileia. Assim que Jesus saiu do barco, um homem daquela cidade foi encontrar-se com ele. Esse homem estava dominado por demônios. Fazia muito tempo que ele andava sem roupas e não morava numa casa, mas vivia nos túmulos do cemitério. Quando viu Jesus, o homem deu um grito, caiu no chão diante dele e disse bem alto:
— Jesus, Filho do Deus Altíssimo! O que o senhor quer de mim? Por favor, não me castigue!
Ele disse isso porque Jesus havia mandado o espírito mau sair dele. Esse espírito o havia agarrado muitas vezes. As pessoas chegaram até a amarrar os pés e as mãos do homem com correntes de ferro, mas ele as quebrava, e o demônio o levava para o deserto.
Jesus perguntou a ele:
— Como é que você se chama?
— O meu nome é Multidão! — respondeu ele.
(Ele disse isso porque muitos demônios tinham entrado nele.) Aí os demônios começaram a pedir com insistência a Jesus que não os mandasse para o abismo.
Muitos porcos estavam comendo num morro ali perto. Os demônios pediram com insistência a Jesus que os deixasse entrar nos porcos, e ele deixou. Então eles saíram do homem e entraram nos porcos, que se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.


Lucas 8.26-33
   




VIRTUDE - E O QUE É VIDA?

VIRTUDES


E o que é a vida?



Determinadas perguntas aguçam os instintos. Podemos ficar com raiva por não saber respondê-las, ter medo em dizer a (nossa) verdade, ficar alegres por termos sido questionados ou ainda nos ver cheios de dúvidas. Independente de qual seja a sensação, sermos provocados à reflexão é um dos degraus para que evoluamos um pouco mais, para que nos conheçamos – ao invés de nos desconhecer quando perdemos a cabeça por tão pouca coisa...
        Gosto de assistir ao “Provocações” da TV Cultura. O Abujamra sempre termina o programa com aquela frase emblemática para o entrevistado: “O que é a vida?”.       Como se não bastasse, ele pergunta duas vezes, desafiando a resposta anterior. No feriado, peguei a entrevista no meio. Era do padre Beto, aquele de Bauru que foi excomungado pela Igreja Católica. Articulado, inteligente, sensível. Foi isto que senti dele e de suas palavras. “A vida é uma linda viagem, que te traz coisas inesperadas, oportunidades, pessoas que você conhece. Pessoas incríveis”, declarou. Seus olhos brilhavam junto com um sorriso enigmático. Em seguida disse que o problema era que as pessoas obstaculizavam muito a viagem, construindo caravelas e transatlânticos ao invés de navegarem num pequeno barco. 
        Fiquei pensando no que ele tinha dito e na magnitude do que significava uma “linda viagem”. Algumas horas antes, eu tinha escrito no meu blog que era preciso a gente flutuar em si, mesmo diante de maremotos ou na calmaria. E senti que a viagem era a mesma, porque a gente é a nossa própria embarcação. É o que pode nos fazer flutuar ou afundar.
        Mas a vida... Ah, a vida é tão maravilhosa desde a gênese!! Entretanto, há momentos em que a gente acha que a vida é uma droga. E assim, o lado sombrio se agiganta diante da beleza da vida, distorcendo nossa percepção do que é bom e mau. 
        Isto me fez lembrar um episódio. Quando eu achei que a minha vida era só uma pessoa (que não era eu, claro!). E aquela pessoa era meu tudo. Até que o tudo virou nada. E um coração se partiu, uma vida quase morreu. E eu tive que sofrer para enxergar que a vida não era uma pessoinha. Era eu e o mundo. Era tudo o que eu acreditava, todos os bons sentimentos, os desafios. E um universo de tantas coisas boas se abriu, deixando aquele coração cicatrizar. Porque, por vezes, precisamos ficar doentes para valorizar a saúde. Precisamos chorar para voltar a sorrir.      Precisamos viajar em maremotos, para chegar à calmaria. E a vida tem seus altos e baixos, mas não deixa de ser maravilhosa e ter embutida nela, tudo o que precisamos para sermos mais e melhores. Para sermos viajantes e para sermos os condutores. Do fio da vida. Da luz da vida. Do prazer de viver!