EDUCAÇÃO
ESTUDAR É MESMO UM “SACO”?
Se é isso que você costuma ouvir do seu
aluno, ele provavelmente é muito inteligente, observador, interessado em assuntos
alheios à escola e tem energia sobrando para esportes e hobbies.
Apesar disso, muitas vezes, não sabe
como utilizar essas habilidades para obter um aproveitamento escolar compatível
com seu potencial. O estudante rotulado “vagal”, que com frequência faz parte
da turma do “fundão”, é prova da existência de grandes potenciais desperdiçados.
Esse discente normalmente não chega a sentir sua inteligência desafiada o
suficiente pelo processo de aprendizagem. Por isso, não responde a ele.
O aluno quando estuda, não separa a
parte que aprende da que ficou triste por brigar com a sua mãe, da que está “nas
nuvens” por uma nova paixão ou da magoada bronca do professor.
Aprender exige motivação, que depende
muito dos sentimentos, emoções e vivências de cada.
O estudante precisa sentir-se
valorizado, respeitado e seguro: o mau desempenho na escola provoca queda na autoestima,
levando muitas vezes, a criança ou adolescente a “entregar os pontos”. Se ele
não se sentir parte do processo de aprendizagem, sua tendência será a de
excluir a si próprio do processo.
A inteligência segue o desejo . Se o
desejo não estiver no aprendizado, a inteligência também não estará.
MAS, ONDE ESTÁ O
PROBLEMA?
As questões mais frequentes apresentadas pelos discentes:
·
Dificuldade de
organização para os estudos e de administração do tempo;
·
Falta de concentração
e paciência;
·
Medo de tentar coisas
novas e medo de errar ( errar é um aprender);
·
Dificuldades em geral
com raciocínio ou específicas como u leitura/escrita ou números;
·
Dificuldade na
transição do 5º para o 6º ano e do 9º para o 1º ano do Ensino Médio.
O QUE PODE SER FEIRO?
Ensinar não é “dar matéria”, ensinar é
fazer aprender. Educar é fazer pessoas aprenderem a ser felizes, assim podemos,
por exemplo:
·
Promover o encontro do
prazer com o processo de aprendizagem;
·
Redespertar o desejo
pelo conhecimento ( que é parte da natureza humana);
·
Ligar o conhecimento à
realidade ( para que ele faça maior sentido à vida de quem aprende);
·
Trabalhar de forma a
que o discente conheça suas potencialidades e aprenda a usá-las;
·
Ajudar cada um a
descobrir suas vocações, elevar sua autoestima e adquirir autonomia ( saber “
se virar” sozinho).
A partir dos dons, talentos e vocações presentes em cada
indivíduo, estimular habilidades, autoestima e autonomia, para que esse indivíduo
aprenda a aprender e se torne o principal agente de seu próprio processo de
aprendizagem...
MARIA
DA GRAÇA BONFIM MURATORE, 1999
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