TEOLOGIA
PÁSCOA NO JUDAÍSMO
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo capítulo 12), disse Moisés que todos os
primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas
casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o
sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo passaria por
elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso
causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando
início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica
institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia,
celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em
geração, pois é uma instituição perpétua .
De acordo com a
tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos, quando de
acordo com a Torá, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o povo do Egito.
Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir para que cada
família hebreia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das
portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem acometidos pela morte de
seus primogênitos.
Chegada a noite,
os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo e ervas
amargas (como o rábano, por exemplo). À meia-noite, um anjo enviado por Deus
feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os
primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o
Faraó, temendo a ira divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no
deserto, o que levou ao Êxodo.
Como recordação
desta liberação, e do castigo de Deus sobre Faraó foi instituído para todas as
gerações o sacrifício de Pessach.
É importante
notar que Pessach significa a passagem, porém a passagem do anjo da morte, e
não a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer, apesar
do nome evocar vários simbolismos.
Um segundo
Pessach era celebrado em 14 de Iyar,para pessoas que na ocasião do primeiro
Pessach estivessem impossibilitadas de ir ao Tabernáculo, fosse por motivos de
impureza, ou por viagem.
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