LEITURA
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
No final do século XIX,
a crise da monarquia no Reinado de D. Pedro II (1825-1891), segundo imperador
do Brasil, era notória.
O descontentamento da
população brasileira era óbvio, sobretudo dos militares, civis republicanos,
elite agrária e abolicionistas.
Eles exigiam mudança de
governo, ao mesmo tempo que buscavam melhores condições, participação política
e liberdade de direitos.
Diversos foram os
fatores que já vinham incomodando a população por meio de ações do governo
monárquico vigente.
Um exemplo foi a crise
econômica, afetada com as despesas da Guerra do Paraguai (1864 e 1870). Outros fatores foram: o aumento dos impostos e
taxas, a corrupção na corte, a censura e o caráter centralizador da monarquia.
Além disso, havia a
relação Estado-Igreja, o que levou à disseminação de inúmeras revoltas pelo
país, as quais iam ao encontro das ideias monárquicas vigentes.
Podemos citar a Guerra dos Farrapos (1835-1845) que ocorrera no sul do país. Foi desencadeada
pelos fazendeiros que estavam insatisfeitos com o aumento dos impostos
territoriais e das taxas sobre as exportações dos produtos.
Além deles, os
cafeicultores do oeste paulista exigiam mais autonomia, democracia e
participação política. Em 1888, com a abolição da escravidão, outros fazendeiros e proprietários de escravos se voltam contra
D. Pedro II, uma vez que esse fato acarretou a redução das produções gerando
fortes crises na economia rural.
No dia 15 de novembro
de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca, principal chefe do exército brasileiro,
com o apoio dos republicanos e militares (dos quais se destaca Benjamin
Constant) preparam um levante militar.
Reuniram-se no Campo de
Santana, no centro do Rio de Janeiro (que na época era a capital do Império).
Estavam dispostos a derrubar o Império, obtendo sucesso no golpe de Estado.
Deodoro assina o
documento que legitimaria o início da República no Brasil, encaminhado para a
Corte, que exigia, entre outras coisas, a abdicação de D. Pedro II, por
meio da saída do Imperador e da Família Real do país.
Com isso, a Proclamação da República representou a queda do
Brasil Império (cerca de 70 anos). Ou seja, a imposição de uma nova
forma de governo presidencialista pôs fim ao reinado de D. Pedro II, que parte
com sua família, três dias após a proclamação, a 18 de novembro, rumo à Europa.
A Proclamação
da República no Brasil ocorreu dia 15 de novembro de 1889 e
foi assinada pelo primeiro presidente do país, Marechal Deodoro da Fonseca
(1827-1892).
O evento
representou o início da Era Republicana e o fim da Monarquia Constitucional
Parlamentar no país, instaurando um novo regime no país de governo
presidencialista.
Esse
tipo de governo (regime republicano) vigora até os dias atuais no Brasil com
participação da população na escolha do presidente, governadores e senadores.
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