HISTÓRIA
LEITURA
LENDAS DA MANDRÁGORA
Segundo uma lenda medieval a raiz da
mandrágora era como um pequeno homem dormindo dentro da terra e, ao ser
retirado de seu descanso, dava um grito tão agudo que era capaz de deixar
surdo, enlouquecer e até mesmo levar alguns homens a morte. Com base nessa
crença, foram sendo criadas várias técnicas para se retirar a mandrágora do
solo sem sofrer com o grito da planta. Alguns tapavam os ouvidos, afofavam a
terra ao redor da mandrágora, amarravam a planta ao pescoço de um cachorro e
faziam com que o mesmo corresse, arrancando a raiz do solo.
Escritos
medievais afirmam que é mais seguro colher mandrágora durante uma sexta-feira à
noite, pouco antes do nascer do sol. Depois de ser colhida alguns lavavam a
raiz com vinho e a guardavam embrulhada em seda vermelha ou branca. Aos olhos
dos caçadores de mandrágora, tanto trabalho para conseguir a raiz valia a pena,
pois a planta possuia variados usos, tanto mágicos como medicinais. Há muitos
registros do uso mágico da mandrágora na Europa medieval. Na antiguidade a raiz
da mandrágora era considerada calmante e analgésica, mas podia ser tóxica
quando usada em grande quantidade, provocando alucinações tão intensas que
beiravam a loucura. Também era conhecida no passado por curar impotência sexual
masculina.
No folclore anglo-saxão há registros de que a
mandrágora era utilizada para expulsar demônios e também era desidratada por
alguns para ser usada como amuleto de proteção. Na Alemanha era costume entre
os camponesses talhar e cuidar muito bem das raízes de mandrágora, par usá-las
em magias e advinhações. Existia uma crença de que as raízes talhadas com
formas humanas responderiam aos questionamentos de seus donos, como se a planta
ganhasse vida própria.
Acredita-se que a lenda da raiz gritadeira
tenha origem na Idade Média. Para que a raiz da planta pudesse manter suas
propriedades mágicas, ela devia ser arrancada somente em noites de lua cheia e,
para extraí-la, devia-se utilizar uma corda com uma das pontas amarradas nas
ramas da planta e a outra ao pescoço de um cão, de preferência preto. Sendo
assim, o cão puxaria a raiz e a mandrágora sairia do solo sem grandes
problemas. Caso contrário, diz a lenda, extraí-la sem o devido cuidado poderia
ter efeito devastador. Ao ter sua raiz exposta, a mandrágora soltaria um grito
tão horripilante e estridente que podia ser fatal a qualquer um que estivesse
por perto. É sabido que a superstição medieval ultrapassava muitos limites e é
bem provável que muitos preferiam não arriscar extrai-la de outra maneira.
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