Se a gente não gostar da própria companhia, vai poder conviver
com mais alguém em paz? Será bem mais difícil, convenhamos. Talvez seja por isto que várias pessoas não se suportam, quanto mais suportar o
outro. Puxa, a gente tem que ver graça em si mesmo! Um negócio nosso. Uma viagem para dentro de si, reconhecendo as coisas boas e as
ruins. E é muito bom reconhecer o bom de nós, aquela coisa que traz um conforto, uma identidade. A gente tem tanta coisa boa e, por
vezes, deixamos todas lá escondidas. Talvez por vergonha, medo, indiferença. E a indiferença é um negócio perigoso quando nos avaliamos. Não dá para ser indiferente a si mesmo. É desleal, até porque quando somos indiferentes ao que temos de bom seremos também
indiferentes ao que temos de ruim. Que cilada, hein?
Dá para virar o jogo. Trazer mais graça à vida.
Mais graça para a gente. Num mundo em que
as pessoas ficam falando em bens materiais a toda hora e isto é símbolo de ser
“bem sucedido”, aquele velho dilema continua bem vivo:
todo mundo quer ser feliz e a gente sabe que este tipo de felicidade “comprável”
dura pouco. Ser bem sucedido é estar de bem consigo
mesmo. E se a gente não se empenhar fica mais difícil do que ganhar na Mega
Sena. O autoconhecimento é a chave que abre tantas
portas outrora fechadas, desconhecidas. E aí tudo fica mais fácil, numa
admiração contínua, sem arrogância.
Tudo bem, gosto da voz do Bonner. Quero continuar
acreditando que a Fátima Bernardes é um amor de pessoa e por isto, o Bonner
pode dizer boa noite mesmo, porque ele deve ser feliz.
E se não for vai ser. Assim como nós. Porque não há alternativa na vida a não
ser ser feliz.
Ser feliz não é ser perfeito. Ser feliz é ser a gente mesmo,
descobrindo coisas legais a cada viagem para dentro de nós. Uma viagem que não
acaba na volta. Que não tira férias e que carimba o passaporte de novas
emoções. Viaje mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário