TEOLOGIA
Leitura
LABÃO
VAI AO ENCONTRO DE JACÓ
Labão entrou na barraca de Jacó, depois na de Leia e depois na das duas escravas, porém não encontrou as suas imagens. Então foi para a barraca de Raquel. Aí ele procurou em toda parte, porém não achou nada, pois Raquel havia posto as imagens numa sela de camelo e estava sentada em cima. Ela disse ao pai:
— O senhor não fique zangado comigo por eu não me levantar, mas é que
estou menstruada.
Foi assim que Labão procurou as suas imagens, sem as encontrar.
Aí Jacó ficou zangado. Ele disse a Labão:
— O que foi que eu fiz de errado? Qual foi a lei que eu quebrei para o
senhor me perseguir com tanta raiva? Agora que mexeu em todas as minhas coisas,
será que encontrou alguns objetos que são seus? Pois ponha esses objetos aqui,
na frente dos meus parentes e dos seus, para que eles julguem qual de nós dois
está com a razão. Durante os vinte anos que trabalhei para o senhor, as suas
ovelhas e as suas cabras nunca tiveram abortos, e eu não comi um só carneiro do
seu rebanho. Nunca lhe trouxe os animais que as feras mataram, mas eu mesmo
pagava o prejuízo. O senhor me cobrava qualquer animal que fosse roubado de dia
ou de noite. A minha vida era assim: de dia o calor me castigava, e de noite eu
morria de frio. E quantas noites eu passei sem dormir! Fiquei vinte anos na sua
casa. Trabalhei catorze anos para conseguir as suas duas filhas e seis anos
para conseguir os seus animais. E, ainda por cima, o senhor mudou o meu salário
umas dez vezes. Se o Deus dos meus antepassados — o Deus de Abraão, o Deus a
quem Isaque temia — não tivesse estado comigo, o senhor teria me mandado embora
com as mãos vazias. Mas Deus viu o meu sofrimento e o trabalho que tive e ontem
à noite ele resolveu a questão.
Labão respondeu a Jacó assim:
— Estas filhas são minhas, os netos são meus, estes animais são meus, e
tudo o que você está vendo é meu. Agora, como não posso fazer nada para ficar
com as minhas filhas e com os filhos que elas tiveram, estou disposto a fazer
um trato com você. Vamos fazer aqui um montão de pedras para que lembremos
desse trato.
Então Jacó pegou uma pedra e a pôs de pé como se fosse um pilar. Depois
disse aos seus parentes que ajuntassem e amontoassem pedras. Eles fizeram um
montão de pedras e depois tomaram uma refeição ali do lado dele. Labão pôs
naquele lugar o nome de Jegar-Saaduta, e Jacó o chamou de Galeede. Depois Labão
disse:
— Este montão de pedras servirá para que nós dois lembremos desse trato.
Foi por isso que aquele lugar recebeu o nome de Galeede. E também teve o
nome de Mispa porque Labão disse:
— Que o SENHOR Deus fique nos vigiando quando estivermos separados um do
outro! Se você maltratar as minhas filhas ou se você casar com outras mulheres,
mesmo que eu não saiba o que está acontecendo, lembre que Deus está nos
vigiando. Aqui estão as pedras e o pilar que coloquei entre nós dois. O montão
de pedras e o pilar são para lembrarmos desse trato. Eu nunca passarei para lá
deste pilar para atacá-lo, e você não passará para cá deste montão de pedras e
deste pilar para me atacar. O Deus de Abraão e o Deus de Naor será juiz entre
nós.
Então Jacó fez um juramento em nome
do Deus a quem Isaque, o seu pai, temia. Ele ofereceu um animal em sacrifício
ali na montanha e convidou os seus parentes para uma refeição. Naquela noite
eles comeram e dormiram ali na montanha.
GÊNESIS 31:33-54
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