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quarta-feira, 24 de junho de 2015

LEITURA - O COPO DE JOSÉ



Teologia
Leitura
O COPO DE JOSÉ
Depois disso José deu ao administrador da sua casa a seguinte ordem:
— Encha de mantimento os sacos que esses homens trouxeram, o quanto puderem carregar, e ponha na boca dos sacos o dinheiro de cada um. E, na boca do saco de mantimentos que pertence ao irmão mais moço, ponha o meu copo de prata, junto com o dinheiro que ele pagou pelo seu mantimento.
O administrador fez tudo como José havia mandado. De manhã bem cedo os irmãos de José saíram de viagem, com os seus jumentos. Quando eles já tinham saído da cidade, mas ainda não estavam longe, José disse ao seu administrador:
— Vá depressa atrás daqueles homens e, quando os alcançar, diga o seguinte: “Por que vocês pagaram o bem com o mal? Por que roubaram o copo de prata do meu patrão? Ele usa esse copo para beber e para adivinhar as coisas. Vocês cometeram um crime.”
Quando o administrador os alcançou e disse o que José havia ordenado, eles responderam:
— Por que o senhor está falando desse jeito? Nós não seríamos capazes de fazer uma coisa dessas! Nós lhe trouxemos de volta do país de Canaã o dinheiro que encontramos na boca dos sacos de mantimentos de cada um de nós. Então por que iríamos roubar prata ou ouro da casa do seu patrão? Se o senhor encontrar o copo com algum de nós, ele será morto, e nós ficaremos seus escravos.
O administrador disse:
— Concordo com vocês, mas só aquele com quem estiver o copo é que será meu escravo; os outros poderão ir embora.
Então eles puseram depressa os sacos de mantimentos no chão, e cada um abriu o seu. O administrador de José procurou em cada saco de mantimentos, começando pelo do mais velho até o do mais moço; e o copo foi encontrado na boca do saco de mantimentos de Benjamim. Então os irmãos rasgaram as suas roupas em sinal de tristeza, colocaram de novo as cargas em cima dos jumentos e voltaram para a cidade.
Quando Judá e os seus irmãos chegaram à casa de José, ele ainda estava ali. Eles se ajoelharam na frente dele e encostaram o rosto no chão. Aí José perguntou:
— Por que foi que vocês fizeram isso? Vocês não sabiam que um homem como eu é capaz de adivinhar as coisas?
Judá respondeu:
— Senhor, o que podemos falar ou responder? Como podemos provar que somos inocentes? Deus descobriu o nosso pecado. Aqui estamos e somos todos seus escravos, nós e aquele com quem estava o copo.
José disse:
— De jeito nenhum! Eu nunca faria uma coisa dessas! Só aquele que estava com o meu copo é que será meu escravo. Os outros podem voltar em paz para a casa do pai.
Então Judá chegou perto de José e disse:
— Senhor, me dê licença para lhe falar com franqueza. Não fique aborrecido comigo, pois o senhor é como se fosse o próprio rei. O senhor perguntou: “Vocês têm pai ou outro irmão?” Nós respondemos assim: “Temos pai, já velho, e um irmão mais moço, que nasceu quando o nosso pai já estava velho. O irmão do rapazinho morreu. Agora ele é o único filho da sua mãe que está vivo, e o seu pai o ama muito.” Aí o senhor nos disse para trazer o rapazinho porque desejava vê-lo. Nós respondemos que ele não podia deixar o seu pai, pois, se deixasse, o seu pai morreria. Mas o senhor disse que, se ele não viesse, o senhor não nos receberia.
— Quando chegamos à nossa casa, contamos ao nosso pai tudo o que o senhor tinha dito. Depois ele nos mandou voltar para comprarmos mais mantimentos. Nós respondemos: “Não podemos ir; não seremos recebidos por aquele homem se o nosso irmão mais moço não for com a gente. Nós só vamos se o nosso irmão mais moço for junto.” Então o nosso pai disse: “Vocês sabem que a minha mulher Raquel me deu dois filhos. Um deles já me deixou; eu nunca mais o vi. Deve ter sido despedaçado por animais selvagens. E, se agora vocês me tirarem este também, e alguma desgraça acontecer com ele, vocês matarão de tristeza este velho.”
— Agora, senhor — continuou Judá — se eu voltar para casa sem o rapaz, logo que o meu pai perceber isso, vai morrer. A vida dele está ligada com a vida do rapaz, e nós seríamos culpados de matar de tristeza o nosso pai, que está velho. E tem mais: eu garanti ao meu pai que seria responsável pelo rapaz. Eu disse assim: “Se eu não lhe trouxer o rapaz de volta, serei culpado diante do senhor pelo resto da minha vida.” Por isso agora eu peço ao senhor que me deixe ficar aqui como seu escravo em lugar do rapaz. E permita que ele volte com os seus irmãos. Como posso voltar para casa se o rapaz não for comigo? Eu não quero ver essa desgraça cair sobre o meu pai.

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