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Diabéticos
desenvolvem insuficiência cardíaca
Diabéticos desenvolvem insuficiência cardíaca e morrem mais cedo
por esta doença do que os não-diabéticos: Fremantle Diabetes Study
A prevalência de
insuficiência cardíaca entre pacientes diabéticos tipo 2 que participam do
estudo Fremantle Diabetes Study (FDS) é menor do que a já observada em outros
estudos com pacientes diabéticos, tendo sido relatada anteriormente uma taxa
tão elevada como quatro vezes a da população em geral. É provável que isto seja
um reflexo do melhor manejo dos fatores de risco cardiovasculares nesta coorte
contemporânea, de acordo com o Dr. Timothy Davis da University of Western
Australia.
Foram recrutados 1.296
pacientes com diabetes tipo 2 para o estudo FDS, entre 1993 e 1996,
acompanhados em média por 12 anos. A idade média dos pacientes no momento da
inscrição era de 64 anos e os pacientes tinham diagnóstico de diabetes há
quatro anos.
No total, 8,6% dos
indivíduos tinham uma hospitalização prévia por insuficiência cardíaca. Em
5.159 controles correspondentes, sem diabetes tipo 2, apenas 3,0% tinham sido
hospitalizados anteriormente por insuficiência cardíaca, uma diferença
estatisticamente significativa em comparação com os pacientes do Fremantle
Diabetes Study (FDS).
Dos 1.185 indivíduos
sem insuficiência cardíaca no início do estudo, 31,8% foram hospitalizados por
insuficiência cardíaca ou morreram de insuficiência cardíaca durante o período
de acompanhamento. Em comparação com os controles, aqueles com diabetes tipo 2
tiveram uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver insuficiência
cardíaca durante o período de acompanhamento. Segundo dados do presente estudo,
os pacientes diabéticos têm seu primeiro evento de insuficiência cardíaca
quatro a cinco anos antes dos indivíduos sem diabetes e morrem quatro anos mais
cedo após o evento de insuficiência cardíaca.
Na análise, os
pacientes diabéticos apresentaram a primeira internação por insuficiência
cardíaca, em média, na idade de 75 anos em comparação com 80 anos nos controles
equivalentes para idade e sexo. A idade de morte entre os pacientes diabéticos
após o primeiro evento de insuficiência cardíaca foi de 79 anos nos pacientes
do estudo FDS versus 83 anos entre os pacientes não diabéticos que
desenvolveram insuficiência cardíaca.
Além dos fatores de
risco estabelecidos para a insuficiência cardíaca, a hiperfiltração renal
[definida como uma relação de filtração glomerular estimada (eGFR)> 90 mL
/min] foi identificada na modelagem de riscos proporcionais de Cox como fator
de risco potencialmente novo para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca.
A insuficiência
cardíaca é uma complicação muito comum do diabetes tipo 2, cerca de 30% dos
diabéticos tipo 2 passam a desenvolver ou morrer de insuficiência cardíaca.
Fonte: 75°
Sessão Científica da American Diabetes Association, em 9 de junho de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Diabéticos desenvolvem insuficiência cardíaca
e morrem mais cedo por esta doença do que os não-diabéticos: Fremantle Diabetes
Study. Disponível em:
.
Acesso em: 17 jun. 2015.
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