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sexta-feira, 24 de maio de 2013

LEITURA -Barnabé e Paulo em Antioquia da Psídia

Teologia
 Leitura

Barnabé e Paulo em Antioquia da Psídia

Paulo e os seus companheiros navegaram da cidade de Pafos até Perge, uma cidade da província da Panfília. Porém João Marcos os deixou e voltou para Jerusalém. Eles continuaram a viagem, indo de Perge até a cidade de Antioquia, no distrito da Pisídia. No sábado entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois da leitura da Lei de Moisés e dos livros dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer a eles:
— Irmãos, se vocês têm alguma palavra para animar o povo, podem falar agora.
Então Paulo se levantou, fez um sinal com a mão, pedindo silêncio, e começou a dizer:
— Homens de Israel e todos vocês não judeus que temem a Deus, escutem! O Deus do povo de Israel escolheu os nossos antepassados quando moravam na terra do Egito e fez deles um grande povo. Ele os tirou de lá com grande poder e, no deserto, aguentou aquela gente durante quarenta anos. Ele destruiu sete povos na terra de Canaã, e o povo de Israel se tornou dono das terras deles. Tudo isso levou uns quatrocentos e cinquenta anos.
— Depois disso Deus lhes deu juízes, até o tempo de Samuel. Quando o povo pediu um rei, ele lhes deu Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim, para ser rei deles durante quarenta anos. Depois que tirou Saul, Deus pôs Davi como rei e disse isto a respeito dele: “Encontrei em Davi, filho de Jessé, o tipo de pessoa que eu quero e que vai fazer tudo o que eu desejo.” Um dos descendentes de Davi foi Jesus, a quem Deus pôs como Salvador de Israel, como havia prometido. Antes da vinda de Jesus, João Batista anunciou a sua mensagem a todo o povo de Israel, dizendo que eles deviam se arrepender e ser batizados. Mas, quando João estava terminando a sua missão, disse ao povo: “Quem é que vocês pensam que eu sou? Eu não sou aquele que vocês estão esperando. Mas escutem! Ele vem depois de mim, porém eu não mereço a honra de tirar as sandálias dos pés dele.”

Atos 13.13-25

EDUCAÇÃO - Uma perspectiva transdisciplinar das relações pedagógicas

Educação
Uma perspectiva transdisciplinar das relações pedagógicas

Fernando Hernández

Adotar um enfoque transdisciplinar permite conceber a aprendizagem como um processo de indagação, no qual se relacionam diferentes campos de conhecimento e de saberes

A coordenação da escola, em seu afã de avançar na atualização pedagógica, sugeriu-me que explorasse junto aos professores possibilidades de estabelecer alguns vínculos com a perspectiva educativa dos projetos de trabalho (PEPT). A fragmentação e o grande número de matérias do currículo, os horários, as condições de trabalho dos professores e o fantasma do vestibular apareceram como barreiras para organizar nexos entre as disciplinas. Nexos que poderiam ser estabelecidos a partir de estratégias de pesquisa compartilhadas ou da possibilidade de coordenação de alguns professores em torno de um problema emergente passível de ser abordado de diferentes perspectivas disciplinares.
          A impressão que me ficou da conversa foi que as dificuldades decorrentes da rigidez da “gramática” do ensino médio (organização rígida e fragmentada de tempos e espaços, livros didáticos como fonte predominante de informação, professores com trabalho em várias escolas, grupos numerosos de jovens nas salas de aula, demandas das universidades, identidade dos docentes vinculada às suas disciplinas, etc.) sobrepunham-se aos desejos de colaboração e à consideração de que poderia haver outras maneiras de aprender. As dificuldades são ainda maiores quando é preciso responder, através da educação escolar, a um mundo volátil, incerto, cambiante e ambíguo (um mundo VICA).
          Em face dessa realidade, adotar um enfoque transdisciplinar pode ser uma alternativa para enfrentar o desafio, na medida em que, como veremos, permite conceber a aprendizagem como um processo de indagação, no qual se relacionam diferentes campos de conhecimento e de saberes, vinculando-se à compreensão e à práxis de problemas reais. Nesse sentido, não há separação entre quem conhece e o que conhece e/ou procura compreender.


    A transdisciplinaridade como conhecimento de si e do mundo 

          
Influenciado pelo pensamento de Edgar Morin (1981) e seu apelo a “pôr o saber em ciclo”, em vez de continuar “enciclopediando” — como propõe o currículo escolar —, escrevi em 1988 um artigo que foi o antecessor da PEPT. Refiro-me a La globalización mediante projetos de trabajo. Nesse artigo, inspirado em minha tese de doutorado sobre a psicologia ecológica e o pensamento sistêmico, e como resultado da reflexão sobre as experiências pedagógicas como professor e assessor, falava da necessidade de favorecer nos alunos “um sentido da aprendizagem que deve ser relacional quando se propõe aproximar-se da complexidade do conhecimento”.
           Sem saber então, o que Morin dizia — e que intuí como um desafio para levar à escola — era que são os problemas “que requerem a convergência de conhecimentos e não a obrigatoriedade de um programa de curso” ou o conteúdo de um livro didático. O que eu não sabia, como depois descobri com Gaston Pineau (2010), é que essa proposta de globalização estava ligada a um enfoque transdisciplinar que fazia parte de um movimento na pesquisa em torno das relações entre as disciplinas. Esse movimento, que vinha sendo forjado desde a década de 1980, sustenta que existem fontes de saber que não estão necessariamente nas disciplinas e que toda pessoa pode ser uma fonte de saber. Por isso, a transdisciplinaridade não deveria ser vista como uma moda, já que se situa em um processo histórico de longo percurso.
           Indicado o ponto de partida, faço agora a necessária distinção. A diferença entre enfoque transdisciplinar e multidisciplinar é que este último enfatiza a justaposição entre as disciplinas ou conhecimentos, mas sem estabelecer uma interação entre elas. É o que se observa, por exemplo, nas propostas que articulam as diferentes matérias do currículo em torno de um tema. Quando se propõem interações, podemos falar de interdisciplinaridade. É o que ocorre comumente com aqueles que utilizam uma versão linear dos projetos de trabalho. Apenas quando se estabelecem relações recíprocas, quando se pensa e se indaga em rede, é que tem sentido utilizar o prefixo trans, que significa “dentro, através e mais além”, como nos diz Pineau: “Vê-se então como nasce o movimento. Não se está fixo, mas em movimento”.
          Dessa perspectiva, se examinarmos sem preconceitos corporativistas a prática da pesquisa nas ciências experimentais e sociais e nas tecnologias, veremos que nessas três décadas foi-se configurando uma crescente aproximação transdisciplinar no momento de organizar grupos e projetos de pesquisa. Nesse contexto, a transdisciplinaridade caracteriza-se pela formulação explícita de uma terminologia compartilhada e por uma metodologia comum que transcende as disciplinas.
           A partir daí, a cooperação entre pesquisadores consiste em trabalhar diferentes temas, porém conforme um referencial comum que é determinado pelas disciplinas implicadas na pesquisa e exigido pela complexidade dos problemas estudados. A transdisciplinaridade representa, então, a ideia de que a pesquisa baseia-se em um referencial teórico de compreensão compartilhado e de uma interpretação recíproca das epistemologias disciplinares.
           Assim, o que inicialmente foi um programa de pesquisa, que inclusive podemos detectar na teoria do ator em rede ou nas formulações sobre o pensamento complexo, chegou a ser proposto, como registra Lola Jurado (2010), como uma forma de conceber, analisar e atuar na realidade que nos rodeia, religando o conhecimento e a experiência à vida. A partir dessa concepção, tenta-se dar respostas às problemáticas sociais que requerem diversas práxis, integrando uma visão mais ampla e global da relação “humanidade-natureza”, em vez de considerar que as disciplinas que estudam essa relação sejam separadas por métodos específicos ou de pretender a unificação de ciências em um pseudossincretismo uniformizante.
           Vale a pena reler a frase para entender o sentido de “religar” conhecimento, experiência e práxis que nos oferece como base de um enfoque transdisciplinar. Esse enfoque pode ser vinculado ainda ao que passou a ser chamado de modo 2 de conhecimento (Nowotny, Scott e Gibbons, 2010), que é aquele gerado em um contexto de aplicação e de implicação. Tem um caráter transdisciplinar (baseado nas relações recíprocas e não subordinadas das disciplinas) e projeta-se tanto nos referenciais teóricos quanto nas práticas sociais. Refere-se a um conhecimento incorporado nas pessoas, e não apenas codificado nas publicações. Ele revela a heterogeneidade dos atores do conhecimento, que transcendem os produtores, os usuários, etc. No modo 2, a razão reside nas coletividades, e não nos sujeitos individuais. Não é uma formulação teórica, mas tem sua expressão em termos práticos nas organizações, como os grupos de pesquisa.
          Para problematizar a organização do ensino e da aprendizagem no ensino médio a partir desse modo de conhecer e de gerar conhecimento, é preciso examinar o que diz o coletivo Espai en blanc: “Romper com toda uma série de dualidades paralisantes: dentro/fora da academia; teoria/prática; sujeito/objeto. Em outras palavras, não nos colocamos fora porque não existe lado de fora; procuramos pensar a teoria já como uma prática e queremos romper também com a ideia de um sujeito que pensa objetos de conhecimento e de espectadores que ouvem […] para assim poder pensar o que nos acontece e o que acontece” (Garcés e López Petit, 2012, p. 135).
          Estamos, portanto, diante de uma concepção de modos de ser e de estar para os quais confluem e interagem, de maneira relacional e extensa, aqueles que conhecem e o processo de indagação sobre as fontes e modos de conhecer. Essa vinculação é estimulada com a finalidade não apenas de expandir as formas de indagação e compreensão, mas também de intervir na realidade para transformá-la.

          Levar a transdisciplinaridade ao ensino médio

         
O efeito de levar essa concepção da transdisciplinaridade sobre a experiência relacional de conhecer(-se) é que aprender no ensino médio adquire um novo sentido: envolver-se de maneira apaixonada no processo de aprender-conhecer-saber. Para enfrentá-lo, é preciso não apenas vontade política, mas também algo mais radical: romper a lógica do pensar direcional, fragmentário e reprodutivo, quebrando a crença naturalizada de que a educação escolar não pode ser pensada fora do pensamento único dominante.
           Isso implicaria deixar de transmitir e reproduzir informações (que podem ser encontradas no Google) e abrir-se a um processo de conhecer em que as informações são questionadas, contextualizadas e postas em relação para constituir, em um processo relacional, experiências de saber nas quais aquele que aprende sente-se envolvido com o que aprende, porque o que aprende tem a ver com o indivíduo e com a sua necessidade de dar sentido ao mundo, à sua relação com os outros e consigo mesmo.
          Para isso, é necessário transitar de uma informação declarativa a processos de indagação em torno de problemas relacionados com situações da vida real que requerem conhecimentos disciplinares, mas também externos às disciplinas: por exemplo, conhecimentos da experiência e da memória dos atores que intervêm nos processos dos quais nos aproximamos. Pode-se favorecer esse modo de conhecer quando se promovem circunstâncias (o educador como “criador de circunstâncias” de que falava Ferdinand Deligny) em que se experimenta o aprender estabelecendo relações, nexos entre os que aprendem, aquilo sobre o que se indaga e os modos de constituir-se em sujeitos de saber.


                   Uma oportunidade que se abre

         
Quando estava terminando este artigo, tive conhecimento de que, em agosto de 2012, o Ministério da Educação do Brasil levantou a possibilidade de agrupar as 13 disciplinas que constituem o currículo do ensino médio em quatro blocos: ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia), ciências da natureza (biologia, física e química), linguagens e códigos (inglês, espanhol, português, artes e educação física) e matemática (como área isolada). Com essa decisão, penso que se deu um primeiro passo para superar a concepção fragmentada do tempo, do conhecimento, da docência, do aprender e dos sujeitos que rege o ensino médio.
          Cabe agora, além de celebrar essa porta que se abre, começar a descobrir como concretizar essa possibilidade nas atuais estruturas organizacionais das escolas e nas referências identitárias dos docentes (que representam a si mesmos como professores de uma disciplina). Vale a pena aceitar o desafio que pressupõe poder construir projetos transdisciplinares para a emancipação e o pensamento crítico em um mundo repleto de contradições — um mundo em que a desordem pode ser vista como sintoma de mudança e a dúvida como estratégia de reflexão para continuar aprendendo.
·         Fernando Hernández é doutor em Psicologia e professor da Universidade de Barcelona (Espanha).fdohernandez@ub.edu
 
Créditos das imagens:
Foto de ©iStockphoto.com/DonNichols

REFERÊNCIAS

·         GARCÉS, M.; LÓPEZ PETIT, S. Reinventado Espai en blanc. In: RIBAS LOZANO, A.; GARCÍA-GONZÁLEZ, M.; ÁLVAREZ VINGUER, A.; ORTEGA SANTOS, A. (orgs.) Tentativas, contagios, desbordes: territorios del pensamiento. Granada: Universidad de Granada, 2012. p. 133-152.
HERNÁNDEZ, F. La globalización mediante proyectos de trabajo. Cuadernos de Pedagogía, n. 155, p. 54-59, 1988.
JURADO, L. Meta-transdisciplinariedad y educación. Rizoma freireano, n. 6, 2010. Disponível em:
 http://www.rizoma-freireano.org/index.php/rizoma-freireano-6-meta-transdisciplinariedad-y-educacion.
MORIN, E. El método: la naturaleza de la naturaleza. Madrid: Cátedra, 1981.
PINEAU, G. Estrategia universitaria para la transdisciplinariedad y la complejidad. Rizoma freireano, n. 6, 2010. Disponível em:
 http://www.rizoma-freireano.org/index.php/estrategia-universitaria-para-la-transdisciplinariedad-y-la-complejidad-gaston-pineau.
NOWOTNY, H.; SCOTT, P.; GIBBONS, M. Re-thinking science: knowledge and the public in an age of uncertainity. Cambridge: Polity Press, 2001.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Leitura - Conselhos para viver bem


Teologia
  Leitura

Conselhos para viver bem

Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.
Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atento à sua súplica; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.
Ora, quem é o que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?
Mas também, se padecerdes por amor da justiça, bem-aventurados sereis; e não temais as suas ameaças, nem vos turbeis;
antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós;
tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, fiquem confundidos os que vituperam o vosso bom procedimento em Cristo.
Porque melhor é sofrerdes fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que fazendo o mal.

Pedro (I) 3:10-17

LEITURA - Barnabé e Saulo em Chipre


TEOLOGIA
   LEITURA

Barnabé e Saulo em Chipre

Barnabé e Saulo, tendo sido enviados pelo Espírito Santo, foram até a cidade de Selêucia e dali embarcaram para a ilha de Chipre. Quando chegaram à cidade de Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas. E eles tinham João Marcos para ajudá-los no trabalho missionário. Eles atravessaram toda a ilha, chegando até a cidade de Pafos.
Ali encontraram um judeu que era mágico e falso profeta, chamado Barjesus. Ele era amigo de Sérgio Paulo, o governador da ilha, que era um homem muito inteligente. O Governador mandou chamar Barnabé e Saulo, pois queria ouvir a palavra de Deus. Mas o mágico Elimas (este é o nome dele em grego) era contra os apóstolos. Ele não queria que o Governador aceitasse a fé cristã. Então Saulo, também conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo, olhou firmemente para Elimas e disse:
— Filho do Diabo! Inimigo de tudo o que é bom! Homem mau e mentiroso! Por que é que você não para de torcer o verdadeiro ensinamento do Senhor? Agora escute! O Senhor vai castigá-lo. Você ficará cego e não verá a luz do sol por algum tempo.
No mesmo instante Elimas sentiu uma nuvem escura cobrir os seus olhos e ele começou a se virar para todos os lados, procurando alguém que o guiasse pela mão. Quando o Governador viu isso, creu e ficou muito admirado com os ensinamentos a respeito do Senhor Jesus.

Atos 13.4-12

EDUCAÇÃO - ESTUDAR É MESMO UM “SACO”?


EDUCAÇÃO

ESTUDAR É MESMO UM “SACO”?


        Se é isso que você costuma ouvir do seu aluno, ele provavelmente é muito inteligente, observador, interessado em assuntos alheios à escola e tem energia sobrando para esportes e hobbies.
        Apesar disso, muitas vezes, não sabe como utilizar essas habilidades para obter um aproveitamento escolar compatível com seu potencial. O estudante rotulado “vagal”, que com frequência faz parte da turma do “fundão”, é prova da existência de grandes potenciais desperdiçados. Esse discente normalmente não chega a sentir sua inteligência desafiada o suficiente pelo processo de aprendizagem. Por isso, não responde a ele.
        O aluno quando estuda, não separa a parte que aprende da que ficou triste por brigar com a sua mãe, da que está “nas nuvens” por uma nova paixão ou da magoada bronca do professor.
        Aprender exige motivação, que depende muito dos sentimentos, emoções e vivências de cada.
        O estudante precisa sentir-se valorizado, respeitado e seguro: o mau desempenho na escola provoca queda na autoestima, levando muitas vezes, a criança ou adolescente a “entregar os pontos”. Se ele não se sentir parte do processo de aprendizagem, sua tendência será a de excluir a si próprio do processo.
        A inteligência segue o desejo . Se o desejo não estiver no aprendizado, a inteligência também não estará.
MAS, ONDE ESTÁ O PROBLEMA?
            As questões mais frequentes apresentadas pelos discentes:
·        Dificuldade de organização para os estudos e de administração do tempo;
·        Falta de concentração e paciência;
·        Medo de tentar coisas novas e medo de errar ( errar é um aprender);
·        Dificuldades em geral com raciocínio ou específicas como u leitura/escrita ou números;
·        Dificuldade na transição do 5º para o 6º ano e do 9º para o 1º ano do Ensino Médio.
O QUE PODE SER FEIRO?

        Ensinar não é “dar matéria”, ensinar é fazer aprender. Educar é fazer pessoas aprenderem a ser felizes, assim podemos, por exemplo:
·        Promover o encontro do prazer com o processo de aprendizagem;
·        Redespertar o desejo pelo conhecimento ( que é parte da natureza humana);
·        Ligar o conhecimento à realidade ( para que ele faça maior sentido à vida de quem aprende);
·        Trabalhar de forma a que o discente conheça suas potencialidades e aprenda a usá-las;
·        Ajudar cada um a descobrir suas vocações, elevar sua autoestima e adquirir autonomia ( saber “ se virar” sozinho).
A partir dos dons, talentos e vocações presentes em cada indivíduo, estimular habilidades, autoestima e autonomia, para que esse indivíduo aprenda a aprender e se torne o principal agente de seu próprio processo de aprendizagem...

MARIA DA GRAÇA BONFIM MURATORE, 1999

EDUCAÇÃO - PROVOCAÇÃO


Educação
Provocação
       
        “Começamos a escola do futuro no presente, as escolas que temos. Isto reclama de nós uma primeira atitude: a consideração da realidade, da situação das escolas que temos,  e o confronto do que temos com  o que queremos e precisamos construir. Quando se projeta tem-se sempre em mente um ideal.
        Confunde-se, ás vezes, inadequadamente, o ideal como algo irrealizável, que se classifica de utópico. O ideal é, sim, utópico, mas é preciso recuperar o sentido autêntico de utopia, que significa, na verdade, não algo impossível de ser realizado, mas algo ainda não realizado.
        Se apresentamos o ideal como algo desejado e necessário e que ainda não existe, precisamos justificar o “ainda não”. Para que não estejamos lidando com uma  fantasia, um devaneio, é preciso acrescentar que ele deve ser possível. O que ainda não é, pode vir a ser.
        É no próprio real que se encontram as possibilidades de realização de algo ideal. Por isso, é na escola real, aquela de nosso cotidiano, que vamos buscar o possível aquela que se construirá. Entretanto é necessário refletir sobre o que chamamos de possível. Muito frequentemente ele é confundido com algo estático, já dado na situação vivenciada – “Estamos fazendo o possível “ é o que ouvimos ser afirmado. Ora, o possível não se encontra pronto: ele pode estar presente imediatamente na situação, mas também é construído a partir dela. Muitas vezes ele se encontra escondido dentro da casca do impossível. Construir o possível significa explorar os limites, no sentido de reduzi-los, e as alternativas de ação, no sentido de ampliá-las.
        Para elaborar um promote é necessário , então, considerar criticamente – com clareza, profundidade e abrangência – os limites, as possibilidades do contexto escolar, definindo os princípios norteadores da ação, determinando o que queremos conseguir, estabelecendo caminhos e etapas para o trabalho, designando tarefas para cada um dos sujeitos envolvidos e avaliando continuando o processo e os resultados.”

TEREZINHA AZERÊDO RIOS, Significado e pressupostos do Promote Pedagógico, Ideias 15 – S.PAULO, FDE

quarta-feira, 22 de maio de 2013

EDUCAÇÃO FINANCEIRA - 7 Passos Para Você Conquistar Sua Independência Financeira


EDUCAÇÃO
FINANCEIRA

7 Passos Para Você Conquistar Sua Independência Financeira
Quem não quer alcançar a independência financeira? Acumular um patrimônio que seja possível viver apenas de rendimentos é o sonho de qualquer pessoa.
No entanto, muita gente acha que conquistar a independência financeira é impossível. E não é!
O objetivo deste artigo é mostrar como é possível caminhar em busca da independência financeira de uma forma consistente, organizada e disciplinada.

O que é Independência Financeira?


Para quem ainda não sabe, ser financeiramente independente significa não depender da renda do seu trabalho para sobreviver.
Em outras palavras, os rendimentos dos seus investimentos (aluguel de imóveis, dividendos de ações, cupons de títulos públicos…) são superiores às suas despesas mensais.
É importante não confundir a independência financeira como aposentadoria ou parar de trabalhar. Eu acredito que ser financeiramente independente é ser livre. Ter liberdade para trabalhar exclusivamente com o que gostamos.
Entendido o conceito, vamos aos 7 passos para conquistar a independência financeira.

Passo #1: Ganhar Dinheiro


Por mais óbvio que seja, só é possível acumular patrimônio se você tiver dinheiro para investir mensalmente. E só é possível ter dinheiro se você tiver uma fonte de renda. Logo, trabalhar é preciso.
Quando estamos focados em aprender a investir, muitas vezes colocamos nosso trabalho e desenvolvimento profissional de lado. E isso está errado.
Por melhor investidor que você seja, quando estamos começando, dificilmente a rentabilidade do seu investimento será maior que sua capacidade de investir (parte que sobra do salário para investir).
Por essa razão, seu principal foco deve estar em ganhar cada vez mais e gastar cada vez menos, para sobrar mais dinheiro e poder investir mais. O aporte é essencial.

Passo #2: Poupe para Acumular Patrimônio


De nada vai adiantar se você estiver ganhando cada vez mais dinheiro e gastar na mesma proporção.
Quem ganha muito dinheiro mas está pagando prestação do apartamento, prestação do carro e fatura de cartão de crédito, está apenas acumulando patrimônio para seu banco!
Dependendo da forma como lida com seu dinheiro, você pode ficar mais próximo da liberdade ou ficar cada vez mais preso ao seu trabalho.
Para uma melhor reflexão, recomendo a leitura do artigo “Poupe, Pare de Pagar Juros e Seja Feliz“.

Passo #3: Invista em Renda Variável


Essa é outra dica muito importante e que a maioria das pessoas teima em não seguir.
Mesmo que o mercado não tenha um desempenho consistente desde a crise financeira de 2008, ainda assim diversas empresas apresentam resultados excelentes, com lucros cada vez maiores ano a ano.
Isso significa que o valor de muitas empresas tem subido ano após ano e a cotação não representa esse valor. Em algum momento, o mercado será obrigado a precificá-la da forma correta.
Se você não se sente seguro para investir diretamente em ações, os fundos de índice são a melhor opção para começar.

Passo #4: Utilize a Estratégia de Alocação de Ativos


Alocação de Ativos é, sem dúvida alguma, a melhor estratégia para investir seu dinheiro.
Independente dos ativos que você escolher para compor sua carteira, essa estratégia é a melhor forma de balanceá-la e obter os melhores resultados.
Com a alocação de ativos, você tem quatro vantagens:
1.    Redução do risco de uma carteira de investimentos;
2.    Fácil de entender, simples de praticar e ideal para alcançar ótimos resultados;
3.    Menos custos, menos stress e mais tempo fora do mercado;
4.    Planejamento com foco no longo prazo.
Para entender cada uma dessas vantagens, recomendo a leitura do artigo “O Que é Alocação de Ativos?“.
E caso você queira se aprofundar ainda mais sobre essa estratégia, o melhor material em língua portuguesa é o eBook Alocação de Ativos, do especialista Henrique Carvalho.

Passo #5: Utilize os Juros Compostos a seu Favor


Reinvista toda sua rentabilidade. Simples assim.
Para que os juros compostos possam funcionar, basta duas coisas: reinvestimento da rentabilidade e tempo. Quanto mais tempo seu dinheiro estiver investido, maior a capacidade de acelerar o potencial de ganho do seu investimento inicial.
Sempre que seus títulos públicos gerarem cupons, suas ações pagarem dividendos, seus imóveis  ou fundos imobiliários renderem alugueis, estes valores devem ser reinvestidos.
Para entender melhor o conceito de juros compostos, recomendo a leitura do artigo “Juros Compostos: O Dinheiro Trabalhando Para Você“.

Passo #6: Trabalhe no que Você Gosta


Caso você ainda não trabalhe no que você gosta, não se preocupe: você não está cometendo nenhum pecado.
Muitas vezes temos que nos submeter (durante algum tempo) a algo que não nos dá prazer para alcançar uma coisa maior.
O erro, entretanto, está em não desenvolver projetos paralelos, tanto pessoais quanto profissionais, focando algum trabalho que realmente lhe dê prazer. Aquele trabalho que você faria até de graça. Mesmo que inicialmente não ganhe dinheiro com isso.
Quando fazemos algo bem feito, o dinheiro é uma consequência.
Durante mais de 3 anos, o que eu ganhava com o Quero Ficar Rico mal dava para manter o site (domínio, hospedagem, servidor de e-mail…).
Ainda assim isso nunca fez a menor diferença. Por duas razões: (1) Eu sempre tive prazer em escrever e ajudar pessoas e (2) sempre tive a certeza que teria um retorno financeiro com o blog. Só não sabia como.
Atualmente eu poderia largar meu trabalho e viver apenas do Quero Ficar Rico. Ainda não tomei essa atitude porque gosto do meu trabalho (além do blog) e fico mais próximo dos meus objetivos financeiros.
Uma ótima reflexão sobre esse tema está no artigo “E se não existisse dinheiro?“.

Passo #7: Busque SEMPRE Qualidade de Vida


De nada vai adiantar alcançar a independência financeira se você se privou de tudo para juntar dinheiro, trabalhou diariamente 12 horas, não aproveitou seus finais de semana ou esteve próximo de quem você ama.
O caminho para a independência financeira deve sempre ser trilhado em paralelo com a qualidade de vida.
Trabalhar com algo bacana, divertir-se, viajar, curtir seus familiares e amigos; todas essas atividades estão relacionadas com ter qualidade de vida.
Aproveite seu tempo da melhor maneira possível, tentando sempre estar próximo às pessoas que realmente são importantes para você.

Como sempre, tenho uma pergunta para você…


O que você achou dessas dicas? Acredita que algum está equivocado? Acha que existe algo importante na caminhada para a independência financeira que não foi mencionado?
Então não pense duas vezes: deixe um comentário e participe dessa discussão.
Até a próxima!

Publicado em 21.05.2013 por Rafael Seabra em Educação Financeira