virtudes
Leitura
Quando
“ele” chegar
Pelo menos uma vez
na vida a gente se arruma para encontrar o "o amor da nossa vida".
Decide ir a um
evento, porque "ele" pode estar lá. Bota a melhor roupa, o
melhor perfume, o melhor sapato. Se reveste de esperança e sai em busca daquele
que deve chegar. Mas, nunca se sabe quando, porque ele não usa relógio. Não
conhece o tempo.
Tem gente que se
arruma para encontrar o "amor da vida" todo dia.
Mas, não há hora
marcada, justamente porque a ansiedade só dificulta as coisas dentro e fora da
gente.
O amor chega sem
avisar. Não espera a gente emagrecer dez quilos, aumentar o comprimento do
cabelo ou fazer desaparecer aquela espinha medonha no meio do rosto.
O amor chega de
repente. E a gente pode estar mulambenta mesmo. Porque o amor vai nos querer
assim mesmo. Porque o "assim mesmo" é o que nos faz interessante.
O amor não quer
saber de conta corrente nem do que a gente tem além de si próprio, porque isto
é o bastante.
O amor não pergunta
por onde você esteve, mas porque não encontrou a gente antes.
O amor não julga.
Apenas aceita.
O amor não pede para
a gente silenciar. Mas, toca todos os nossos instrumentos ao mesmo tempo. Faz
música. Faz sentido. Faz rebuliço.
O amor escuta a voz
da gente e gosta dela mesmo quando rouca.
O amor abraça os
nossos defeitos e enumera as nossas qualidades.
O amor não espera a
gente se arrumar. Nos desarruma, desarranja aquelas convenções bobas que a
gente vinha se acostumando.
O amor sorri com os
olhos. E nos reconhece.
Porque tudo tem o
tempo certo para acontecer.
E porque sempre
haverá a pessoa certa.
Portadora do amor.
E amor
personificado.
GÊNESIS
49:29-50:14
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