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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

teologia - O SENHOR É O MEU REFÚGIO!

Teologia
O Senhor é o meu refúgio!
1Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.
2Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.
3Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.
4Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força.
5Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como outros homens.
6Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno.
7Os olhos deles estão inchados de gordura; eles têm mais do que o coração podia desejar.
8São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente.
9Põem as suas bocas contra os céus, e as suas línguas andam pela terra.
10Por isso o povo dele volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem.
11E eles dizem: Como o sabe Deus? Há conhecimento no Altíssimo?
12Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas.
13Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência.
14Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã.
15Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos.
16Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso;
17Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.
18Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.
19Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.
20Como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.
21Assim o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins.
22Assim me embruteci, e nada sabia; fiquei como um animal perante ti.
23Todavia estou de contínuo contigo; tu me sustentaste pela minha mão direita.
24Guiar-me-ás com o teu conselho, e depois me receberás na glória.
25Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.
26A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre.
27Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se desviam de ti.
28Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor DEUS, para anunciar todas as tuas obras.

 SALMOS 73  




segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

LEITURA - O sofrimento e a vitória do servo de Deus

Teologia
LEITURA
O sofrimento e a vitória do servo de Deus
O SENHOR Deus diz:
“Tudo o que o meu servo fizer dará certo;
ele será louvado
e receberá muitas homenagens.
Muitos ficaram horrorizados quando o viram,
pois ele estava tão desfigurado,
que nem parecia um ser humano.
Mas agora muitos povos ficarão admirados quando o virem,
e muitos reis não saberão o que dizer.
Pois verão coisas de que ninguém havia falado,
entenderão aquilo que nunca tinham ouvido.”
Isaías 52.13-15
   




VIRTUDES

Por pouco e para sempre

Gosto do clima de Natal e das coisas boas que os seres humanos são capazes de fazer quando se irmanam no sentimento de fazer o bem. Vemos muita generosidade, visitas a doentes, idosos, crianças carentes. A esperança renasce nos corações outrora embrutecidos pelas mazelas do dia a dia: trânsito infernal, falta de educação em número grau, egoísmo, inveja.
Tanta gente se solidariza com as tristezas do próximo e estende a mão. Doa tempo, doa carinho, doa presentes materiais. E isto é tão bonito! 
Tão gratificante! Pena que dura quase nada, como aquele doce da vovó na mesa da ceia.
A gente pode fazer mais e sabemos que, unidos, podemos fazer mais ainda. Afinal, a caridade é uma virtude que se exercita, se pratica continuamente e não apenas nesta época do ano, em que vale apenas uma visitinha num local carente para depois aparecer só no Natal do 
ano que vem (e olha lá). “Já fiz a minha parte”, há quem diga para si a fim de eximir-se de outros pecados da humanidade. 
Temos tempo para muitas coisas no nosso dia a dia. Doutrinamo-nos a ir à academia com uma religiosidade ímpar. Sabemos de cor e salteado as falas dos personagens da novela das nove e, por vezes, até adiantamos diálogos, quando nos dispomos a ler as revistinhas com os resumos dos capítulos. Temos tempo (e dinheiro) para o cinema e para a cervejinha gelada. Temos tempo para as baladas, para os jogos de futebol, para os happy hours da vida e para reclamarmos de tudo e mais um pouco.
Admiro muitas pessoas! As que sabem cozinhar com primazia. As que sabem ouvir e aconselhar. As que sabem contar histórias e as que sabem ficar em silêncio quando o que a gente precisa é de um abraço, um conforto emocional, maior do que palavras. Cada um tem um dom, algo presenteado por Deus, que precisa ser exercitado: afinal, não se coloca uma luz dentro da gaveta para ficar escondida. 
Assim, se cada um usar um pouco disto para a caridade, durante o ano todo, podemos ter mais  refeições feitas com amor aos mais necessitados, podemos ter gente aconselhando os que não estão no bom caminho, podemos ter histórias encantadoras a crianças e adultos que não sabem ler, podemos ter mais abraços e afagos em silêncio do que fogos de artifício de violência e desamor.
Podemos fazer mais, mesmo que isto seja pouco. E se cada um fizer mais, mesmo que seja pouco, já é um montão de gente fazendo pouco, mas fazendo o bem. Como diz a minha mãe: “O pouco com Deus é muito”. E assim podemos estar um pouco mais caridosos e muito mais humanos.

VIRTUDES - ALÉM DO ESQUADRO

VIRTUDES

Além do esquadro

Há dias em que não há tempo. Tempo a perder. Tempo para pensar.
Há dias em que há tempo de esquecer. Porque algumas lembranças doem.
Há dias em que não há tempo. Porque ele, simplesmente, parou.
Parou nos sonhos adolescentes ou nos desejos juvenis.
Parou num olhar de busca, numa luz continuada, encontrada em um outro olhar comum. Parou.
Por um triz. E um triz foi tanto tempo.
O tempo parou. Parou-me.
Parou para me fazer sorrir. Por um triz.
Parou para me colocar na poltrona 33.
E me levar além.
Do esquadro.
Da Square.
Da Times Square.

M.Kikuti

VIRTUDES - NÃO MOLHA...

VIRTUDES


Não molha…

Debaixo da chuva, era difícil carregar tudo o que havia em si. Havia um peso a mais, naquela água que encharcava a roupa.
Enquanto uns se abrigavam como podiam, outros viam as angústias escorrerem pela face, sem medo de molharem-se de novo.
Debaixo da chuva, todos eram iguais, embora houvesse tanta diferença.
O peso aliviou-se, quando, após um tempo, a chuva tinha virado mero detalhe. A roupa molhada não era mais do que tecido ensopado em um corpo ávido por uma quentura que vem dos bons sentimentos.
As pequenas luzes de Natal irradiavam uma energia de bons presságios, daquelas descobertas bem próximas, embora ainda não se saiba quanto tempo ainda vai levar para que venham à tona.
Não importa.
Se chove lá fora, não molha aqui dentro.
Se chove lá fora, não molha sentimentos, já encharcados de tudo o que é bom. 

domingo, 29 de dezembro de 2013

LEITURA - O CÂNTICO DE SIMEÃO

Teologia
Leitura
O cântico de Simeão
— Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste
e já podes deixar este teu servo partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação,
que preparaste na presença de todos os povos:
uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus
e para dar glória ao teu povo de Israel.
Lucas 2.29-32
   




quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

TEOLOGIA - NATAL: FESTA PAGÃ QUE SE TORNOU CRISTÃ

Teologia
NATAL: FESTA PAGÃ QUE SE TORNOU CRISTÃ
Enfeitar uma árvore, iluminar as casas e as ruas, trocar presentes, reunir a família e os amigos ao redor de uma farta ceia: são apenas algumas características do Natal herdadas de tradições pagãs muito mais antigas do que o próprio Cristo;
Parece incrível, mas a escolha da data não tem nada a ver com o nascimento de Jesus. Os romanos aproveitaram uma importante festa pagã realizada por volta do dia 25 de dezembro e "cristianizaram" a data, comemorando o nascimento de Jesus pela primeira vez no ano 354. Aquela festa pagã, chamada de Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invencível"), era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. As comemorações aconteciam durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano. No hemisfério norte, o solstício não tem data fixa - ele costuma ser próximo de 22 de dezembro, mas pode cair até no dia 25.
A origem da data é essa, mas será que Jesus realmente nasceu no período de fim de ano? Os especialistas duvidam. "Entre os estudiosos do Novo Testamento e das origens do cristianismo, é consenso que ele não nasceu em 25 de dezembro", afirma o cientista da religião Carlos Caldas, da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Na Bíblia, o evangelista Lucas afirma que Jesus nasceu na época de um grande recenseamento, que obrigava as pessoas a saírem do campo e irem às cidades se alistar. Só que, em dezembro, os invernos na região de Israel são rigorosos, impedindo um grande deslocamento de pessoas. "Também por causa do frio, não dá para imaginar um menino nascendo numa estrebaria. Mesmo lá dentro, o frio seria insuportável em dezembro", diz Caldas. O mais provável é que o nascimento tenha ocorrido entre março e novembro, quando o clima no Oriente Médio é mais ameno.
O Natal como dia do nascimento de Jesus Cristo surgiu em tempos bem mais recentes, ao redor do século 4 da nossa Era. Até então, essa era a data de algumas das mais importantes celebrações do calendário pagão.
Tudo surgiu devido às muitas dúvidas relacionadas ao dia correto do nascimento de Jesus. Até hoje não existem referências históricas precisas capazes de atestar essa data. Os próprios Evangelhos, surgidos 3 ou 4 séculos depois da sua morte, não fazem nenhuma referência nem ao dia, nem ao mês, nem ao ano em que o Senhor apareceu na Terra.
Nos primeiros séculos de sua existência, a jovem comunidade cristã não festejava o nascimento de Jesus. Com o transcorrer das décadas e dos séculos, à medida em que a Igreja crescia e ganhava poder, surgiu a necessidade de conter e integrar os cultos pagãos – ainda muito numerosos na Europa e no Oriente Médio - e de englobá-los no seio da organização cristã. Celebrar solenemente o dia do nascimento de Jesus foi uma das muitas medidas implementadas nesse sentido.
No início, as datas mais disparatadas foram escolhidas para as comemorações: 6 de janeiro, 25 de março, 10 de abril, 29 de maio. A Igreja do Oriente se decidiu afinal pelo dia 6 de janeiro que era, para os gregos, o dia da Epifania (aparição) do deus Dionísio. A Igreja do Ocidente escolheu oficialmente a data de 25 de dezembro em meados do quarto século depois de Cristo. O objetivo da eleição era fazer coincidir o nascimento de Jesus com as festividades do solstício de inverno e do nascimento do Sol, fenômenos celebrados há tempos imemoriais pelos povos europeus.
Em ambos os casos, tudo que o cristianismo fez foi incorporar no seu próprio calendário de celebrações as tradições populares pré-existentes.
Os doutores da Igreja, na verdade, perceberam que os próprios cristãos manifestavam forte inclinação para aqueles festejos pagãos, e seria muito difícil desviá-los dessa tendência. Melhor seria trazer os cultos pagãos para dentro da Igreja, e dessa forma melhor controlá-los. Ficou assim estabelecido que a Natividade seria solenizada naquele dia e a Festa da Epifania no dia 6 de janeiro. Essa origem pagã da festa de Natal é reconhecida inclusive por Santo Agostinho, que exortava seus irmãos cristãos a não celebrarem o Sol naquele dia solene, como faziam os pagãos, e sim celebrarem "Aquele que tinha criado o Sol".
Essa mesma tática deu origem a muitas outras festas do calendário cristão, entre elas a Páscoa, as festas juninas, o Dia dos Mortos e o de Todos os Santos – todas elas eram festividades pagãs que foram incorporadas pela Igreja.
Ao redor do ano 1100, o Natal se tornara a festa religiosa mais importante em toda a Europa. Sua popularidade cresceu até a Reforma, quando muitos cristãos começaram a considerar o Natal uma festa pagã. Na Inglaterra e em algumas colônias americanas foi inclusive considerada manifestação fora da lei. Mas isso durou pouco. Logo o Natal reconquistou o primeiro posto entre as celebrações cristãs, sendo até hoje a festa mais amada.
No Natal, a festa cristã se entrecruza com a tradição popular de origem pagã. Antes do Natal cristão, existia a Festa do Fogo e a do Sol, pois essa época do ano é a do solstício de inverno, ou seja, o dia mais curto do ano no hemisfério norte. A partir dessa data (ao redor do dia 22 de dezembro) as horas de luz começam a ser mais longas a cada dia.
Essa inversão astronômica da rota solar constitui o cerne da questão para todo aquele que deseja compreender o real por quê da escolha de 25 de dezembro como data do nascimento do Cristo. Essa inversão trará de volta a primavera dentro de 3 meses. Quase todas as culturas antigas festejavam o evento. Todas as atividades humanas (caça, pastoreio e agricultura) eram ligadas ao fim do inverno e ao alternar-se das estações. Nos meses mais frios as pessoas permaneciam trancadas em casa, consumindo o alimento acumulando durante o ano, na esperança de que as reservas fossem suficientes. Superar a metade do inverno era, portanto, motivo de regozijo e de esperança de sobrevivência.
A festa do solstício cai no período entre 21 e 24 de dezembro por um simples motivo astronômico: nessa fase, aos olhos de um observador ou de um astrônomo, o sol parece ficar parado no horizonte, para depois inverter sua rota e retomar seu movimento em direção à primavera a partir do dia 25 de dezembro. Dessa mesma origem deriva uma importante festa da Roma Antiga, celebrada a 25 de dezembro, a festa dedicada ao deus Mitra, divindade solar muito cultuada pelos soldados e pelas populações das zonas de fronteira. A grande Festa do Sol, na mesma data, tinha a característica de integrar as religiões das diversas populações europeias sob o domínio do vasto império romano. Quase todas elas celebravam a 25 de dezembro o solstício de inverno. A festa era muito parecida às atuais celebrações do Natal cristão, com ritos coletivos e festas familiares.
Na Roma Antiga festejavam-se as Saturnálias em homenagem a Saturno, deus da agricultura. Era um período de paz e de recolhimento (meio do inverno), quando as pessoas trocavam presentes, e amigos e familiares se reuniam em suntuosos banquetes. Os celtas, outra etnia majoritária na Europa naqueles tempos, festejavam por seu lado o próprio solstício de inverno.
No ano 274 depois de Cristo, o imperador Aureliano decidiu que no dia 25 de dezembro fosse festejado o Sol. Disso deriva a tradição do "tronco natalício", grande pedaço de madeira que nas casas deveria queimar durante 12 dias consecutivos e deveria ser preferivelmente de carvalho, madeira propiciatória. Dependendo do modo como ela queimava, os romanos faziam presságios para o futuro. Nos dias de hoje, o tronco natalício se transformou nas luzes e velas que enfeitam e iluminam as casas, árvores e ruas.
E a onipresente árvore de Natal? Também ela pertence à tradição pagã europeia. A imagem da árvore (especialmente as que são perenemente verdes, resistentes ao inverno, como os pinheiros) constitui um tema pagão recorrente, céltico e druídico, presente tanto no mundo antigo quanto no medieval, de onde foi assimilado pelo cristianismo. A derivação do uso moderno dessas tradições, no entanto, não foi provada com certeza. Ela remonta seguramente pelo menos à Alemanha do século 16. Ingeborg Weber-Keller (professor de etnologia em Marburgo) já identificou, entre as primeiras referências históricas da tradição, uma crônica de Bremen de 1570, segundo a qual uma árvore da cidade era decorada com maçãs, nozes, tâmaras e flores de papel. A cidade de Riga, na Letônia, é uma das que se proclamam sedes da primeira árvore de Natal da história (em Riga existe inclusive uma inscrição escrita em oito línguas, segundo a qual "a primeira árvore de fim-de-ano" foi enfeitada na cidade em 1510).
Luis Pellegrini
editor da revista Oásis