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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO - Bullying e Cyberbullying: ausência de valores?

Educação
Bullying e Cyberbullying: ausência de valores?

Muito se tem discutido sobre o tema bullying e suas implicações. No entanto, há, ainda, muitas interpretações equivocadas em relação ao assunto, que acabam por comprometer o entendimento e os procedimentos que devem ser adotados.
O termo “bullying” é utilizado para tipificar uma forma de violência muito específica, identificada na relação entre pares. Sua incidência maior ocorre em ambientes escolares, local onde se concentra uma grande quantidade de crianças e adolescentes, que convivem diariamente.
No conviver, surge, inevitavelmente, uma diversidade significativa de conflitos que, quando não bem mediados ou resolvidos, podem desembocar na violência. No entanto, é preciso distinguir o que são conflitos do que é bullying.
Os conflitos aparecem a todo momento nas relações. Geralmente, têm como fonte as divergências de ideias, de opiniões, de preferências, de afinidades, de posicionamentos. Ocorrem também, por ciúme, inveja, disputas, rivalidades nos grupos de trabalhos e jogos esportivos, na recreação etc.
Já o bullying não resulta de conflitos mal resolvidos ou de brigas entre os estudantes. É uma violência gratuita, intencional, recorrente, em que a vítima não consegue se defender ou dar um basta à perseguição, que se sustenta ao longo do tempo. Talvez, a pessoa acabe sofrendo por não ter habilidades suficientes de defesa ou assertividade; por ter poucos amigos, ou nenhum, com quem possa contar para defendê-la; por medo de represálias ou por vergonha da incompreensão de seus colegas ou adultos; por conformismo, preferindo calar-se a denunciar seus agressores; por não saber o que fazer e a quem recorrer; por habituar-se a ser tratada com indiferença e desamor.
Os autores elegem, dentre seus pares, aqueles que são vulneráveis. Preferencialmente, os que não oferecem resistências; os que se evidenciam por suas diferenças, seja nos aspectos positivos ou negativos.
As vítimas se tornam joguetes em suas mãos. Onde quer que estejam, no espaço físico ou virtual, os agressores não perdem oportunidade para desmoralizar, humilhar, torturar diante de uma plateia que parece sentir prazer com o sofrimento humano. Muitos dos que assistem à agressão auxiliam no deboche, no espalhar mentiras, fofocas, apelidos. Outros curtem, compartilham, divulgam os conteúdos humilhantes. Poucos são os que se encorajam e auxiliam seus colegas ou procuram os adultos para relatar o que presenciam.
Enquanto a dor e o sofrimento vão se apoderando das vítimas, o bullying vai se potencializando, naturalizando, legitimando,  especialmente no bullying virtual (cyberbullying), onde se tem a imagem exposta e a reputação maculada, na velocidade da internet.
O bullying surge do desrespeito, da intolerância, do preconceito, da negação do outro. Está relacionado à ausência de valores, que se reflete na maneira como as crianças se relacionam consigo mesmas e com as outras; podendo ser percebida na dificuldade de empatia, compaixão, cooperação, amizade, solidariedade, amor.
A formação em valores humanos sempre esteve vinculada à ação educativa. Durante décadas, grande parte da reflexão pedagógica esteve centrada na temática dos valores, como a ética, a moral e a cidadania. Com a inserção dos Temas Transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1998, a possibilidade de educar em valores se ampliou. Temas como Meio Ambiente, Ética, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, Saúde, Consumo, Trabalho deveriam ser integrados no currículo e tratados transversalmente nas áreas convencionais, de modo que fossem relacionados às questões da atualidade e servissem de orientadores para o convívio escolar.
No entanto, os problemas metodológicos que muitos docentes enfrentaram, por não saberem como abordar os temas transversalmente em seus conteúdos, aliados à crise de valores presente em nossa sociedade e à dificuldade de parceria com a família no ensinamento e exemplificação de valores, acabaram por resultar em práticas educativas incapazes de gerar mudanças de atitudes individuais e coletivas nos estudantes.
Por esses e outros motivos, se tem percebido crescente interesse entre os docentes, especialmente das séries iniciais, em resgatar a educação em valores, objetivando formar seres humanos mais respeitosos, solidários e éticos, comprometidos consigo mesmos, com o outro, com a sociedade e com o planeta em que vivem.
O resgate dos valores humanos é de suma importância e urgência. No entanto, se faz imprescindível que os docentes tenham clareza em quais valores querem educar e qual a metodologia que devem utilizar para a construção de valores e atitudes.
A educação em valores requer uma metodologia complexa que leva em conta desde os estímulos valorativos que se oferecem ao estudante até a reflexão sobre o ser humano e o seu destino. Portanto, os valores que devem ser ensinados e vivenciados na sala de aula devem ser pautados no que é verdadeiro, justo, honroso, amável. Crianças e adolescentes precisam ser orientados para desenvolver valores e atitudes, por meio de atividades pedagógicas contextualizadas, que incentivem reflexão, participação, autonomia, emancipação; que resultem em transformações pessoais, coletivas e sociais; que resultem em convivência saudável e respeitável.


Cleo Fante
Pesquisadora de renome nacional e internacional no tema bullying. Pioneira no Brasil em estudos e pesquisas sobre o fenômeno. Autora do programa antibullying “Educar para a paz”. Escritora com publicações sobre bullying e cyberbullying no Brasil e na Colômbia. Conferencista.
Postado por edicoessm


EDUCAÇÃO - A criança produzindo cultura

Educação

A criança produzindo cultura
Atividade para o Dia do Folclore 
Ampliando o olhar
Folclore é uma palavra de origem inglesa que significa “o saber de um povo”, abarcando diversas manifestações da cultura popular, influenciadas pelo contexto de produção, em constante mudança. Hoje o conceito de tradição é dinâmico, não está relacionado ao passado, mas ao que permanece vivo nos dias atuais, ao que se mantêm e é contemporâneo.
As crianças chegam à escola, carregadas de elementos culturais do seu cotidiano. Essa “cultura caseira” é parte do folclore brasileiro e as crianças só podem compreender a riqueza e a diversidade do conjunto desses costumes se sentirem integradas a eles. Para legitimar essas representações culturais, é importante incluir aspectos da cultura brasileira e suas manifestações regionais no currículo, ao longo do ano letivo. A escola precisa se abrir para o que se aprende fora da escola.
Ao discutir e trocar entre si culturas percebidas em casa, na rua, na escola e no bairro, os alunos estão também produzindo cultura. Para além dos mitos e lendas descontextualizados, o aluno precisa vivenciar um processo de apropriação cultural coerente, palpável, o que ele toca – o que lhe toca. Assim ele se reconhece participante de um grupo social, cidadão do mundo. Quais são as tradições dos alunos da sua sala? E da escola?
Atividade passo a passo
1. Sondagem, junto aos alunos, da cultura popular encontrada na escola como, por exemplo, brincadeiras (amarelinha, pega-pega etc.). Elaborar desenhos para a exposição coletiva da escola.
2. Pesquisa sobre os hábitos familiares: as cantigas de ninar, as histórias que ouviram da mãe e da avó e as comemorações em ritos de passagem: batizados, casamentos e aniversários, hábitos de alimentação, remédios caseiros, entre outros. Elaborar um caderno de registros coletivos para apresentar na exposição.
3. Coleta de frases encontradas nos para-choques de caminhões, nas placas para não se vender fiado e agradecer a preferência, ditados populares, provérbios e epitáfios nos túmulos.
4. Verifique se no bairro da escola há grupos de teatro, musica e dança. Convide-os para uma conversa e uma oficina com os alunos ou talvez uma apresentação durante a exposição.
Material necessário
Para os desenhos:
papel canson tamanho A3, lápis de cor e giz de cera
Para o caderno de registros:
papel colorset colorido cortado em tamanho A3, formando um bloco
Saiba mais
 - portal do professor com espaço de aula e outros links http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
 - carta do folclore brasileiro – http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta.pdf
 http://educavalores.edicoessm.com.br/


EDUCAÇÃO - EDUCAÇÃO INFANTIL E AVALIAÇÃO


EDUCAÇÃO INFANTIL E AVALIAÇÃO
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E PRINCÍPIOS NORTEADORES

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VIRTUDE - ULTIMATO PARA DESPERTAR

VIRTUDES


Ultimato para despertar 


– “Seo João, Seo João... Bom dia! Acorde Seo João”, falava a enfermeira quase recitando com uma voz de acalento, enquanto passava-lhe a mão no peito, carinhosamente. Não ouvi resposta. Nenhum pio.
Fazia frio. A luz do sol iluminava o quarto, embora pouco aquecesse. Equipamentos ao lado do Seo João soavam a todo momento, enquanto uma movimentação matutina crescia lá fora e também pelos corredores.
– “Ele é o único que não fala nada”, resmungou meu pai, deitado naquele leito que já não era mais de morte.
– “Claro, pai! Ele está entubado”, respondi-lhe. Fez-se um silêncio. Daqueles sepulcrais, que dá medo do capítulo seguinte. Um silêncio funesto e duradouro. Inquietante.
Passaram-se talvez horas. E todo o tempo no hospital parece que não passa. Gente morrendo, gente sobrevivendo. Gente cuidando. Gente se exaltando. Médicos sem postura humanitária. Enfermeiros com sobrecarga, mas carregando consigo a única luz que se via no fim do túnel.
Fui espiar pela janela de onde vinha uma gritaria externa. Vi um trio alcoolizado, brigando por um chapéu. Os três riam meio cambaleantes. E trocavam xingamentos.  Virei-me para o lado, com certa resistência, sem saber o que fazer, falar. Acenar.
Com a cabeça voltada para a janela, Seo João tinha os olhos semiabertos. Talvez fossem verdes. Era muito pouco o que se podia ver. O tubo lhe engolia. Havia uma lágrima em seu olho direito. Parada. Imóvel como era o seu olhar. Tive uma estranha sensação. Igual àquela de quando a gente não sabe se a morte está vendo tudo ali do lado, sorrateiramente. Realmente, diante daquela experiência, me faltavam ações. Desconcertei-me com a fragilidade da situação. Com a fragilidade do Seo João. E com a minha também. De não saber o que fazer.
Voltamos para casa depois de dois dias difíceis. Era um alívio intenso. Estava tão agradecida pela vida do meu pai que nem lembrava mais do Seo João.
Até que gente tão viva pareceu-me entubada. Engolida por tanta coisa ruim. 
Gente acordada, porém dormente. De olhos abertos, mas olhando para o nada. Gente perdida em si. 
E a vida é como brevidade. Tão gostosa e tão instantânea. Saborosa, mas pode ser amarga para quem já não vê mais doçura. E isto é muito injusto. Uma injustiça com o Seo João que lutava para viver. Até quando não sei. Mas, lutava. Lutou. Luta, quiçá.
Acorda João! Acorda Maria! Que a vida não espera. E a morte não se acovarda e tampouco pede passagem. Ela invade.
Acorda João! Acorda Maria! Que hoje é o dia de viver de verdade. Acorda para a vida. Porque este é o ultimato. Ou último ato. Acorda!

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