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sexta-feira, 26 de abril de 2013

LENDAS DE EMBU - A MÃE D'ÁGUA


LENDAS DE EMBU
A Mãe d’Água
Diz a lenda que na cachoeira de Embu aparece uma mulher moça formosa, cujo corpo da cintura para baixo tem forma de peixe e as mãos se assemelham às extremidades inferiores dos palmípedes.
Firmando-se na cauda de escamas, ela eleva-se na superfície da água na beirada da cachoeira, e fica a banhar-se indolentemente com os longos cabelos de limbo caídos pelas costas e enfeitados com uma flor branca penteando-se com pente de espinha de peixe e entoando maravilhosa canção, atrai os homens com sua faceirice e canto hipnótico.
(Acervo da Secretaria de Cultura do Município de Embu).
extraído do Portal da PMETE

LENDA DE EMBU - O DIABO MORTO


LENDA DE EMBU DAS ARTES

A Lenda do Diabo
Conta a lenda que os silvículas não acreditavam no diabo e no inferno. O Padre Belchior de Pontes mandou então fazer um diabo tosco de madeira, mas terrível, montou-o num cavalo e saiu pela cidade dizendo que acreditassem nas forças do mal, que o diabo desviava os homens do bom caminho, levando suas almas para o inferno.
Os índios assim mesmo não acreditaram e, em altos brados, divertiram-se a valer com o espetáculo do rude Lúcifer transformado em cavaleiro.
Mas ai! Quando maior ia a algazarra, o diabo de madeira começou a movimentar-se, tornando-se o demo de verdade. Reuniu-se a bugrada estupefata e matou o diabo em pleno largo do M’boy e desde então os aldeados acreditaram nas forças do mal.
(Extraída do livro “Igrejas de São Paulo”, de Leonardo Arroyo).


LENDA - O TESOURO DO LAGO


LENDA

Lendas do Tesouro do Lago
Quando da expulsão, os jesuítas reuniram num tacho todo o seu ouro e pedrarias, certos que estavam de sua eminente prisão. Desceram a ladeira carregando o tesouro e construíram uma pequena jangada de toros de bananeiras. À jangada prenderam longos cabos de cipó.
O mesmo ocorrendo com relação ao tacho. Enquanto uns padres puxavam a jangada para o centro do lago, outros mantinham seguros os cabos do tacho. Quando o improvisado meio de transporte atingiu o centro do lago, o tacho foi afundando calmamente, escondendo nas águas o brilho do tesouro. Ora, sob o altar mor da Igreja Nossa Senhora do Rosário, segundo a lenda, encontram-se sepultados muitos jesuítas.
Em determinada hora da noite, ainda não identificada, os jesuítas abandonam os seus sepulcros e, com seus longos hábitos negros, que fazem ressaltar a brancura dos ossos da cabeça, das mãos e dos pés, seguem em fúnebre e terrível procissão e descem a ladeira de Embu. Em torno do lago continuam a trágica procissão, suas vozes elevando-se à solidão da noite, ouvindo-se mesmo o desafiar das camândulas dos Rosários.
Em seguida, sempre em procissão, caminham para o cemitério, onde permanecem horas seguidas em confabulação com os mortos. Ao desmaiar da noite, o cortejo de espectros volta à Igreja. Por isso, quando a luz apaga-se no Embu, os moradores dizem que a procissão vai sair, pois ela é feita às escuras.
 (Acervo da Secretaria de Cultura do Município de Embu)

LENDA - O ÍNDIO E A COBRA


LENDAS
A Lenda da Cobra e do Índio
Recebera o Padre Belchior de Pontes ordens de fundar um colégio no planalto. Ele veio de Itanhaém e subindo a Serra para os campos de Piratininga, por um caminho muito ruim e desconhecido, palmilhando por vários dias ínvias trilhas, até encontrar um pantanal (nas proximidades do atual Embu-centro) onde quase se atolou não fosse o aparecimento providencial de um índio, que o levou desfalecido para sua choça num outeiro.
Enquanto o padre não voltava a si, o silvícola saiu para buscar água. Recuperando-se, o Padre Belchior de Pontes foi informado pela mulher do índio da ausência do seu salvador, que já se prolongava de maneira inexplicável.
Saíram à sua procura e o encontraram morto picado por uma grande cobra.
O índio foi velado e sepultado dentro dos preceitos da Igreja e sobre a sua sepultura levantou o padre a capela de Nossa Senhora do Rosário, construindo em seguida a igreja.
       A cobra que matou o índio, sepultado sobre o altar-mór, teria dado o nome de M’BOY à aldeia.
(Extraída do livro “Embu - Terra das Artes, Berço de Tradições”, de Moacyr de Faria Jordão, Ed.1972)



LENDA INDÍGENA - O BACURAU



Lenda
bacurau


Bacurau Escritor: Reza a lenda que muito antes de Pedro Álvares Cabral descobrir o Brasil, os fenícios já visitaram o nosso país. Uma vez uma embarcação fenícia desembarcou em terras brasileiras e dentre eles havia um escriba, que viva escrevendo em rochas e em pergaminhos. Certo dia, este rapaz se perdeu na mata e foi para numa tribo indígena.
Chegando lá ele foi confundidos com uma espécie de Deus-Pássaro, então os índios vestiram este homem branco com uma roupa coberta de penas. Assim Tupã se zangou e transformou o escriba em um pássaro que foi batizado de bacurau.
Como apesar de tantos acontecimentos, o escriba não parava de fazer anotações em seu pergaminho, surgiu o ditado: - É dizendo e bacurau escrevendo! Séculos se passaram e o escriba continuou em forma de bacurau. Mas na época do Brasil - Colônia este pássaro viu uma moça galopando em seu cavalo e se apaixonou por ela. Desta maneira ele decidiu segui-la.
De repente, o cavalo ficou maluco e saltou no rio cheio. Mesmo assim o animal e sua dona chegaram vivos, porém desacordados do outro lado do rio com a sela toda esfolada. Assim o bacurau resolveu consertar a sela e colocou algumas penas suas dispostas entre a manta e a sela. Desta maneira quando as vítimas acordaram nunca mais tiveram problemas nas viagens. Por isto é que existe uma lenda dizendo que as penas do bacurau entre a manta e a sela fazem com que o cavalo não caia e nem salte em rio cheio.                                                    Bacurau e o Arco-Íris:
Há uma lenda indígena que diz que o bacurau é a ave que traz o arco-íris e que ela tem o poder de fazer a pessoa mudar de sexo.                Numa tribo existia um índio chamado Cauê, que era tão delicado que parecia uma menina. O problema é que naquela taba matavam os homens que eram efeminados. Então quando este menino completou quinze anos de idade, os índios resolveram matá-lo só pelo simples fato dele se parecer com uma menina.
Assim Cauê fugiu para a mata. Mas sua mãe, dona Tainá, sabendo do poder do bacurau foi para a floresta e fez a seguinte oração para a ave:
- Por favor, minha doce ave bacurau... Salve o meu filho frágil e especial... Com toda a magia e sinceridade... Faça com que ele vire homem de verdade!
Naquele mesmo instante, o belo dia de Sol virou uma tempestade de cinco minutos e depois o astro rei voltou novamente. Deste jeito, no meio da floresta, um bacurau apareceu para Cauê e fez o menino atravessar debaixo do arco-íris. Naquele mesmo instante o garoto delicado se transformou em um homem másculo. Por causa disto quando os índios alcançaram Cauê, desistiram de matá-lo.
Bacurau e a Dor de Dente: Há outra lenda indígena que diz que quando uma criança perde seu dente-de-leite deve jogá-lo no telhado da oca e dizer: - Bacurau, me traga um dente bonito! Certo dia, a índia Jurema estava com uma forte dor de dente e ela se queixou para o pajé que aconselhou extraí-lo. Mas a moça não aceitou. Então, ela pensou:
- Se o bacurau é capaz de trazer um dente bonito, ele também é capaz de curar um dente doente. Então ela exclamou olhando para o céu: - Bacurau, por favor, cure o meu dente! Naquele exato momento caiu uma asa de bacurau na índia e ela se livrou da dor.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

LENDA - A PRINCESA DO LAGO


LENDA
A PRINCESA DO LAGO

Na ilha de Maiandeua,encontra-se um lago de águas escura,entre enormes dunas,paisagem natural de imensa beleza,chamada princesa.Os nativos juram que ali mora uma princesa encantada,filha do rei Sebastião.Cotam que há muitos anos três pescadores foram até à praia em busca de água potável;enquanto dois se dirigiram para o mato,o terceiro ficou junto à embarcação.De repente apareceu uma linda mulher loura dizendo ser a princesa encantada,filha do rei Sebastião.
A mulher perguntou ao pescador se ele tinha coragem de desencantá-la.Caso fizesse,ganharia como recompensa casar com ela e,além disso,todas as cidades conhecida(Vigia, Belém, Maracanã, Castanhal) iriam para o fundo,enquanto as cidades dos encantados aflorariam à superfície instaurando-se,a parti dai,o governo do rei sebastião sobre o mundo.
O pescador deveria voltar à mesma praia,sozinho em outra ocasião,sem dizer nada a ninguém,e esperar a meia-noite. Veria nessa hora duas grandes ondas,mais não deveria fazer nada,esperando por uma terceira:esta seria a filha do rei sebastião que apareceria na forma de uma cobra grande.
Para desencanta-la,teria de cortar o couro da cobra com uma faca bem afiada,sem medo.O rapaz concordou e,dias depois,fez como o combinado.Esperou a meia-noite,e quando chegou a terceira onda,viu em sua frente aquela enorme cobra,ficou apavorado e fugiu ouvindo ainda uma voz que dizia."há ingrato,roubaste meus encantos!".
O pescador voltou para casa,a onde chegou com febre alta.Nenhum tratamento médico ou de pajé foi capaz de curá-lo;morreu em poucos dias.




LENDA - O UIRAPURU

LENDAS

O UIRAPURU


         Certa vez um jovem índio guerreiro apaixonou-se pela esposa de um cacique. Esta também se namorara dele, porém, era um amor proibido. 
          O Jovem guerreiro sofria muito, pois amava, era correspondido, mas ambos não podiam viver esse amor, pois poderiam ser mortos se alguém da tribo descobrisse. 
          Com o tempo a bela esposa do cacique, foi esquecendo seu amor pelo jovem guerreiro. Porém, esse sofria toda vez que a via. 
         Um dia o jovem índio amanheceu muito doente, com uma forte febre. Ninguém, nem o pajé sabia o que ele tinha. O jovem índio sentia que estava doente de amor. 
         Não agüentando mais tanto sofrimento, pediu ao deus Tupã, que o transformasse em um pássaro, assim poderia ficar bem perto da amada sem oferecer perigo para os dois. 
        Tupã transformou-o em um pássaro vermelho telha, que possuía um magnifico canto. 
       O jovem guerreiro, agora transformado em pássaro, cantava todas as noites para a amada. 
       Porém, quem notou o seu belo canto foi o cacique, que tentando aprisioná-lo numa gaiola, correu para capturá-lo e acabou perdendo-se na floresta. Ao Uirapuru restou o sonho de que a sua amada descobrisse que ele era o jovem guerreiro e assim quebrasse o encanto. 
       O Uirapuru é considerado um pássaro que traz boa sorte,um ser mágico. Quem o encontra pode fazer um pedido que se tornará realidade. 
        Os nativos da floresta relatam que quando o Uirapuru canta, toda a floresta fica em silêncio rendendo-lhe homenagem.