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quarta-feira, 27 de março de 2013

TEOLOGIA - AS TRADIÇÕES PAGÃS NA PÁSCOA

TEOLOGIA

Tradições pagãs na Páscoa


Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas; em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a deusa nórdica Gefjun.
A lebre (e não o coelho) era o símbolo de Gefjun. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. Claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.
A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. Seus cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas comemorações judaico-cristãs, dando início a Páscoa comemorado na maior parte do mundo contemporâneo.

Nome oficial
Domingo de Páscoa
Tipo
Seguido por
Ano de 2012
Ano de 2013
Ano de 2014
Observações
Celebra a Ressurreição de Cristo

TEOLOGIA - PÁSCOA NO JUDAÍSMO

TEOLOGIA

PÁSCOA NO JUDAÍSMO

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo capítulo 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua .
De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos, quando de acordo com a Torá, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o povo do Egito. Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir para que cada família hebreia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos.
Chegada a noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo e ervas amargas (como o rábano, por exemplo). À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó, temendo a ira divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo.
Como recordação desta liberação, e do castigo de Deus sobre Faraó foi instituído para todas as gerações o sacrifício de Pessach.
É importante notar que Pessach significa a passagem, porém a passagem do anjo da morte, e não a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer, apesar do nome evocar vários simbolismos.
Um segundo Pessach era celebrado em 14 de Iyar,para pessoas que na ocasião do primeiro Pessach estivessem impossibilitadas de ir ao Tabernáculo, fosse por motivos de impureza, ou por viagem.


VIRTUDE - FAÇA O QUE EU DIGO

VIRTUDE

Faça como eu Digo
Conta-se que um palestrante muito famoso ganhava muito dinheiro como "expert" em educação infantil, sobretudo com sua palestra intitulada "Os 10 Mandamentos para os Pais bem sucedidos na Ciência do bem educar seus filhos"... Era sobre dez "Leis" que todo pai e toda mãe deveriam seguir inexoravelmente. Dizia a todos como se comportarem diante do desafio de serem pais. Tinha resposta para tudo e todos, porém era solteiro e sem filhos.
          Certo dia, conheceu a Mulher de seus sonhos. Apaixonaram-se e casaram-se em seguida. Um ano depois, o casal foi abençoado com seu primeiro filho. 
          Não passou muito tempo e diante de uma nova realidade ele percebeu que sua Palestra melhor seria chamada de "As 10 Regras de Ouro indicadas para os Pais que desejassem ser bem sucedidos na Ciência do bem criar seus Filhos".
          No ano seguinte, o casal teve mais um filho, e diante das novas dificuldades e desafios que surgiram, o palestrante refez sua Palestra, passando chama-la de "As 10 Sugestões para os Pais bem sucedidos na Arte de criar seus Filhos".
          Mais um ano e mais um filho. Não muito tempo depois do nascimento de seu terceiro filho, o palestrante mais uma vez se viu obrigado a rever sua Palestra, a qual passou a ser apresentada com o título de "Tentativas para se criar os filhos nos dias de hoje"...
          Após o nascimento do quarto filho, o Palestrante mudou de profissão.


PARÁBOLA DE JESUS - O BOM SAMARITANO

PARÁBOLA DE JESUS


O bom samaritano

        Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e, espancando-o, se retiraram, deixando- o meio morto.
        E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho também certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
        E, d’igual modo também um levita , chegando aquele lugar, e vendo-o, passou de largo.
        Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele.
        Partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
        Qual, pois destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
        E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse pois Jesus:
        - Vai, e faze da mesma maneira.

terça-feira, 26 de março de 2013

ARTIGO: Família e escola: novos papéis e novas res...

Walter Fajardo: ARTIGO: Família e escola: novos papéis e novas res.

Família e escola:  novos papéis e novas responsabilidades para uma nova disciplina
             A família contemporânea passa por uma profunda crise. Já não mais dá conta das responsabilidades que lhe são atribuídas pela sociedade. Os conflitos que se apresentam na atualidade, principalmente os do mercado de trabalho, como a escassez de emprego, diminuição do poder de compra do salário e a inserção da mulher neste mercado, levam, necessariamente, a uma revisão na sua forma de educar e de se estruturar.
Com essa nova contextualização, surge uma desestruturação na constituição dos laços e valores afetivos entre pais e filhos que, indubitavelmente, interferem na educação da criança e do adolescente, na sua inclusão na vida social e na convivência sócio-escolar.
Há uma intensa cobrança sobre a família no que diz respeito aos valores éticos e morais que devem ser desenvolvidos na criança. Como a ética e a moral não se constroem sem afeto e este, devido à crise sociofamiliar, encontra-se em desequilíbrio, distanciando o adulto de suas responsabilidades afetivo-construtoras relacionais para com a criança, as famílias ou transferem para outros a responsabilidade da educação, como avós, tios, parentes, creches e escolas, ou recorrem a uma culpabilidade destrutiva e maculadora da relação afetiva entre elas e a criança.
Desta forma, com a desestruturação dos elementos psico-socioafetivos, a criança não consegue reconhecer a sua capacidade de assimilação dos valores constitutivos da disciplina, visto ser esta construída na vida afetiva e coletiva, frustrando todos, criança, família, escola e sociedade, tornado-os vítimas de uma problemática enraizada mais na dinâmica econômicosocial, na luta constante por melhoria de vida e menos na capacidade individual e familiar de se educar para o amor, para o convívio social e para a cidadania.
A criança, por não responder às expectativas da família e de seu grupo social e por não ter conseguido compartilhar a experiência de reconhecimento das regras norteadoras da convivência sociocultural, também não consegue assimilar a disciplina como processo de inclusão e integração social, passando a construir sua compreensão de mundo por si própria.
Entendemos que a disciplina se constrói no coletivo, na troca das experiências e na busca de elementos positivos da convivência, mas a criança, sem este aparato, individualiza-se, isola-se e, como não apreendeu os valores sóciointegrativos, experimenta de forma conflitiva e desintegrada o seu relacionamento com os grupos em que está inserida, o que a faz estar em constante atrito com as normas e regras que regem o seu convívio coletivo, a que denominamos de “indisciplina”, não reconhecendo os fatores elementares de convivência social.
Se a família enfrenta situações extremamente instáveis quanto ao seu papel social, com a escola não é diferente, pois em função dessas profundas mudanças e indefinições da estrutura sóciofamiliar, acaba a escola se envolvendo em papéis, que, até bem pouco tempo, não lhe eram atribuídos. Hoje parte das responsabilidades formativas da criança deixou de ser exclusivamente da família. À escola foi incorporado o papel de colaboradora no processo educativo intelectual e afetivo da criança.
A família, por não mais se encontrar em condições de assumir integralmente seu atributo formativo, pouco a pouco, vai transferindo e partilhando com outros, particularmente com a escola, seu principal papel que é educar para a vida. Nessa situação, a escola adentra um processo complexo e confuso, pois o seu papel epistemológico fica fragilizado enquanto o psicoafetivo se potencializa.
A família, diante da volatilidade da modernidade (pós-modernidade), não tem encontrado um referencial estrutural satisfatório e a escola não tem incorporado a possibilidade de ampliação daquilo que lhe é imanente: educar e formar (ainda que se tenha que redimensionar estes atributos). Diante destas instabilidades, a criança e o adolescente reagem agressivamente e indisciplinadamente, não só porque lhes são próprios, mas também por não encontrarem referenciais estáveis e estruturados, passando a ter um comportamento que reflete aquilo que encontram hodiernamente.
Entendemos que, com todas essas mudanças e novas conjunturas, a escola deve incluir os pais em seus projetos pedagógicos, fundamentalmente no que se refere à formação para a cidadania. Os professores, coordenadores e outros profissionais da educação devem estar preparados para, além de educar para a ciência e para a cidadania, educar também nos aspectos elementares do afeto e das relações interpessoais. Porém, diante desta nova condição da escola, à família cabe a responsabilidade de, aceitando seu limite formativo, buscar na escola possibilidades do seu crescimento, de seus filhos e da sociedade. Há de haver uma maior integração entre escola e família. É necessário também que no epistemológico se inclua a discussão de questões sobre a estruturação familiar e seus novos modelos e que, para a família, a escola seja um local real de crescimento, não só do saber formal, mas do conhecimento e crescimento humanos.
A família e a escola incorporam o inconsciente cultural da sociedade contemporânea. A construção do saber, desde os primeiros movimentos da criança até a sua entrada no mundo do trabalho, passa pela família e logo em seguida pela escola. Não se pode pensar uma formação integral se ambas não estiverem em real conexão, recorrendo-se sempre ao diálogo de seus conflitos e à constante discussão de seus papeis e seus compromissos. Uma sociedade justa somente se constrói quando as responsabilidades são partilhadas e os diálogos constantemente restabelecidos.

ECOLOGIA - O EDUCADOR AMBIENTAL

ECOLOGIA
Rita Mendonça "O educador ambiental ensina por suas atitudes"
Divulgadora no Brasil de uma nova metodologia de educação ambiental, a bióloga e socióloga acredita que o professor deve explorar a natureza com os alunos e compartilhar com eles suas impressões
Para resolver os problemas ambientais, é necessário mais do que separar o lixo para reciclagem ou fechar a torneira enquanto se escova os dentes. Refletir sobre o nosso comportamento e as relações que temos com a natureza e com as pessoas também é parte fundamental desse processo na opinião de Rita Mendonça. Bióloga e socióloga, ela é co-fundadora do Instituto Romã, entidade sediada em São Paulo que representa no Brasil a Sharing Nature Foundation - organização não-governamental americana dedicada à educação ao ar livre. Rita abrasileirou a metodologia de ensino da Sharing, baseada em dinâmicas e jogos sequenciais  O objetivo é levar os participantes a concentrar a atenção, a aguçar a percepção e a ter um contato mais profundo com a natureza, já que a experiência é essencial para a mudança de comportamento em relação ao mundo. Educadores estão sendo formados pelo Instituto Romã para trabalhar com essa perspectiva em um programa que une teoria e muita prática, em viagens a campo. "O professor já sabe muita coisa sobre o tema, mas precisa experimentar o que ensina", diz Rita. Nesta entrevista concedida a NOVA ESCOLA, ela explica esse novo conceito de educação ambiental. 
Como nasceu a educação ambiental?
            Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, a sociedade tomou conhecimento dos problemas ambientais e os governos definiram que a saída para mudar o mundo seria a educação. Foi necessário criar o termo educação ambiental porque nos afastamos da natureza. Os processos educativos ficaram racionais e a escola descuidou dos sentimentos, das sensações e das relações em sala de aula, esquecendo o ar, a água, o corpo, o bairro, a cidade, o planeta. Ora, se a educação ambiental pretende resolver os problemas ambientais pela formação das pessoas, é preciso usar ferramentas transformadoras. Uma delas é o aprendizado seqüencial. 

           O que é o aprendizado seqüencial em educação ambiental?
           É uma pedagogia que desenvolve a percepção de alunos e professores. A proposta consiste em uma seqüência de atividades, em quatro fases, que deve ser aplicada em espaços naturais - na praça, no parque, na praia, na montanha, no mangue e até mesmo no jardim da escola. 

          Como se dá, na prática, esse aprendizado?
           A primeira fase, Despertar Entusiasmo, é formada por jogos que servem para criar interação e harmonia no grupo. Uma das dinâmicas é realizada em uma área com diferentes espécies de árvore. O professor escolhe uma que tenha uma aparência atraente - um salgueiro ou um pinheiro, por exemplo - e imita a forma dela com seu corpo. Observando o professor, as crianças tentam reconhecer qual é a árvore escolhida. A segunda, Concentrar a Atenção, é o foco da metodologia: visa promover a concentração da turma e acalmar a mente. Os exercícios despertam o interesse em ouvir os sons da natureza e perceber diferentes temperaturas e cheiros. A terceira, Experiência Direta, desenvolve a percepção das diferenças entre os elementos da natureza. Em uma das brincadeiras, os alunos, de olhos vendados, sentem uma árvore pela textura, pela forma e pelo cheiro. Depois, de olhos abertos, eles têm que reconhecer, na mata, qual é aquela árvore. Essa interação aguça a intuição e a percepção. Na última fase, Compartilhar, os estudantes dividem suas impressões sobre o que fizeram durante essas aulas contando histórias, fazendo desenhos, poesias coletivas e individuais e haicais. 

         Como é o trabalho do educador no aprendizado sequencial?
          Ao explorar a natureza com as crianças, ele aplica cinco regras da educação ao ar livre. A primeira é ensinar menos e compartilhar mais. Isso torna qualquer visita mais agradável, porque a criança se cansa de ficar apenas ouvindo. A segunda é ser receptivo, perceber o que os alunos estão pedindo e humanizar as relações. A terceira é se concentrar, porque não dá para fazer nada se a turma não estiver atenta. A quarta regra é experimentar primeiro e falar depois. Nem tudo precisa ser explicado. É importante dar ao professor e às crianças tempo para encantar-se com detalhes que ainda ninguém viu e compartilhar o que todos estão sentindo. Por fim, criar um ambiente leve, alegre e receptivo, onde todos se sintam bem. O trabalho visa fazer alunos e professores perceberem o que estão sentindo, pois o sentimento influencia a maneira de compreender e pensar. É mais fácil discordar de uma idéia se você está irritado. Quando está feliz, tende a ser mais receptivo. 

         Professores de todas as disciplinas podem ser educadores ambientais?
           Sim. O professor de Ciências tem muita informação sobre a natureza e acaba fazendo um trabalho mais explicativo. Mas o fundamental para qualquer professor é educar principalmente pelo que ele é, por suas atitudes, e não apenas pelo conhecimento que tem da matéria. As crianças aprendem muito pela imitação. O bom professor diz aquilo em que de fato acredita. Ele refletiu sobre o conteúdo que leciona e fala do assunto com convicção, fazendo uma confissão por meio da Física, da Matemática, da Língua Portuguesa. 

          O professor está preparado para ser um educador ambiental?
           Especialmente preparado, porque é um educador. Mas, se ele quer se engajar na questão ambiental, deve começar pensando na sua vida, no seu comportamento e na sua relação com o próprio corpo e com a natureza. O contato mais direto que temos com ela é pela alimentação. Então, ele deve analisar a relação entre o que come, o ambiente e o modo como monta seu cardápio, por exemplo. Uma maneira de fazer isso é pensar sobre o ciclo que aquele alimento percorreu, desde sua origem até chegar à mesa. É importante também refletir sobre o que consome e como se relaciona com o mundo à sua volta. O professor pode ainda perceber como se sente na frente de uma vitrine. Tem vontade de comprar? Fica frustrado se não pode? Analisa por que necessita daquilo? Esse exercício dá uma grande bagagem, equivalente à que ele acumularia em vários cursos. É só aprender a usá-la. 

         Qual o benefício de a escola proporcionar uma vivência na natureza?
          Em contato com a natureza percebemos que temos uma existência em comum. Quanto mais unificamos as relações entre nós e o ambiente, mais harmônica é nossa vida. Na nossa proposta pedagógica, o professor não ensina o que é natureza e não a descreve, mas relaciona-se com ela e compartilha com os alunos o que para ele faz sentido nessa experiência. O encantamento dos estudantes pelo tema vem dessa troca com o professor, que motiva a turma a querer aprender. O relacionamento entre eles se torna mais intenso e sincero, as mentes se acalmam e a concentração de todos melhora. 

          A questão ambiental tem caráter filosófico?
            O problema ambiental é resultado de uma crise de percepção. Se queremos resolver essa crise, temos de melhorar nosso entendimento sobre o mundo. Assim, criamos um território fértil para encontrar soluções, e a escola pode ajudar nisso. Durante as aulas, promovemos momentos de diálogo - o que é muito diferente do debate -, em que os estudantes conversam, analisando o que pensam sobre aquele assunto e procurando entender o que está acontecendo em nosso planeta. Esse é um exercício de observação de nossa forma de pensar e das dificuldades de aceitar opiniões diferentes. 

          Qual é a origem dos problemas ambientais?
            Os biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco Valera e a historiadora austríaca Riane Eisler sustentam a idéia de que os problemas ambientais surgiram há 7 mil anos, com o fim das culturas "matrísticas" - o termo vem da palavra matriz e se refere à mulher - e o surgimento das culturas patriarcais. Na cultura matrística, a relação com a natureza e com as pessoas da comunidade e de outros povos era estabelecida por limites e de forma harmônica. Os povos se viam como parte do ambiente e a complexidade estava nas relações e não nas questões materiais. A cultura patriarcal surgiu na Mesopotâmia, quando o homem começou a desejar dominar o meio e outros povos. Hoje, temos o mesmo conflito: aceitar os limites impostos pela natureza sabendo que somos 6 bilhões e que vivemos em um planeta só ou atender ao desejo de ter uma vida confortável e consumir cada vez mais? 

          Por que a tecnologia e a ciência não conseguiram resolver esses problemas?
            Albert Einstein dizia que nós não conseguimos solucionar um problema permanecendo no mesmo nível de consciência em que ele foi criado. Veja o exemplo do lixo: começamos a criar substâncias artificiais que a natureza não reconhece. Daí, desenvolvemos tecnologias de reciclagem que imitam com muita limitação o ciclo da natureza, mas não resolvem a questão. A confiança na tecnologia faz as pessoas consumirem sem compromisso. Hoje, o volume de produção de lixo é desproporcional ao que é possível reciclar. Então, a reciclagem nunca solucionará a questão, porque a indústria vai criar novas substâncias e as pessoas vão consumir cada vez mais achando que tudo pode ser reciclado.
RITA MENDONÇA  "É importante o professor refletir sobre o que consome e como se relaciona com o mundo à sua volta"
Quer saber mais?
Instituto Romã, tel. (11) 3726-7939, http://www.institutoroma.com.br/ 

BIBLIOGRAFIA 
À SOMBRA DAS ÁRVORES - TRANSDISCIPLINARIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ATIVIDADES EXTRACLASSE
, Rita Mendonça e Zysman Neiman, 167 págs., Ed. Chronos, tel. (11) 3081-8429, 26 reais 

CONSERVAR E CRIAR - NATUREZA, CULTURA E COMPLEXIDADE, Rita Mendonça, 256 págs, Ed. Senac, tel.(11) 2187-4450, 42 reais 

VIVÊNCIAS NA NATUREZA - GUIA DE ATIVIDADES PARA PAIS E EDUCADORES, Joseh Cornell, 208 págs., Ed. Aquariana, tel. (11) 5031-1500, 32 reais 

INTERNET 
No site da Sharing Nature Foundation
, http://www.sharingnature.com/, você encontra algumas atividades do aprendizado seqüencial, dicas de livros, artigos e um jogo interativo (em inglês).
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/rita-mendonca-educador-ambiental-ensina-suas-atitudes-426107.shtml

NOTÍCIA - ATRIBUIÇÃO DE AULA EM ABRIL

NOTÍCIAS

ATRIBUIÇÃO DE AULAS

1- PRÓXIMA SESSÃO DE ATRIBUIÇÃO- 04/04/2013, quinta-feira, na EE Lucia de Castro Bueno- Rua Mario Latorre, Parque Pinheiros, Taboão da Serra- ao lado do Fórum.
Para ver o saldo e o cronograma, clique aqui a partir de 01/04/2013.

2- CADASTRO EMERGENCIAL- aberto a partir de 05/03/2013, exceto para Classe (Pedagogia) e Educação Física. Para obter informações, clique aqui.  
Confira a lista provisória de cadastros deferidos e indeferidos para atribuição em 21/03/2013- clique aqui .
Os indeferidos constam no mesmo arquivo, na segunda guia. Até o dia 03/04/2013 publicaremos a lista final do cadastro emergencial. 

3- INCLUSÃO DE DISCIPLINAS E MUDANÇA DE FAIXA DE CLASSIFICAÇÃO- o sistema está fechado para alterações ou inclusões. Entretanto, continuaremos recebendo as solicitações de docentes já inscritos e que não estejam com aulas atribuídas, às terças-feiras, das 10h às 13h, no plantão da Supervisão (térreo da DE), para atendimento oportuno, quando e se possível for. Comparecer com os documentos comprobatórios da solicitação. Quem estiver com aulas atribuídas, solicitar a correção na escola, nos mesmos termos. 
  
http://www.diretoriataboao.com.br/nrte/index.php