LEITURA
PAULO APELA PARA A
EXPERIÊNCIA
Paulo apela para a experiência dos gálatas Ó gálatas insensatos! Quem foi que os enfeitiçou? Não foi diante
dos olhos de vocês que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Quero
apenas saber isto: vocês receberam o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação
da fé? Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado no Espírito,
agora querem se aperfeiçoar na carne? Será que vocês sofreram tantas
coisas em vão? Se é que, na verdade, foram em vão. Aquele que lhes concede
o Espírito e que opera milagres entre vocês, será que ele o faz pelas obras da
lei ou pela pregação da fé?
É o caso de Abraão, que “creu em Deus, e isso lhe foi atribuído
para justiça”. Saibam, portanto, que os que têm fé é que são filhos de
Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria os gentios
pela fé, preanunciou o evangelho a Abraão, dizendo: “Em você serão abençoados
todos os povos.” De modo que os que têm fé são abençoados com o crente
Abraão.
Pois todos os que são das obras da lei estão debaixo de maldição,
porque está escrito: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas
escritas no Livro da Lei, para praticá-las.” E é evidente que, pela lei,
ninguém é justificado diante de Deus, porque “o justo viverá pela fé”. Ora,
a lei não procede de fé, mas “aquele que observar os seus preceitos por eles
viverá”.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio
maldição em nosso lugar — porque está escrito: “Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro” —, para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios,
em Cristo Jesus, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
Irmãos, falo em termos humanos. Ainda que uma aliança seja
meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta coisa
alguma. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não
diz: “e aos descendentes”, como falando de muitos, porém como falando de um só:
“e ao seu descendente”, que é Cristo. E digo isto: uma aliança já
anteriormente confirmada por Deus não pode ser revogada pela lei, que veio
quatrocentos e trinta anos depois, a ponto de anular a promessa. Porque,
se a herança provém de lei, já não decorre de promessa. Mas foi pela promessa
que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
Logo, para que é a lei? Ela foi acrescentada por causa das
transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi
promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não
é de um só, mas Deus é um só.
Seria, então, a lei contrária às promessas de Deus? De modo
nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, então a
justiça seria, de fato, procedente de lei. Mas a Escritura encerrou tudo
sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, a promessa fosse
concedida aos que creem.
Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela
encerrados, para essa fé que, no futuro, haveria de ser revelada. De
maneira que a lei se tornou nosso guardião para nos conduzir a Cristo, a fim de
que fôssemos justificados pela fé. Mas, agora que veio a fé, já não
permanecemos subordinados ao guardião. Pois todos vocês são filhos de Deus
mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos vocês que foram batizados em
Cristo de Cristo se revestiram. Assim sendo, não pode haver judeu nem
grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um
em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são também descendentes de
Abraão e herdeiros segundo a promessa.
GÁLATAS 03
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