VIRTUDES
leitura
DIZER
"NÃO" É UM SIM PARA A ALMA
Ninguém
suporta o “sincericídio”. Ninguém quer ouvir que você não irá à festa porque,
realmente, não está a fim, não está na vibe, não quer sair de casa, não tem
dinheiro para gastar com supérfluos. As pessoas preferem ouvir “ela teve uma
enxaqueca brava”, “teve piriri”, “foi cuidar da mãe” e uma infinidade de invenções
que a gente fica craque com o tempo.
Como
disse uma convidada do programa, dizer “não” é libertador. Fiquei pensando
nisto e em como é verdade. Nesta vida pagando conta e engolindo sapo, tive
poucos “nãos” proferidos com aquela certeza mesmo, sabe. Aquela coisa que a
gente não titubeia. E foi mesmo bom, libertador, renovador.
Que
a gente diga “não”, mesmo que isto possa magoar um amigo ou alguém que a gente
goste. Porque é melhor não ir a um evento, por exemplo, do que ficar lá sem
vontade. E porque é melhor sempre dizer a verdade, embora a verdade seja dura.
Em
tudo a gente tem que pensar no nosso bem estar. E ele tem que ser soberano
nesta vida de concessões para “agradar aos outros”. Afinal, agradar a si mesmo
faz mais sentido. Não em termos de ser egoísta, mas de saber o que é bom para
si mesmo. E sabendo o que é bom para si mesmo, poder dar vazão a um mundo
melhor, sem maquiagem.
Mônica Kikuti