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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

VIRTUDES - SENTIDO

VIRTUDES


Sentido

A vida prática. A verdade enfática.
Não adiantam as parábolas que não se compreendem.
As coisas não são mais como antigamente.
Gente que não é mais gente.
Sentido que não faz sentido.
Senso que não é de humor. E de nada que dê graça.
Desgraças.
Perde-se tempo. Perde-se a graça.
Perde-se mais do que se pensa.
O que se passa?
Passei.
Engomei todos os pensamentos que estavam maltratados.
Nada amassado.
Tudo para as ideias deslizarem.
Com o sentido que havia perdido.

VIRTUDE - A camuflagem às avessas

VIRTUDES

A camuflagem às avessas

Tem dias que a gente olha no espelho e não reconhece o que há diante de nós. Talvez por achar que o tempo está sendo mesmo implacável ou porque estejamos distantes do que éramos no tempo passado. Isso também não tem a ver com a idade cronológica, mas com o que temos feito com a nossa vida. Erramos tanto. Mas também temos a oportunidade de nos redimir. É aquele momento do “relacionamento sério” consigo mesmo. De enxergar o que podemos fazer para transformar o futuro para que não abreviemos o que temos de bom na nossa saúde física e na mental também.
Há quem não queira mudar. E quem já tenha mudado muito. Mas o grande problema está naquelas pessoas que se camuflam – ainda que não como os animais para se defender – mas só para esconder-se, por vezes, até mesmo atrás de nós. São pessoas que camuflam sentimentos, camuflam o que realmente são. Elas são o verdadeiro perigo que se desenrola diante de nós, sem a menor culpabilidade em executar as coisas mais sórdidas.
São as pessoas que não sentem remorso ao praticar o mal. Inventam histórias para denegrir os outros e abocanhar o emprego alheio. São aquelas que furtam dinheiro da gaveta, que roubam a velhinha na saída do banco. Que atiram animais pela janela, judiam de gente e de qualquer um.
Tem gente que se esconde atrás de uma couraça. Não é como o cara que chega com o revólver, mostra a cara e te leva tudo. É aquela pessoa que não levanta suspeitas, mas basta você virar as costas, que te apunhala tão ligeiramente que mal deixa  rastro. Puxa seu tapete. Leva seu dinheiro, sem que você saiba quem é. É o mal “delicado”, que não te bate, mas estapeia com luva de pelica. 
E a confiança desmedida aperta o peito da gente, mostrando que ser bom não é ser idiota. É preciso manter-se alerta, porque o mal não diz quando vem. O mal não tem rostinho padrão. O mal quer um monte de amigos, embora não faça amizade com ninguém. O mal pode estar aqui do lado, sem que notemos. Mas o que nos alivia é que o bem também está por todos os lados, mesmo que o mal seja tão devastador.

Replantemos o amor perdido. A esperança que tem de recomeçar. Façamos reflorestamento nas nossas árvores cortadas em vão. Estejamos alertas para o mal e de braços abertos para o bem. Pois, uma hora ou outra, a vantagem do mal de hoje será a glória do bem de amanhã. Pratiquemos o bem. Indiscriminadamente.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

TEOLOGIA - PARA TUDO HÁ O SEU TEMPO

Teologia
PARA TUDO HÁ O SEU TEMPO
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

Eclesiastes 3:1-8
   




VIRTUDES - PASSOU...

VIRTUDES

Passou…

Até ontem ou agora há pouco, precisava me apaixonar.
Não sei por quem. E nem pelo quê.
Mas, passou.
Passou como o tempo.
Passou com a dor de cabeça.
Passou como a vontade de chocolate ou um banho de mar.
Passou com a enxurrada lavando as calçadas.
Passou como o ônibus perdido.
Passou como o ferro. Fundiu.
Passou como um relâmpago.
Passou como o instante.
Passou.
E não deixou nada além do passado.

VIRTUDES - Pelas inúmeras sacudidas da vida

VIRTUDES

Pelas inúmeras sacudidas da vida  

Uma leitora muitíssimo estimada me enviou um calendário no início do ano, que além de pinturas, traz frases inspiradoras. Ele fica na minha mesa, sobre a CPU, onde olho vez por outra para sinalizar-me a respeito de datas e compromissos, já que sou meio avessa a agendas:realmente, não consigo usá-las muito bem... Escrevo alguma coisa, depois esqueço a agenda na gaveta. Aí, coitadinha, vai ter que virar rascunho para alguma coisa ou meras páginas em branco para eu poder desenhar estrelas infinitas. Não sei por que, mas gosto imensamente de estrelas e adoro desenhar algumas nos papéis que me aparecem ou mesmo durante aqueles eventos intermináveis.
          No meu calendário especial, a frase do mês me pegou de surpresa. Não tinha notado até então, mas trata-se de um provérbio hindu: “Não há nenhuma árvore que o vento não tenha sacudido”. Pensei imediatamente na fragilidade que sentimos em determinados momentos da vida, seja por alguma perda, uma decepção ou um grande problema que vem para tirar tudo daquela zona de conforto, muitas vezes blindada pela hipocrisia do “está tudo bem para sempre”. Um negócio que chega e nos coloca no “olho do furacão”, onde o que construímos se despedaça e somos meros espectadores, sem condição de fazer nada para impedir. E a fragilidade que sentimos é tão intensa que parece que não conseguiremos suportar. Há uma dor física, uma dor psicológica, uma dor infinitamente maior do que todas que vieram antes. É o ápice de sofrimento inesperado –  se é que existe algum sofrimento que se espera, além das coisas (e um monte de bobagens) que criamos dentro de nós.
         Pensei quantas vezes o destino, o acaso ou mesmo o que tinha que ser, nos vem sacudindo vez por outra. Avaliei que na vida temos as meras “sacudidinhas”, como aquele susto sem consequências tão drásticas além de um gritinho infame. Porém, a vida também nos dá outras muitas ou poucas “sacudidaças”, que chegam como turbulências intensas, iguais àquelas num voo longo, sob chuva forte, onde o medo se apodera de todos os pensamentos, numa tacada só.  
        Não há proteção maior que a fé para passar pelas inevitáveis sacudidas da vida, sejam as pequenas ou as grandes. E não há nada que nos chegue, mesmo para sacudir e abalar, sem um propósito. Algo ali, que a gente não enxerga num primeiro momento, veio para transformar. 
          E as sacudidas da vida fortalecem nosso tronco. Fortalecem nossa árvore, nossa alma, nossa copa e nossos frutos. Porque, como a natureza, estamos aqui para dar o melhor de nós. Sacuda-se e se levante!


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

VIRTUDE - INDECIFRÁVEL

VIRTUDES

porque ele é indecifrável

Pingos de chuva tocaram-lhe a face. Injustas, molhavam as inspirações que esperavam por um dia de sol.
Sob o guarda-chuva estavam escondidas ideias, pensamentos vis. Fantasias. Sob um dia gris.
Um desejo anterior, mostrava um rosto esculpido numa lembrança distante. Um sorriso enigmático perdido no tempo passado.
Uma lembrança fugaz, desfeita nas preocupações de amores que poderia ter ou que deveria ter tido. Uma lembrança desfeita nas preocupações do tempo que passava implacável, com o ônus das muitas coisas por fazer.
Aquela chuva continuava a desanuviar pensamentos, embora seus pingos fossem tão sutis.
Um cheiro molhado invadia-lhe, enquanto caminhava a passos lentos, diante de um turbilhão de pensamentos e orações semi-feitas, recomeçadas a cada minuto, após distrações da mente. Inclementes.
O acaso voltava a molhar-lhe. Como se chovesse nas expectativas, por um tempo tão esperadas.
Mas, o acaso não tem dia. Não tem tempo. Não faz chuva. Não faz sol.
Não dispensa guarda-chuva ou confissões sussuradas pelo vento.
Desejos perdidos na morbidez de atitudes.
Ou no desastre do acaso, que não quer que a paixão se aproxime, ou intimide com os medos reconhecidos.
Embora, faltasse apenas paixão para aquele turbilhão de pensamentos.
Turbilhão que se molhava à espera de um sorriso do acaso. De um sorriso daquele caso... de amor não correspondido.
De um amor ou de um desejo que não se espera.
Acontece.
Como a chuva.
Que molha e uma hora acaba.
Mas, de uma hora para outra, pode voltar.
Inesperadamente.
Molhando tudo.
De novo.