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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

VIRTUDES - POSSO TE DAR UM ABRAÇO

VIRTUDES
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POSSO TE DAR UM ABRAÇO

      
A semana começou trágica, com a morte destas 71 pessoas na Colômbia. A gente chorou com as homenagens. A gente teve os próprios corações em frangalhos, irmanando-se neste sofrimento de falta que a morte traz. É foda! Ninguém é de ferro... a gente se compadece.
      E a gente compartilhou a dor de quem nem se conhece. A gente se uniu como povo, como nação, como pessoas de credos diferentes e de singularidades, sem julgamentos.
      De tantas coisas emocionantes, uma em especial me comoveu mais. Trouxe à tona aquela sabedoria que a gente busca, todos os dias, para lidar com os infortúnios e com o imponderável. E veio de onde menos se espera. Veio da dona Alaíde Padilha, mãe do goleiro Danilo, morto no voo da Chapecoense.
      Em uma entrevista para a TV, ao vivo, ela perguntou ao repórter se ele poderia dizer como o pessoal da imprensa se sentia ao ter perdido tantos amigos e colegas de profissão. O repórter sinalizou que não podia dizer. E então ela lhe ofereceu um abraço.
      Aquela atitude foi mais que um abraço de uma mãe que perdeu um filho. Foi o abraço de uma mulher, que mesmo com sua própria dor, enxergou também a dor do outro, na mesma proporção. Foi o abraço do amor, do ser humano que a gente espera ser um dia. Do ser evoluído espiritualmente, que passa de vítima para herói. E a gente precisa de mais heróis e heroínas como a dona Alaíde. Destas pessoas que encham nosso coração de esperança e abram os braços para a vida, para que a gente possa lidar melhor com a morte.

Mônica Kikuti

                                         

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