Este blog tem por objetivo o ensino e aprendizagem, informação, cultura, a leitura e a escrita.
quinta-feira, 6 de março de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
VIRTUDES - DEFICIÊNCIA DE QUE^?
VIRTUDES
Deficiência de quê?
Nestes dias, a foto de uma
mulher com o namorado chamava atenção na internet. Não muito por ela, embora
fosse daquelas bonitonas, mas pelo cara
a seu lado, sobre uma cadeira de rodas. Pipocavam comentários masculinos
depreciativos e também cunhados pela inveja. “Como um cara naquela situação
poderia estar com aquela gostosa? Como ela poderia gostar dele?”, indagavam,
com o despeito particular de quem só enxerga pessoas e uma vida inteira sob uma
couraça de aparências e pré-julgamentos, como se todos fossem uma massa igual,
que não tem suas particularidades.
Embora todo mundo diga que não tem preconceito, sempre existe um, guardadinho, que uma hora ou outra se apresenta e faz a máscara cair. É difícil encarar nossos preconceitos de frente, quando achamos puramente “normal” depreciar os outros, seja pela raça, condição financeira, orientação sexual, religião e estilo de vida. “Mulher com tatuagem não presta”. “Quem anda de skate é drogado”. “Ah, não tenho nada contra gays, desde que não seja meu filho”. “Quem mora na favela é ladrão”. E por aí vai.
Frases que costumamos ouvir e, por vezes, reproduzir, sentenciam o preconceito e sentenciam também uma crescente conduta de explicar as “diferenças” com o propósito de gerar conflito. Com o propósito de machucar, denegrir, humilhar, numa violência gratuita, indigna e contraditória com o conceito de humanidade.
Somos muito diferentes, embora adotemos estilos de vida parecidos, mas nem por isso podemos nos julgar os “donos da verdade” e sentenciar a vida – e também a morte de alguém.
Há gente que mora em mansão, mas nem por isso é honesto. Há gente que tem tatuagem e nem por isso é criminoso. Há gente que é cego, mas nem por isso deixa de enxergar as belas coisas da vida. Há gente que se locomove em cadeira de rodas, mas nem por isso deixa de ir longe.
Somos deficientes em tolerância: nossa opinião é a que vale, mesmo que argumentos e fatos mostrem o contrário. Assim, nos fechamos em velhos conceitos que há muito já não condizem com a realidade do mundo. Somos deficientes em paciência: perdemos o pouco que há com as miudezas das coisas e os desafios da convivência com o outro. Somos deficientes em respeito: vociferamos coisas indizíveis a quem sequer conhecemos, só pelo fato do outro ser “diferente”. Somos deficientes em amor aos “semelhantes” e aos que não são.
Enfim, somos deficientes em tanta coisa e em tantos sentimentos, que é hora de chegar ao coração e arrancar de lá tantos de nossos preconceitos. Fazer uma limpeza e ver que, diante de Deus, somos muito pouco para querer ser tão grande diante dos outros.
Embora todo mundo diga que não tem preconceito, sempre existe um, guardadinho, que uma hora ou outra se apresenta e faz a máscara cair. É difícil encarar nossos preconceitos de frente, quando achamos puramente “normal” depreciar os outros, seja pela raça, condição financeira, orientação sexual, religião e estilo de vida. “Mulher com tatuagem não presta”. “Quem anda de skate é drogado”. “Ah, não tenho nada contra gays, desde que não seja meu filho”. “Quem mora na favela é ladrão”. E por aí vai.
Frases que costumamos ouvir e, por vezes, reproduzir, sentenciam o preconceito e sentenciam também uma crescente conduta de explicar as “diferenças” com o propósito de gerar conflito. Com o propósito de machucar, denegrir, humilhar, numa violência gratuita, indigna e contraditória com o conceito de humanidade.
Somos muito diferentes, embora adotemos estilos de vida parecidos, mas nem por isso podemos nos julgar os “donos da verdade” e sentenciar a vida – e também a morte de alguém.
Há gente que mora em mansão, mas nem por isso é honesto. Há gente que tem tatuagem e nem por isso é criminoso. Há gente que é cego, mas nem por isso deixa de enxergar as belas coisas da vida. Há gente que se locomove em cadeira de rodas, mas nem por isso deixa de ir longe.
Somos deficientes em tolerância: nossa opinião é a que vale, mesmo que argumentos e fatos mostrem o contrário. Assim, nos fechamos em velhos conceitos que há muito já não condizem com a realidade do mundo. Somos deficientes em paciência: perdemos o pouco que há com as miudezas das coisas e os desafios da convivência com o outro. Somos deficientes em respeito: vociferamos coisas indizíveis a quem sequer conhecemos, só pelo fato do outro ser “diferente”. Somos deficientes em amor aos “semelhantes” e aos que não são.
Enfim, somos deficientes em tanta coisa e em tantos sentimentos, que é hora de chegar ao coração e arrancar de lá tantos de nossos preconceitos. Fazer uma limpeza e ver que, diante de Deus, somos muito pouco para querer ser tão grande diante dos outros.
VIRTUDES - ALGO, ALGUM...
VIRTUDES
Algo, algum…
Houve dias sem nada, em que o vazio
se agigantava diante da sorte sem novos acontecimentos.
Era todo dia
a mesma coisa. A mesma labuta injusta. As mesmas frases conhecidas e repetidas
como se fossem o papagaio da vizinha.
Até que algo aconteceu.
Algo desconhecido, embora esperado.
O sol brilhou mais forte onde havia trevas.
A brisa
chegou mesmo para refrescar.
A música foi ouvida no ritmo certo.
A chuva molhou as coisas velhas, que se refizeram.
E de tudo ser diferente, preencheu o vazio criado. Desvario.
E nada foi como antes.
Porque algo aconteceu.
Algo que não se sabia, embora se esperava.
Algo.
Algum.
Assim.
VIRTUDES - SAUDADES?
VIRTUDES
Saudade?
A saudade adormeceu ao meu lado.
Talvez tenha sonhado.
Levantou-se,
sem descanso.
Continuou a companhia.
Era noite ou dia.
Já era conhecida
Das
lidas aborrecidas,
Das coisas que não se esquece.
Talvez
me enobrece.
E não adianta apagá-la,
Tentar mensurá-la.
Onde
está não se mata.
Onde está se avizinha.
De tudo que é muito
De tudo que não passa.
Porque é preciso vivê-la
para
apaziguar, mantê-la.
VIRTUDES - ALENTO
VIRTUDES
Alento
Procurava
o silêncio das horas calmas, enquanto não havia tempo nem para perder o juízo.
Procurava alento nas linhas disformes dos escritos
antigos. Haveria abrigo?
Nas rotas de fuga, um caminho tortuoso.
Nunca era tão fácil quanto
deveria.
Nunca era tão perto quanto
poderia.
Nunca era sempre muito tempo.
Nas estradas, paisagens conhecidas.
Emoções requentadas nas memórias
que não se perderam.
Um dia mais na viagem.
Um dia que não acabava.
Um dia de emoções revividas, nos vazios propositais
que todo mundo tem.
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